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Ardência ao urinar: pode ser uretrite?

Por Equipe Origen

Publicado em 29/06/2022

A ardência ao urinar pode, sim, ser sintoma de uretrite, assim como pode indicar outro tipo de alteração no sistema urogenital, como infecção urinária. Exames devem ser feitos para identificar a causa exata e realizar um tratamento efetivo.

Quando se confirma a uretrite, medicamentos são prescritos para anular o efeito dos patógenos, uma vez que se trata de uma inflamação na uretra, causada principalmente por infecção bacteriana (gonorreia, clamídia e outras). A doença também pode resultar de causas traumáticas ou químicas.

A uretra é um órgão situado no aparelho genital, do homem e da mulher, que também faz parte do trato urinário. É um canal que conduz a urina da bexiga para o meio externo. Na mulher, a uretra mede apenas 4 cm e termina na vulva. No homem, o canal uretral tem aproximadamente 20 cm e vai até a extremidade do pênis.

Pela localização da uretra, é possível perceber que, além de causar ardência ao urinar, a uretrite pode afetar a função sexual quando a inflamação causa dor. Há, ainda, o risco de infertilidade, caso a doença não seja efetivamente tratada.

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Quais são as causas de ardência ao urinar?

A ardência ao urinar faz parte de um quadro clínico denominado disúria, que pode surgir acompanhado por outros sintomas, como dor para urinar, dor na bexiga e na uretra, sensação de peso na bexiga e micção frequente e urgente.

Quando a causa é infecciosa, outros sintomas além da ardência ao urinar incluem presença de secreção peniana ou vaginal, coceira e sensibilidade no órgão genital, dor durante a relação sexual e dor pélvica. Na infecção em fase aguda, febre e mal-estar também são possíveis sintomas.

As causas de ardência ao urinar são as seguintes:

  • uretrite;
  • infecção urinária;
  • prostatite (inflamação na próstata);
  • hiperplasia prostática benigna (aumento da próstata);
  • cálculo urinário (pedra nos rins);
  • lesões ou traumas no órgão genital;
  • candidíase;
  • vulvovaginite (inflamação na vagina e na vulva);
  • ressecamento da mucosa vaginal — mais comum em mulheres nas fases de climatério e menopausa;
  • uso de determinados produtos químicos, como espermicidas ou produtos de higiene íntima que possam causar alergia e irritação;
  • tumores no trato urogenital;
  • por vezes, causas não patológicas, como baixa ingestão de água e consumo de alimentos ácidos ou bebidas que atuam como irritantes.

Qual é a relação entre ardência ao urinar e uretrite?

A uretrite consiste em um processo inflamatório que acomete o canal da uretra. Quando qualquer tecido do corpo é danificado — seja pela ação de agentes infecciosos, seja por traumas e lesões ou outros fatores causais — o sistema de defesa dispara reações bioquímicas que aumentam a vascularização na região afetada, desencadeando sintomas como dor, inchaço e sensibilidade.

Portanto, o tecido danificado, no caso de uretrite, é justamente onde a urina passa ao ser conduzida para fora do corpo. Logo, a dor e a ardência ao urinar são sintomas dessa doença.

A uretrite pode se desenvolver no homem e na mulher, causando sintomas brandos ou intensos, dependendo do agente etiológico. No grupo das causas bacterianas, a infecção é classificada como gonocócica (causada pelo microrganismo da gonorreia) e não gonocócica.

Os sintomas da uretrite gonocócica costumam ser mais agressivos, principalmente no homem, provocando, além de dor e ardência ao urinar, inchaço e dor no órgão genital, secreção purulenta, urina com sangue, dor na relação sexual ou ao ejacular.

O agente causador da clamídia é outra bactéria intracelular com alto poder infectante, mas a infecção pode ter sintomas leves ou até ser assintomática. Isso retarda a procura por tratamento, além de aumentar a possibilidade de transmissão.

Como tratar a ardência ao urinar?

A ardência ao urinar é tratada conforme sua causa. Sendo assim, a persistência do sintoma deve motivar a procura por avaliação diagnóstica. A realização de exames de sangue e de urina será necessária para descobrir a origem do problema.

A uretrite, como é uma doença infecciosa, requer tratamento com antibióticos. O medicamento específico é prescrito a partir da identificação do patógeno, mas, inicialmente, a infecção pode ser tratada com fármacos de largo espectro, como os macrolídeos e as tetraciclinas.

Também é preciso investigar e tratar as sequelas da uretrite. Isso porque, ainda que os sintomas mais óbvios sejam amenizados, como a ardência ao urinar, a infecção que começa na uretra pode se espalhar para outras partes do aparelho genital. As possíveis consequências são infertilidade masculina e feminina, cistite (inflamação na bexiga), estenose uretral (estreitamento da uretra) e, em condições severas, septicemia (infecção generalizada).

O que fazer quando a uretrite causa infertilidade?

Se não for corretamente tratada, a uretrite pode deixar sequelas no trato reprodutivo.

No homem, o processo inflamatório leva à formação de cicatrizes, causando obstrução nos genitais. Também é possível que a infecção atinja os epidídimos e os testículos. As consequências na fertilidade masculina incluem falhas na maturação e no transporte dos espermatozoides.

Na mulher, é comum a associação da uretrite com a cervicite (inflamação no colo do útero). Sendo assim, o agente infeccioso pode subir para o trato genital superior, que inclui útero, tubas uterinas e ovários, inflamando esses órgãos. O quadro é chamado de doença inflamatória pélvica (DIP), suas principais consequências são obstrução tubária e problemas na receptividade uterina.

Casais com histórico de uretrite podem precisar de um tratamento de reprodução assistida para engravidar. Como envolve fatores masculinos de infertilidade ou problemas uterinos e tubários, a fertilização in vitro (FIV) pode ser indicada após uma avaliação detalhada.

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Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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