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Endometrioma e infertilidade: qual a relação?

Endometrioma e infertilidade: qual a relação?

Diferentes doenças femininas e masculinas podem alterar o funcionamento correto do sistema reprodutor, resultando em infertilidade, problema que afeta, atualmente, milhões de pessoas no mundo todo.

Entre as doenças femininas as mais comuns são a síndrome dos ovários policísticos (SOP), os miomas uterinos, pólipos endometriais e endometriose. A endometriose, entretanto, tem sido a mais frequentemente registrada e, por isso, é considerada, hoje, uma das principais causas de infertilidade feminina no mundo todo. Os endometriomas são uma forma de apresentação da doença.

Continue a leitura até o final e entenda qual a relação dos endometriomas com a infertilidade feminina.

O que são endometriomas?

Para entender o que são endometriomas é importante conhecer mais sobre a endometriose. Uma doença inflamatória e crônica, ela tem como característica o crescimento de um tecido semelhante ao endométrio fora da cavidade uterina, geralmente em locais próximos, como o peritônio, os ovários e as tubas uterinas, por exemplo.

Além de endometriomas, as lesões podem se apresentar, ainda, como implantes e aderências.

Endométrio é um tecido altamente vascularizado que reveste a cavidade uterina, tem como principal função abrigar e nutrir o embrião até que a placenta seja formada. Assim, nele ocorre um processo chamado nidação ou implantação do embrião, que marca o início da gestação.

Essa ação é motivada pelos hormônios femininos estrogênio e progesterona. O estrogênio age no decorrer do ciclo, enquanto a progesterona, é responsável pela preparação final.

Quando não ocorre fecundação, os níveis hormonais decrescem, provocando a descamação da camada funcional do endométrio e a menstruação, iniciando um novo ciclo.

A principal explicação para o crescimento anormal do tecido endometrial, surgiu no século XIX e é aceita até hoje pela comunidade científica. Sugere que os fragmentos de tecido endometrial que deveriam ser eliminados pela menstruação, retornam pelas tubas uterinas implantando em outros locais. É conhecida como teoria da menstruação retrógada.

Como o endométrio normal, o tecido ectópico também reage à ação do estrogênio, desenvolvendo-se e invadindo outros locais. Essa ação contínua, provoca um processo inflamatório, que resulta em diferentes sintomas, principalmente em estágios mais avançados, quando já invadiu diferentes locais.

Os endometriomas são comuns em mulheres nos estágios moderado e grave da doença. São um tipo de cisto ovariano e têm a sua formação justificada pela deposição e crescimento do tecido ectópico na superfície dos ovários, que posteriormente é coberto por aderências e sofre invaginação, tornando-se, dessa forma, uma lesão infiltrativa.

Embora a endometriose possa causar diferentes efeitos na fertilidade feminina, os endometriomas são considerados o mais nocivo, podendo resultar, inclusive, em infertilidade permanente, em casos mais graves.

Entenda qual a relação dos endometriomas com a infertilidade feminina e saiba como é feito o tratamento

A principal interferência que os endometriomas causam na fertilidade é o comprometimento da reserva ovariana, termo utilizado para definir a quantidade de folículos presentes novos ovários, cavidades em forma de saco que armazenam os óvulos primários, localizados na parte externa dos ovários.

Toda mulher nasce com uma reserva ovariana definida, que diminui naturalmente na puberdade e a cada ciclo menstrual, ou seja, com o envelhecimento se torna cada vez menor, reduzindo, dessa forma, a capacidade reprodutiva.

Assim como os folículos os endometriomas se formam na parte externa dos ovários (córtex ovariano) e podem comprometer a reserva ovariana de várias formas. Podem, por exemplo, causar danos ao tecido ovariano, o que leva à redução dos folículos ao redor e, consequentemente, dos níveis da reserva ovariana.

Os níveis também são afetados quando eles possuem maiores tamanhos ou quantidade, pois tendem a comprimir o córtex ovariano, prejudicando a circulação, resultando, igualmente, em perda folicular.

Ao mesmo tempo que comprometem a reserva ovariana, interferem no desenvolvimento e amadurecimento dos folículos, resultando em distúrbios de ovulação, caracterizado por dificuldades no desenvolvimento, amadurecimento e rompimento do folículo, o que provoca ausência de ovulação (anovulação).

O tratamento possibilita a gravidez quando há o desejo de engravidar e pode ser feito por cirurgia ou por fertilização in vitro (FIV), principal técnica de reprodução assistida.

A cirurgia tem como objetivo a remoção do maior número possível de endometriomas. É realizada por uma técnica minimamente invasiva chamada videolaparoscopia, que proporciona menores riscos de perda folicular quando os endometriomas são removidos, o que pode resultar em infertilidade temporária ou permanente. Porém, isso ainda pode ocorrer.

Assim, é fundamental que o procedimento seja feito por um profissional com experiência na remoção de endometriomas. Preservar a fertilidade antes da cirurgia é geralmente aconselhado. O que acontece a partir do congelamento dos óvulos.

Se a cirurgia for bem-sucedida e não afetar a fertilidade, há boas chances de gravidez. No entanto, se a gravidez não ocorrer, ela pode ar obtida pelo tratamento por fertilização in vitro (FIV), que também pode ser realizado sem que seja necessária a remoção dos endometriomas, da mesma forma que é o tratamento indicado quando os óvulos são congelados e a cirurgia causou maiores danos à reserva ovariana.

Os percentuais de sucesso gestacional proporcionados pela FIV são bastante altos: em média 40% a cada ciclo de tratamento.

Siga o link e saiba como a endometriose pode interferir na fertilidade feminina de outras formas.

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