
Estimulação ovariana
A estimulação ovariana é um procedimento que tem por objetivo elevar as chances de sucesso dos tratamentos de infertilidade, pois estimula vários folículos a crescerem e com isso aumenta o numero de óvulos disponíveis para serem fecundados e formarem embriões com capacidade de implantação. O especialista em fertilidade é o responsável por planejar uma forma controlada e segura de estimulação ovariana, indicando a dosagem hormonal ideal que a mulher deve receber.
O processo de ovulação natural e sob efeito da estimulação
Cada folículo ovariano contem um óvulo em seu interior. Durante cada ciclo menstrual, que é controlado pela ação dos hormônios da hipófise e dos ovários, diversos folículos estão prontos se desenvolverem, entretanto, somente um folículo segue seu crescimento até romper (ovulação) e liberar o óvulo. Os demais folículos que não cresceram são perdidos.
A estimulação ovariana faz com que vários folículos, que seriam perdidos, cresçam e tenham seus óvulos aproveitados, fazendo com que mais embriões sejam formados, aumentando a chance de gravidez.
A estimulação ovariana é realizada utilizando-se hormônios semelhantes aos produzidos no ciclo natural, porem em maior dose, sendo que a dose é individualizada de acordo com cada paciente e sua resposta.
O acompanhamento da resposta ovariana à estimulação é feito por ultrassonografia e dosagem hormonal. Esse acompanhamento permite ver o crescimento dos folículos e com isso ajustar a dosagem dos hormônios administrados. Permite também saber o momento ideal para administrar o hCG, para induzir o amadurecimento dos óvulos e a ovulação.
No caso de se fazer o tratamento com coito programado e inseminação intra-uterina, o hCG serve para induzir a rotura dos folículos. No caso de FIV/ICSI, serve para induzir o amadurecimento dos óvulos que serão captados durante a punção folicular (aproximadamente 35 horas apos a injeção).
O que é Síndrome de Hiperestímulo Ovariano (SHO)?
Trata-se de uma reação adversa estimulação ovariana, ocorrendo em mulheres que tem uma resposta ovariana excessiva (mais de 20 folículos). Essa resposta excessiva está acompanhada de uma produção de estrogênio muito alta e quando entra em contato com o hCG, provoca as reações adversas. As mais comuns são o aumento do ovário e o acúmulo de líquido na região do abdômen.
Quando acontece a SHO, deve ser acompanhada pelo especialista responsável pela estimulação pois necessita tratamento especializado.
O melhor, entretanto, é se evitar a SHO. Para isso, basta se evitar o contato do hCG com os níveis muito elevados de estrogênio. Assim, mulheres que tenham mais de 20 folículos não devem usar o hCG, mas sim análogos do GnRH para induzir o amadurecimento dos óvulos.
Além disso, a gravidez não pode acontecer nesse ciclo, pois o hCG é produzido pelo saco gestacional. Assim, todos os embriões formados são congelados (Freeze All) e transferidos no mês seguinte, quando não houver mais o risco de SHO.
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