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Endometrite e nidação: saiba mais sobre a relação

Endometrite e nidação: saiba mais sobre a relação

Para introduzir este texto sobre endometrite e nidação, é preciso mencionar como o útero é formado. O órgão tem estrutura anatômica em formato de pera invertida, mede entre 6 e 10 cm de altura em período não gravídico e sua parede é constituída por três diferentes tecidos (divisão histológica).

Da camada superficial da parede uterina para a mais interna, temos: serosa ou perimétrio, miométrio e endométrio — esse último é o que mais nos interessa para chegar à relação entre endometrite e nidação.

Neste artigo, vamos esclarecer todas essas questões, explicando o que é endométrio, o que é endometrite, o que é nidação e como tudo isso está associado à fertilidade feminina.

Confira as informações que reunimos!

Qual é a função do endométrio?

Já vimos que o endométrio é a camada mais interna do útero, é o tecido que reveste a parede do órgão por dentro. Esse tecido é necessário para que um embrião consiga se fixar para iniciar a gravidez e, assim, permanecer bem nutrido e protegido na cavidade uterina.

O endométrio é um tecido com rica vascularização, constituído por epitélio, estromas e vasos sanguíneos. Nessa camada uterina, ocorre ação dinâmica e alternada dos hormônios reprodutivos ao longo do ciclo menstrual, deixando o ambiente propício para receber um embrião.

Os hormônios que preparam o endométrio para a gravidez são secretados pelos ovários. Os estrógenos têm ação proliferativa, assim promovem o aumento das células e da espessura do tecido. A progesterona tem atividade secretória, necessária para conter a proliferação das células endometriais e reorganizar o tecido, deixando-o receptivo para a fixação embrionária.

O endométrio também tem relação com o sangramento menstrual. Quando não há embrião no útero, parte do tecido endometrial se desprende da parede uterina e é eliminada do organismo via vaginal. É esse, então, o produto da menstruação.

Após o período menstrual, um novo ciclo hormonal tem início para promover a ovulação e a restauração do endométrio.

O que é endometrite?

Endometrite é um processo inflamatório que ocorre no endométrio, podendo ser sintomática ou não. A doença sintomática, primeiramente, é uma condição aguda. Os sintomas mais frequentes são dor no baixo abdome, corrimento vaginal purulento, sangramento anormal e sensibilidade uterina. Na falta do tratamento adequado, pode se tornar uma patologia assintomática, crônica e que oferece risco à fertilidade.

A endometrite é causada por lesões endometriais. Na maior parte das vezes, os danos resultam de infecções microbianas. Os principais agentes etiológicos são os causadores de clamídia, gonorreia, tricomoníase e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), podendo também ser causada por bactérias comuns.

Quando a causa da endometrite é infecção por microrganismos, geralmente, faz parte da doença inflamatória pélvica (DIP). Nessa condição, outras inflamações se desenvolvem simultaneamente nos órgãos da pelve, ocasionando cervicite (no colo do útero), salpingite (nas tubas uterinas), ooforite (nos ovários) e peritonite (no peritônio pélvico).

Em alguns casos, a endometrite também resulta de lesões mecânicas no endométrio. Isso pode acontecer a partir de procedimentos intrauterinos, como curetagem pós-aborto, biópsia endometrial, histeroscopia e colocação de dispositivo intrauterino (DIU).

O que é e como ocorre o processo de nidação?

Nidação, fixação ou implantação embrionária é o momento em que o óvulo fecundado se prende ao endométrio uterino, dando início à gestação. É um evento biológico complexo e que depende de vários outros processos.

De modo bem abreviado, são necessárias as seguintes etapas para que a nidação aconteça:

A nidação ocorre se houver sincronização fisiológica e diálogo molecular entre embrião e endométrio. Isso depende de alguns fatores, como:

Qual é a relação entre endometrite e nidação?

Até aqui, vimos que o endométrio precisa estar propício para a implantação embrionária e que a endometrite é uma inflamação nesse tecido. Fica esclarecido, então, que a endometrite pode afetar a nidação, visto que prejudica as características do ambiente intrauterino.

Ainda que ocorra a fixação do embrião no endométrio, a gravidez pode não evoluir em razão do ambiente inadequado. Portanto, a endometrite também é uma das possíveis causas de abortamento espontâneo e de repetição.

O tratamento da doença é feito com antibióticos. Além disso, se a mulher continuar com dificuldade de engravidar espontaneamente, pode buscar ajuda na reprodução assistida. Em situação de infertilidade por problema uterino, a fertilização in vitro (FIV) costuma ser a técnica mais indicada, mas isso somente após a avaliação completa do casal.

Pacientes com histórico de endometrite também podem contar com o endometrial receptivity array (ERA), EMMA e ALICE. Trata-se de análises moleculares que confirmam se o endométrio está ou não receptivo em determinado período do ciclo, além de detectar patógenos no endométrio e o equilíbrio dos lactobacilos. Para sua realização, é necessário o preparo endometrial similar aos utilizados em transferências de embriões congelados.

Ainda que essas técnicas representem importantes avanços da medicina reprodutiva, é necessário que a endometrite seja, primeiramente, tratada com as medicações. Com isso, aumentamos as chances de nidação e de evolução da gravidez.

Se você quer se informar melhor sobre as condições que dificultam a gravidez, leia também o texto que aborda os principais fatores relacionados à infertilidade feminina!

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