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Epididimite

Por Equipe Origen

Epididimite é o nome dado quando ocorre uma inflamação no epidídimo, tubo espiralado que fica na parte de trás do testículo, que é responsável por armazenar e transportar o esperma. Em alguns casos a epididimite pode chegar a comprometer os testículos, recebendo o nome de epididimo-orquite.

A epididimite afeta cerca de 600.000 homens por ano, mais comumente nas idades entre 18 e 35 anos. Na grande maioria dos casos, a epididimite pode ser causada por consequência de alguma DST como, por exemplo, gonorreia e clamídia, ou, uma vez que epidídimo está ligado à uretra, pela infecção da bactéria E. coli.

Quando a epididimite está presente, o escroto tende a inchar ao ponto de poder ser confundido com hérnias, a principal diferença sendo que a inflamação do epidídimo causará dor.

Causas da Epididimite

A epididimite pode ser causada por uma infecção do trato urinário e da próstata, mas é mais comumente contraída através de doenças sexualmente transmissíveis (DSTS), como um efeito colateral da contaminação por gonorreia e clamídia.

Dessa forma, os principais fatores de risco para a desenvolvimento de epididimite são:

  • Sexo sem proteção;
  • Problemas estruturais no trato urinário;
  • Cirurgia recente do trato urinário;
  • Uso de um cateter urinário;
  • Próstata aumentada causando obstrução da bexiga;
  • Circuncisão;
  • Levantamento de objetos pesados ou esforço excessivo.

Epididimite Bacteriana

O tipo mais comum de epididimite em homens com menos de 35 anos, normalmente é causada por patógenos sexualmente transmitidos. A infecção tende a se iniciar por meio de uma uretrite e então, posteriormente, se torna uma epididimite, quando não corretamente tratada no início.

Em pacientes acima de 35 anos de idade, a epididimite tende a decorrer devido a bacilos coliformes , especialmente em homem que já sofrem com anormalidades urológicas, que precisam usar sondas de demora ou que foram submetidos a procedimentos urológicos recentes.

Epididimite Não bacteriana

Relativamente mais rara, a epididimite não infecciosa pode surgir em decorrência de irritações químicas durante o fluxo retrógrado de urina para o epidídimo, fator que pode acontecer após algum trauma local ou em devido a levantamento excessivo de peso com frequência.

Sintomas de Epididimite

Os sintomas mais comuns de epididimite incluem:

  • Febre baixa;
  • Calafrios;
  • Dor na área pélvica ;
  • Pressão nos testículos;
  • Escroto dolorido e inchado;
  • Escroto vermelho e quente;
  • Dor e sensibilidade nos testículos;
  • Aumento dos gânglios linfáticos na virilha;
  • Dor durante a micção ou movimentos intestinais;
  • Micção urgente e frequente;
  • Dor na relação sexual e ejaculação ;
  • Secreção;
  • Sangue no sêmen;

Quando os sintomas da epididimite duram mais de seis semanas ou ocorrem com frequência, a doença passa então a ser considerada crônica. Os sintomas de epididimite crônica são compartilhados com a epididimite tradicional, podendo, entretanto, aparecer de forma gradual.

Diagnóstico de Epididimite

O primeiro passo para avaliação quando o paciente apresenta sintomas de epididimite é a realização do exame físico pelo médico especialista. Nele o médico irá procurar por inchaços testiculares, inchaços nos gânglios linfáticos na área da virilha e presença de secreção na glande. Se presente, essa secreção será coletada e levada para analise de DST.

Se durante o exame físico o médico suspeitar que que a epididimite possa estar sendo causada por um aumento na próstata, o exame de toque retal poderá ser realizado. Exames de sangue também poderão ser solicitados, para avaliar se existe infecção no sistema imunológico.

Para descartar a possibilidade de outras doenças como torção testicular ou tumores, exames de imagem como ultrassom podem ser também requisitados, ou, em casos que o diagnóstico permanece turvo, o exame testicular completo, onde o paciente ingere pequenas quantidades de uma substância fotosensitiva que reage na presença de câmeras especiais, dando ao médico informações precisas sobre o fluxo de sangue nos testículos, podendo o médico dessa forma realizar um diagnóstico preciso.

Tratamento de Epididimite

O tratamento de epididimite se baseia na atenuação dos sintomas, bem como o tratamento da infecção mesmo que esta se apresente de forma não aparente. Os tratamentos de epididimite normalmente incluem:

  • Antibióticos;
  • Analgésicos;
  • medicação anti-inflamatória ;
  • descanso;
  • Aplicação de compressas frias no escroto;
  • elevação do escroto;
  • utilização de um suporte de atletismo;
  • abster-se de relações sexuais durante o período do tratamento.

É importante tratar a infecção com os antibióticos proscritos até o final. Deve-se consultar o médico depois de terminada a medicação para verificar se a infecção foi eliminada.

Geralmente, esses métodos de tratamento são bem-sucedidos. No entanto, existem casos em que é necessário tratamento mais invasivo.

Se houve a formação de um abcesso (bolsa de pus), o médico poderá drená-lo com uma agulha.

A cirurgia é uma opção no caso de outros tratamentos não serem bem sucedidos. Isso envolve remover todos ou parte dos epidídimos. O tratamento cirúrgico também pode ser necessário para corrigir quaisquer defeitos físicos que possam estar causando a epididimite

Complicações possíveis

Se não tratada, a epididimite pode se tornar crônica, o que demanda mais cuidados e causa incômodos e dores frequentes.

Outras complicações são:

  • Infecções com pus na bolsa escrotal;
  • A infecção se espalhar do epidídimo para o testículo;
  • Redução da fertilidade.

Prevenção

A prevenção mais importante contra a epididimite é evitar o contágio por doenças sexualmente transmissíveis praticando sexo seguro.

Se o paciente tem infecções do trato urinário recorrentes, outro fator de risco para a doença, ele pode discutir com o médico outras formas para se prevenir contra a epididimite.

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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