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Anovulação e SOP: qual a relação?

Por Equipe Origen

Publicado em 18/06/2021

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) está entre as doenças mais comuns entre mulheres em idade reprodutiva. Além dos sintomas que afetam a autoestima e a saúde mental das portadoras, ela também pode levar à infertilidade.

Muitos fatores podem provocar alterações na fertilidade, como distúrbios ovulatórios, tubários, causas relacionadas à fertilização ou a implantação do embrião.

Em uma escala global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que milhões de casais tenham problemas de infertilidade, que deve ser investigada quando as tentativas para engravidar acontecem há mais de 12 meses sem sucesso.

Como a fertilidade feminina começa a diminuir com a idade, esse período é menor, de 6 meses, se a mulher tiver mais do que 35 anos.

A SOP pode se manifestar de diversas maneiras, levando a mulher a procurar ajuda médica devido aos seus sintomas. Entre as principais queixas estão os casos de irregularidade menstrual, que podem estar relacionados à anovulação, tema deste artigo. Confira!

O que é SOP?

A SOP é um distúrbio endócrino caracterizado por um aumento da produção de hormônios androgênios (entre eles, a testosterona). As mulheres também produzem testosterona, porém, em pouca quantidade.

O desequilíbrio hormonal provoca uma série de complicações para a saúde da mulher. Entre elas, temos os distúrbios de ovulação, como dificuldades no desenvolvimento, amadurecimento e ruptura do folículo, resultando em anovulação ou ausência de ovulação, que assim como hiperandrogenismo, caracteriza a doença.

Os distúrbios ovulatórios provocam alterações no ciclo menstrual, resultando em irregularidades como a ausência de menstruação, um dos sinais que alertam para a possibilidade de SOP. Os folículos que não cresceram, se acumulam nos ovários, formando os múltiplos cistos.

Além disso, a produção excessiva de hormônios masculinos provoca manifestações como: hirsutismo (aumento de pelos no rosto, nas costas e nos seios), acne, seborreia e queda de cabelo. Eles afetam a qualidade de vida e aumentam o risco de depressão e ansiedade nas mulheres.

De difícil diagnóstico, a sua confirmação é feita quando a paciente apresenta, pelo menos, 2 entre os 3 sintomas a seguir:

  • Oligovulação (ovulação irregular) ou anovulação;
  • Sinais clínicos ou laboratoriais de hiperandrogenismo;
  • Cistos ovarianos visíveis na ultrassonografia (no mínimo 12 cistos ou que apresentem um volume maior do que 10 cm³).

O que é anovulação?

A anovulação é caracterizada pela ausência total da ovulação, enquanto a oligovulação representa os ciclos alternados entre ovulação e anovulação. Ambas são distúrbios ovulatórios comuns em pacientes com SOP.

A ovulação acontece em uma das fases do ciclo menstrual, sendo fundamental para que a mulher engravide naturalmente. Para que ela ocorra, os hormônios estimulam o crescimento de alguns folículos ovarianos. Porém, apenas um se desenvolve por completo, liberando o óvulo em direção a uma das tubas uterinas para ser fecundado por um espermatozoide.

Ou seja, nos ciclos anovulatórios a ovulação não acontece porque nenhum óvulo é liberado pelos ovários. O desequilíbrio hormonal provocado pela SOP impede que os ovários desempenhem a sua função corretamente, causando a anovulação.

Qual a relação entre a SOP e a infertilidade feminina?

A SOP possui uma relação direta com a infertilidade. Estima-se que ela é responsável por cerca de 80% dos casos de infertilidade por anovulação. O desequilíbrio hormonal dificulta a ovulação, o que impede o encontro entre o óvulo e o espermatozoide. Resultado: sem a fecundação, o casal não consegue engravidar naturalmente.

Existe tratamento para a SOP? E se o casal quiser ter filhos?

A SOP é uma doença crônica, por isso, as suas alternativas de tratamento visam aliviar os sintomas e proporcionar uma melhor qualidade de vida para a paciente. As mudanças no estilo de vida por meio de uma alimentação equilibrada e exercícios físicos regulares, podem regular a ovulação e ajudar na melhora da saúde mental.

Além dessas medidas, o tratamento contínuo com anticoncepcionais orais geralmente é indicado para pacientes com SOP, que não desejam engravidar. Eles reduzem a produção de hormônios androgênios, auxiliando nos casos de irregularidade menstrual e manifestações causadas pelo hiperandrogenismo.

Se o casal tiver o desejo de engravidar, a reprodução assistida é indicada. A relação sexual programada (RSP) e a inseminação artificial (IA) são técnicas de baixa complexidade indicadas para pacientes com até 35 anos e para casos leves de infertilidade. Enquanto a fertilização in vitro (FIV) é recomendada para os casos mais graves.

A estimulação ovariana é a primeira etapa de todas elas, sendo essencial para as pacientes com SOP. Nesse procedimento, a mulher recebe medicação hormonal para desenvolver um número maior de folículos ovarianos a fim de que mais de um óvulos sejam liberados.

A SOP é um dos fatores mais comuns de infertilidade feminina, em especial, por ser a principal causa de ciclos anovulatórios. A anovulação é a ausência de ovulação, sendo provocada por um desequilíbrio hormonal que afeta o desenvolvimento, amadurecimento e a liberação do óvulo durante o ciclo menstrual.

De caráter multifatorial, a SOP é difícil de ser diagnosticada. Para saber mais sobre ela, clique aqui e confira a nossa página sobre a doença!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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