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Estrogênio baixo: veja o que pode causar

Por Equipe Origen

Publicado em 05/12/2022

Vários hormônios agem de forma cíclica no corpo da mulher para promover as funções do sistema reprodutor e do organismo de modo geral. Sendo assim, essas substâncias são essenciais para o equilíbrio das funções orgânicas, o que inclui a fertilidade. Entretanto, uma série de alterações podem afetar a ação hormonal no corpo, como o estrogênio baixo.

O termo “estrogênio” se refere a um conjunto de hormônios esteroides produzidos em maior quantidade nos ovários. Os três estrógenos principais são estrona, estriol e estradiol.

O estrogênio é um dos hormônios mais importantes do corpo feminino, tanto para a fertilidade quanto para as características sexuais secundárias, além de participar de outras funções que não estão diretamente relacionadas ao aparelho reprodutor.

Vamos abordar, agora, como esse hormônio age no organismo da mulher e por que o estrogênio baixo pode causar infertilidade.

Leia até o final do texto e entenda!

Quais são as funções do estrogênio?

O estrogênio, conforme já abordamos, é um hormônio feminino responsável por várias funções, principalmente relacionadas ao ciclo reprodutivo e às características típicas do corpo da mulher.

A maior produção de estrógenos ocorre nos ovários, pelos folículos que começam a se desenvolver antes da ovulação. Na fase lútea ou pós-ovulatória, estrogênio e progesterona são secretados pelo corpo-lúteo, estrutura formada pelos resíduos do folículo ovulado. Na gravidez, a placenta também produz esses hormônios.

Em níveis bem menores, os esteroides são secretados pelas glândulas suprarrenais ou adrenais, tanto na mulher quanto no homem. Também é essa a única fonte de estrogênio feminino na fase da menopausa, devido à falência ovariana. Como os níveis do hormônio ficam muito abaixo do que era na vida fértil, a mulher pode necessitar de terapia de reposição hormonal.

Podemos listar as seguintes funções do estrogênio:

  • promove a proliferação das células e o consequente aumento da espessura do tecido endometrial (revestimento interno do útero) para permitir a implantação do embrião;
  • desenvolve as características femininas a partir da puberdade, como aumento das glândulas mamárias, modelagem dos contornos do corpo e crescimento de pelos pubianos;
  • participa do metabolismo do cálcio e da manutenção da massa óssea;
  • aumenta a deposição de gordura e a retenção de líquidos;
  • relaciona-se com o comportamento sexual feminino, promovendo a lubrificação vaginal e o aumento da libido;
  • promove as transformações do corpo da mulher durante a gravidez, regula a densidade óssea do feto, estimula o desenvolvimento do sistema genital do bebê, entre outras funções próprias do período gestacional.

Além disso tudo, como é um dos hormônios que regula o ciclo menstrual, está relacionado à menstruação. Quando não há gravidez, os níveis de estrogênio e progesterona ficam baixos alguns dias depois da ovulação, promovendo a descamação do tecido endometrial, o que resulta no sangramento.

Por que ocorrem alterações nos níveis de estrogênio?

As alterações hormonais, de forma geral, podem resultar de doenças ou condições associadas ao estilo de vida. O excesso de estrogênio, por exemplo, tem relação com a obesidade e o uso de medicamentos à base de estrógenos, como alguns anticoncepcionais. A síndrome dos ovários policísticos (SOP) e a presença de tumores ovarianos ou adrenais também podem causar a produção aumentada no hormônio.

Em relação ao estrogênio baixo, a principal causa é a menopausa. O mesmo acontece em casos de falência ovariana prematura (menopausa precoce). Outros possíveis fatores que reduzem os níveis dessa substância incluem:

  • doenças autoimunes;
  • hipotireoidismo;
  • terapias oncológicas (quimioterapia e radioterapia);
  • ooforectomia (cirurgia para retirada do ovário);
  • disfunções da glândula hipófise, responsável por secretar os hormônios FSH e LH, que estimulam as funções dos ovários;
  • anorexia nervosa, visto que o peso excessivamente baixo altera as funções do eixo hipotalâmico-hipofisário e, consequentemente, o funcionamento ovariano.

O que o estrogênio baixo pode causar?

Estrogênio baixo é uma condição que afeta a fertilidade da mulher e sua saúde de forma geral, pois, se não for realizada a devida intervenção médica, pode causar:

  • irregularidades menstruais;
  • infertilidade;
  • ressecamento vaginal;
  • oscilações de humor;
  • infecções urinárias de repetição;
  • incontinência urinária leve;
  • dores nas articulações;
  • aumento do risco cardiovascular;
  • osteoporose.

Aqui, devemos reforçar a relação entre estrogênio baixo e infertilidade. Isso acontece porque o hormônio age na regulação do ciclo menstrual e no preparo do útero para receber um embrião. Níveis insuficientes podem deixar a mulher com o endométrio fino, o que significa que o tecido está inadequado para a implantação embrionária.

Quando procurar um especialista em reprodução assistida?

Diante da constatação da infertilidade, recomenda-se ao casal procurar os serviços de reprodução assistida. Assim, uma avaliação detalhada é realizada para chegar à indicação mais apropriada de tratamento.

Quando as técnicas de reprodução assistida são necessárias, as opções incluem relação sexual programada, inseminação artificial e fertilização in vitro (FIV). A indicação depende da complexidade dos fatores identificados na investigação da infertilidade conjugal.

Independentemente da técnica realizada, as pacientes que apresentam estrogênio baixo precisam de medicação hormonal para melhorar a espessura do endométrio e aumentar as chances de implantação e gravidez.

Aproveite para conferir nosso texto sobre infertilidade feminina e veja quais outras condições afetam a saúde da mulher e dificultam a gravidez!