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Classificação cirúrgica da endometriose: saiba mais sobre o assunto

Classificação cirúrgica da endometriose: saiba mais sobre o assunto

A endometriose é uma doença ginecológica, considerada crônica e associada a processos inflamatórios. É identificada pelo crescimento anormal de endométrio funcional fora do útero, sendo que normalmente esse tecido é encontrado somente na parte de dentro da parede uterina.

O endométrio ectópico pode se implantar em outros órgãos e tecidos dentro da cavidade pélvica, como os ovários, as tubas uterinas, o intestino e a bexiga. Por estarem fora de seu local habitual, a presença das células endometriais ativa uma resposta de defesa do organismo que desencadeia inflamações localizadas, levando a sintomas dolorosos.

A endometriose pode impactar significativamente a qualidade de vida das mulheres afetadas, prejudicando seu bem-estar físico e emocional, além de causar infertilidade. Sendo assim, é fundamental contar com médicos experientes para diagnosticar e tratar a doença o quanto antes.

Neste texto, vamos explorar a complexidade dessa patologia e falar sobre a classificação cirúrgica da endometriose. Confira!

Quais são as classificações da endometriose?

A endometriose é uma doença de amplo espectro, com apresentações clínicas variadas e diversos subtipos. Sendo assim, tem merecido classificações para identificar a localização das lesões, a gravidade da doença e o nível de comprometimento dos órgãos.

Em síntese, classificar a endometriose é importante para o diagnóstico e o planejamento terapêutico. Começamos mencionando a classificação morfológica, que pode nortear o tratamento — mas há diferenças entre essa e as classificações cirúrgicas.

Com base em suas características morfológicas, a endometriose pode ser classificada como:

Há também outros subtipos, normalmente associados à doença profunda, como endometriose intestinal ou de bexiga.

Em muitos casos, é uma patologia multifocal, ou seja, apresenta-se na mesma paciente em mais de um subtipo, por exemplo: peritoneal e ovariana; ovariana e profunda; profunda e intestinal; etc.

Como é a classificação cirúrgica da endometriose?

Já foram propostas várias classificações cirúrgicas para a endometriose, entre as quais estão:

Por não haver uma classificação única que avalie todas as apresentações dessa patologia, foi proposta a junção dessas principais para nortear o trabalho dos cirurgiões.

A ASMR propôs, inicialmente, uma classificação com base em pontuação cumulativa, de acordo com a localização e o tamanho das lesões. O sistema de estadiamento é dividido em:

A classificação ENZIAN busca determinar a extensão da endometriose profunda, complementando a da ASMR. Ela foi revista em 2021 para introduzir a avaliação dos subtipos de endometriose peritoneal e ovariana, bem como a avaliação da permeabilidade das tubas uterinas com o método de cromotubagem.

Outra classificação existente, o EFI, propõe um índice de fertilidade para mulheres com endometriose, estimando a taxa de concepção natural após o tratamento cirúrgico. Esse método de avaliação considera vários fatores, como idade da mulher, tempo de infertilidade e história de gestações anteriores, associados aos achados intraoperatórios.

A AAGL iniciou um projeto, em 2010, para desenvolver uma nova classificação cirúrgica da endometriose, baseando-se nos aspectos: dor, infertilidade e dificuldade cirúrgica. De acordo com seus autores, essa classificação ainda precisa de adequações e melhorias, com base em mais investigações e discussões. Contudo, as avaliações iniciais concluíram que se trata de uma forma confiável de avaliação e com todos os quesitos necessários para ser utilizada.

A cirurgia pode reverter a infertilidade?

A cirurgia de endometriose é feita com os objetivos de controlar a doença, diminuir os sintomas, eliminar as aderências pélvicas, restaurar a anatomia dos órgãos que sofreram distorção e melhorar as chances de gravidez.

Dependendo da idade da paciente e das condições reprodutivas gerais do casal, é possível em alguns casos que uma gestação natural aconteça após a cirurgia. Entretanto, o diagnóstico da endometriose é desafiador e pode levar muitos anos para ser fechado.

Sendo assim, se o tratamento cirúrgico for realizado em torno dos 35 anos, as chances de gravidez natural podem reduzir. Além disso, a doença pode ter impactos nos órgãos reprodutores que nem sempre a cirurgia consegue reverter.

As técnicas de reprodução assistida são uma opção viável para mulheres que ficaram inférteis devido à endometriose e ainda querem ser mães. Nos casos mais complexos, com comprometimento ovariano e tubário, a melhor alternativa é a fertilização in vitro (FIV).

Antes mesmo da cirurgia de endometriose, quando é preciso retirar cistos endometrióticos dos ovários, a reprodução assistida é indicada como forma de preservação da fertilidade, pois a cirurgia também pode causar danos à reserva ovariana. Assim, os óvulos são congelados e podem ser utilizados futuramente, em um tratamento com FIV.

Para saber mais, leia também o texto sobre endometriose e conheça outros aspectos relacionados, como causas, sintomas e métodos diagnósticos!

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