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Gestação espontânea e gestação por reprodução assistida: existem diferenças?

Por Equipe Origen

Publicado em 29/09/2023

Nas últimas décadas, a tecnologia e as ciências ligadas à área da medicina reprodutiva avançaram muito. Com isso, as técnicas de reprodução assistida foram aprimoradas e se tornaram mais acessíveis. Hoje, embora ainda existam dúvidas e mitos a respeito de tratamentos como fertilização in vitro (FIV) e inseminação artificial, esses temas estão mais presentes na sociedade.

De forma geral, as pessoas passaram a entender a importância da reprodução assistida. O estilo de vida atual, o adiamento da maternidade para depois dos 35 anos e o aperfeiçoamento dos recursos diagnósticos são fatores associados aos altos índices de infertilidade e ao aumento da procura por tratamentos nessa área.

Leia este artigo com atenção e descubra se existem diferenças entre a gravidez natural e a gestação por técnicas de reprodução assistida!

O que é reprodução assistida e quais são as técnicas?

Reprodução assistida á a área da medicina que apresenta um conjunto de técnicas para auxiliar os casais que não conseguem engravidar de forma espontânea. Tanto a mulher quanto o homem podem ser inférteis por várias causas.

Então, quando o casal tenta, mas não consegue, confirmar uma gestação, recomendamos que busque avaliação com especialistas em medicina reprodutiva para que seja feita a completa avaliação de ambos. Após os resultados dos exames, podemos propor a forma mais adequada de tratamento para cada caso.

Quando há fatores simples de infertilidade a superar, as técnicas de baixa complexidade podem ser suficientes para promover um resultado positivo. Já os casos mais complexos são tratados com a FIV.

Em resumo, as três formas de engravidar com a ajuda da reprodução assistida são com essas técnicas:

Cada tratamento tem suas etapas específicas — principalmente a FIV, que conta com vários procedimentos, além de incorporar técnicas complementares, de acordo com os fatores de infertilidade de cada casal.

Como a gestação natural acontece?

Antes de falar mais sobre as técnicas de reprodução assistida, vamos relembrar, de forma resumida, como a gravidez espontânea acontece:

  • a mulher e o homem produzem seus gametas ou células reprodutivas (respectivamente, óvulos e espermatozoides) nas gônadas ou glândulas sexuais (ovários e testículos);
  • uma vez por mês, se não tiver disfunção ovulatória, a mulher libera um óvulo maduro, que pode ser fecundado;
  • os dias próximos à ovulação compreendem o período fértil e, se o casal tiver relações sexuais nesse período, há chances de gravidez;
  • os espermatozoides entram no corpo da mulher, nadam para o trato reprodutivo superior e entram nas tubas uterinas;
  • um dos espermatozoides fertiliza o óvulo em uma das tubas, dando origem à primeira célula do novo ser, chamada zigoto;
  • o zigoto entra em fase de clivagem, passando por sucessivas divisões celulares, enquanto é transportado para a cavidade uterina;
  • entre 5 e 7 dias depois da fecundação, o óvulo fertilizado atinge o estágio de blastocisto, implanta-se no endométrio (revestimento interno da parede uterina) e marca o início da gravidez.

Gestações espontâneas e por reprodução assistida são diferentes?

Não há diferença entre a gravidez natural e a que acontece por reprodução assistida. As fases do desenvolvimento embrionário são as mesmas (zigoto, clivagem, mórula, blastocisto); a implantação do embrião no útero também envolve os mesmos mecanismos de sincronização fisiológica. Além disso, do começo ao fim, a gestação evolui da mesma forma nos dois casos.

A única questão que difere as gestações espontâneas daquelas que são medicamente assistidas é a forma como os gametas se encontram, ou seja, há intervenção apenas nas fases iniciais do processo conceptivo.

Nas técnicas de baixa complexidade, as diferenças em relação à gravidez natural são ainda menores, pois o óvulo é igualmente fertilizado na tuba uterina. Veja o que muda:

  • na relação sexual programada, a mulher recebe medicação hormonal para estimulação dos ovários, propiciando o desenvolvimento e amadurecimento de mais óvulos em um ciclo reprodutivo. Esse procedimento é monitorado por exames para prever o dia da ovulação e o período fértil, que é quando as relações sexuais devem acontecer com mais frequência;
  • na inseminação artificial, além da estimulação ovariana, realiza-se a coleta de uma amostra de sêmen e o preparo seminal, permitindo que os espermatozoides com mais potencial de fertilização sejam introduzidos prontamente no útero da paciente, de onde migram para as tubas uterinas e, lá, podem fertilizar o óvulo.

Já na FIV, que é uma técnica mais complexa e com mais procedimentos para controlar o processo de reprodução, a fecundação dos óvulos e o desenvolvimento embrionário, por até 7 dias, acontecem em laboratório. Ainda assim, não há manipulação na fase em que os embriões se desenvolvem, eles são apenas observados em incubadora.

Se você ainda tinha dúvidas em relação às diferenças entre gravidez natural e por reprodução assistida, viu, neste post, que somente há procedimentos nas etapas iniciais da concepção. A partir da fase de implantação do embrião no útero, as gestações são iguais e necessitam dos mesmos cuidados para evoluir de forma saudável.

Leia, agora, o texto sobre FIV ICSI e veja a importância dessa técnica na reprodução assistida!