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Posso ter filhos depois da menopausa?

Posso ter filhos depois da menopausa?

A menopausa geralmente ocorre entre os 45 e os 55 anos de idade e marca o fim da idade reprodutiva natural da mulher. Nesse momento, há o esgotamento da chamada reserva ovariana, quando os folículos ovarianos param de liberar os óvulos. Com a indisponibilidade de células reprodutivas, a concepção natural torna-se muito improvável. 

No entanto, para mulheres que desejam a gravidez, uma das opções é a fertilização in vitro (FIV), uma técnica avançada de reprodução assistida. As que sonham apenas com a maternidade, nessa fase a possibilidade mais comum é a adoção.

Nos casos do desejo de gestação, é possível utilizar os próprios óvulos da mulher, coletados e congelados antes do esgotamento da reserva ovariana, ou contar com a doação de óvulos.

Leia este texto para conhecer mais sobre o assunto!

Qual é a relação entre menopausa e reserva ovariana?

A reserva ovariana é como é chamado o “estoque” de folículos ovarianos de uma mulher, os quais armazenam os óvulos. Ao contrário dos homens, que produzem espermatozoides continuamente durante a vida, o número de folículos femininos é limitado: as mulheres já nascem com essa reserva e ela não se renova.

O resultado é que, com o avanço da idade, o número de folículos com potencial de se desenvolver e liberar um óvulo diminui significativamente. Mais do que isso, ocorre também uma mudança na qualidade dos óvulos, isto é, uma queda no potencial de fertilização e de desenvolvimento saudável de um embrião.

Por mais que a reserva possa diminuir precocemente em razão da chamada falência ovariana prematura (FOP), a principal causa de sua redução é o envelhecimento. Em geral, a menopausa marca um ponto em que a reserva ovariana está praticamente esgotada, o que resulta na cessação da ovulação e na interrupção do ciclo menstrual.

Afinal, é possível ter filhos de forma natural na menopausa?

A existência de óvulos viáveis está diretamente relacionada à capacidade de engravidar naturalmente. Para que uma fecundação ocorra, é necessário que o gameta masculino encontre um óvulo maduro e propenso a desenvolver um embrião saudável, ou seja, é preciso que haja disponibilidade e qualidade. 

Devido ao esgotamento da reserva ovariana coincidente com a menopausa, mulheres nessa fase dificilmente conseguem engravidar espontaneamente. Porém, é preciso destacar que, mesmo com o declínio natural da reserva, alguns óvulos podem permanecer viáveis.

Para descartar completamente a possibilidade de gravidez natural, é importante realizar exames para avaliação da reserva ovariana, como a ultrassonografia pélvica para contagem de folículos antrais e a dosagem do hormônio antimülleriano.

E na reprodução assistida, quais são as possibilidades?

Apesar da limitação natural para engravidar espontaneamente na menopausa, mulheres que desejam ter filhos nessa fase podem contar com técnicas de reprodução assistida. Existem várias possibilidades, que são avaliadas caso a caso.

As alternativas incluem congelar os próprios óvulos antes da menopausa para utilizá-los posteriormente ou usar gametas femininos doados por uma mulher mais jovem. Em ambos os casos, a concepção se dá por meio da fertilização in vitro (FIV). 

Na FIV, gametas femininos (óvulos) e masculinos (espermatozoides) são selecionados e a fertilização ocorre em laboratório. Depois, os embriões são cultivados por até sete dias e avaliados para identificação daqueles com potencial de implantação. Por fim, há a transferência embrionária para o útero materno.

Um estudo da Sociedade Americana para Tecnologias de Reprodução Assistida (SART) indica que quanto maior é a faixa etária da mulher, menor é a taxa de sucesso no tratamento com os próprios óvulos, que fica acima de 50% em pacientes com até 35 anos. Embora baixa, ainda existe chance de êxito (4,1%) em mulheres acima de 42 anos.

FIV com óvulos congelados

Para pacientes com câncer (na preservação oncológica da fertilidade) ou mulheres que têm declínio precoce ou natural da reserva ovariana, é possível recorrer ao congelamento de gametas. 

Atualmente, há técnicas avançadas que permitem manter os gametas ou embriões criopreservados por muitos anos. Para tanto, as pacientes recebem medicamentos hormonais que estimulam o desenvolvimento dos folículos (estimulação ovariana).

Quando as ultrassonografias indicam o momento ideal para o amadurecimento dos óvulos, eles são coletados por punção folicular, sendo então congelados. Em geral, esse procedimento é realizado por vitrificação.

FIV com óvulos doados

A ovodoação ou doação de óvulos é indicada para mulheres que já têm a reserva ovariana esgotada ou que ainda têm óvulos, mas com qualidade insuficiente, além de outras situações, como a de casais homoafetivos masculinos.

Para doar óvulos, é preciso ter no máximo 37 anos e não ter infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) nem histórico pessoal ou familiar de doenças hereditárias, entre outros requisitos. Os óvulos doados são fecundados segundo o procedimento habitual da FIV e, posteriormente, transferidos para o útero da receptora. 

É importante mencionar que a resolução nº 2.320/2022 do CFM limita a idade para tratamentos de reprodução assistida a 50 anos. No entanto, há exceções com base em critérios técnicos e científicos, como a ausência de comorbidades e a consciência da paciente em relação aos riscos associados a intervenções reprodutivas com a idade já mais avançada. 

Diante desta leitura, você viu que a capacidade de concepção natural na menopausa é bastante reduzida devido ao declínio da reserva ovariana e da diminuição da qualidade dos gametas. No entanto, há possibilidade de engravidar com técnicas de reprodução assistida, sobretudo a FIV, sendo que cada caso deve ser avaliado individualmente.

Para conhecer melhor essa técnica, leia nosso texto com detalhes sobre fertilização in vitro!

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