
Dosagens hormonais
Os hormônios feminino definem o correto funcionamento do ciclo menstrual e por consequência são fundamentais para a ovulação, que é o primeiro passo para a concepção. O equilíbrio hormonal é fundamental em cada uma das fases do ciclo.
Existem algumas condições biológicas essenciais para que a mulher possa engravidar:
- As tubas uterinas devem estar com sua função preservada;
- A ovulação deve estar ajustada;
- A produção hormonal deve estar sincronizada;
- O parceiro deve ter um sêmen com uma qualidade adequada.
Não menos importante, para que a implantação aconteça corretamente, o endométrio deve estar preparado para acolher o embrião. Já com relação ao desenvolvimento do embrião, é necessário que a interação entre ele e o endométrio seja harmônica.
As oscilações hormonais prejudicam a ovulação, podendo até impedi-la. Isso dificulta e pode até inviabilizar a gravidez.
Com o avanço da idade da mulher ocorre a diminuição da reserva ovariana, alterações hormonais podem ocorrer também. Após o início da menstruação (mais precisamente entre o segundo e o quinto dia do ciclo menstrual), são solicitados exames dos hormônios FSH, LH e estradiol, que revelam a presença de possíveis alterações na produção desses hormônios, assim como a reserva ovariana da paciente.
A avaliação hormonal, portanto, revela distúrbios hormonais, auxilia no tratamento da infertilidade e pode influenciar na decisão pelo melhor tratamento a ser realizado para determinada paciente.
Avaliação hormonal feminina
Alguns hormônios devem ser dosados no sangue para identificar uma possível causa de infertilidade e outros são dosados para se avaliar as condições, antes de se iniciar um tratamento.
É fundamental a dosagem dos hormônios Prolactina, TSH e T4. Quando alterados, eles podem interferir na chance de gravidez e ser a causa da infertilidade. Com o diagnóstico adequado, é possível se fazer um tratamento correto com ótimas chances de gravidez.
A dosagem do FSH junto com a dosagem do Estradiol, realizada no 2o ou 3o dia do ciclo menstrual, permite a avaliação da reserva folicular. O mesmo resultado pode ser obtido com a dosagem do Hormônio anti-Mulleriano. Esse último tem a vantagem de poder ser dosado em qualquer momento e tem uma acurácia melhor.
Esses hormônios são dosados para se avaliar a reserva folicular e com isso, a permitem predizer a possibilidade dos ovários em responder à estimulação ovariana com hormônios, durante um tratamento, seja para indução da ovulação para coito programado, seja para inseminação intrauterina, seja para FIV/ICSI.
Quando a reserva folicular é boa, maior a quantidade de folículos irá responder ao estimulo ovariano e mais óvulos serão obtidos. Quando a reserva é reduzida, menos óvulos serão obtidos e mais hormônio será necessário para a estimulação ovariana.
A dosagem de progesterona deve ser feita entre o 21o e 22o dias do ciclo, e serve para se identificar se houve ou não ovulação nesse ciclo menstrual.
Exames masculinos
Os homens não costumam fazer exames hormonais de rotina. Eles devem ser realizados em casos de: alterações na produção de espermatozoides, identificados com a realização de pelo menos 2 espermogramas em momentos distintos; pacientes com sinais clínicos de deficiência hormonal.
O principal hormônio masculino é a testosterona, que é o responsável não somente por conservar a massa muscular como também por outros aspectos da masculinidade, como libido, pelos, humor e formação de ossos saudáveis. Portanto, é fundamental uma adequada avaliação do homem, para a adequada investigação e realização de exames quando indicado.
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