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FIV e barriga de aluguel: como todo o procedimento é feito?

Por Equipe Origen

Publicado em 30/06/2021

A fertilização in vitro (FIV) e a barriga de aluguel são técnicas importantes por possibilitarem que casais homoafetivos e pacientes com graves fatores de infertilidade realizem o sonho de ter filhos.

Em geral, muitas pessoas conhecem o termo barriga de aluguel, mas não sabem como ela é realizada e as regras que o procedimento precisa seguir. Para irmos além do senso comum, precisamos conhecer mais sobre as possibilidades que a reprodução assistida pode proporcionar para os casais que, por algum motivo, não podem engravidar.

Neste artigo, vamos debater sobre 2 temas que estão relacionados: FIV e barriga de aluguel. Ao longo da leitura mostraremos o que é e como o procedimento de barriga de aluguel é feito na FIV.

Confira!

O que é barriga de aluguel?

O termo popular da técnica é barriga de aluguel, mas essa nomenclatura não corresponde à realidade que temos no Brasil. A técnica não pode ter caráter lucrativo ou comercial, por isso, os nomes mais adequados são: útero de substituição, doação temporária do útero ou barriga solidária (termo popular).

Na técnica, uma mulher saudável cede o seu útero para gestar o embrião de um casal de forma voluntária. O material genético utilizado para formar os embriões são do casal ou provenientes de uma doação, que pode ser anônima ou de parentes com parentesco até quarto grau dos pacientes em tratamento, de acordo com a nova resolução do Conselho Federal de Medina (CFM), órgão que regulamenta a reprodução assistida no Brasil.

Em ambos os casos, de acordo com o CFM, o casal é responsável pelo bebê e possui o direito da paternidade.

A barriga de aluguel é indicada apenas em casos específicos, entre eles, os de casais homoafetivos masculinos e de infertilidade feminina por fatores graves como:

  • Mulheres sem útero (devido a um problema congênito ou cirurgia para a retirada do órgão);
  • Malformações uterinas que impedem o desenvolvimento da gestação;
  • Mulheres com condições clínicas que a coloquem em risco de morte no caso de uma gravidez, como insuficiência renal e problemas cardíacos ou pulmonares graves.

Todos os processos que envolvem a reprodução assistida, incluindo FIV e barriga de aluguel, seguem as resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM). Desse modo, o procedimento precisa seguir as regras do CFM que, de acordo com a resolução mais recente, publicada em maio desse ano, estipulam, por exemplo, que:

  • A cessão temporária do útero não pode ser uma prática comercial ou lucrativa e a clínica de reprodução não pode intermediar a escolha da cedente;
  • As cedentes devem ter pelo menos 1 filho vivo e parentesco consanguíneo de até 4º grau com um dos pacientes, ou seja, ser mãe, filha, irmã, avó, tia, sobrinha ou prima;
  • A mulher que vai ceder o útero deve passar por exames médicos e avaliação psicológica;
  • Caso não haja ninguém disponível no núcleo familiar, o casal pode solicitar uma autorização especial com o CFM.

Por que a barriga de aluguel só pode ser feita na FIV?

Como vimos, a barriga de aluguel é indicada para casos específicos de infertilidade e para casais homoafetivos masculinos. Porém, o uso da técnica por si só não é suficiente. A FIV também é necessária para que o seu objetivo seja realizado.

Ela é a técnica de reprodução assistida mais avançada, sendo a única realizada em laboratório. Por isso, ao longo do seu processo podem ser inseridos outros métodos (chamadas de técnicas complementares da FIV) para aumentar a sua taxa de sucesso de acordo com as necessidades do casal, como é o caso do útero de substituição.

Como a barriga de aluguel é feita?

O processo da barriga de aluguel não altera o passo a passo da FIV. A primeira etapa é a estimulação ovariana, que consiste na administração de medicamentos hormonais para aumentar o número de folículos ovarianos maduros da mulher. Em um ciclo normal, apenas um folículo é liberado na ovulação para ser fecundado. Com essa etapa, o objetivo é aumentar esse número.

Quando atingem o tamanho ideal, a indução da ovulação é feita para finalizar o amadurecimento dos óvulos. Após cerca de 36 horas, os óvulos podem ser coletados por meio da punção folicular. Durante esse processo, o parceiro também faz a coleta de sêmen.

As amostras passam por um preparo seminal, com o objetivo de selecionar os espermatozoides para a fecundação. Diferentes métodos são utilizados para capacitá-los, possibilitando, dessa forma, a escolha apenas dos mais aptos a fertilizar.

A fecundação acontece em laboratório por meio da técnica chamada de injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI). Nela, o gameta masculino é injetado diretamente dentro do óvulo. Os embriões formados ficam em observação por alguns dias na fase chamada de desenvolvimento embrionário.

Enquanto isso, a doadora do útero pode receber medicamentos hormonais para preparar o endométrio e deixá-lo mais espesso, processo similar ao que acontece em uma gestação natural. Depois de 2 a 5 dias da fecundação, os embriões são transferidos para o útero da doadora. Após o parto, o bebê é entregue aos pais.

A barriga de aluguel é indicada apenas em casos específicos, como para casais homoafetivos masculinos e mulheres com doenças graves que impedem uma gravidez. Na técnica, que pode ser realizada apenas na FIV, a doadora cede o seu útero para gestar o bebê de um casal. Os nomes mais adequados são útero de substituição, doação temporária do útero e barriga solidária.

Esse texto mostrou as principais informações sobre a relação entre FIV e barriga de aluguel. Se você ficou com alguma dúvida, deixe a sua pergunta nos comentários!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.