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Hipertireoidismo na reprodução assistida e infertilidade

Por Equipe Origen

Publicado em 08/05/2025

A tireoide é uma glândula fundamental para o funcionamento adequado do organismo. Localizada na parte frontal do pescoço, ela produz hormônios que regulam o metabolismo, a temperatura corporal, o ritmo cardíaco e diversas outras funções essenciais para o corpo, incluindo aquelas relacionadas à fertilidade. 

Quando ocorrem alterações na produção dos hormônios da tireoide, como o hipertireoidismo, o impacto pode se estender ao sistema reprodutor, dificultando funções necessárias para a concepção.

Neste artigo, você vai entender o que é o hipertireoidismo, como ele pode interferir na fertilidade e quais são as opções de tratamento disponíveis para quem deseja ter filhos, mas enfrenta esse problema.

Leia mais para compreender o tema!

O que é hipertireoidismo?

O hipertireoidismo é uma condição em que a glândula tireoide trabalha mais do que deveria e produz os hormônios tiroxina (T4) e a tri-iodotironina (T3) em excesso. Esses hormônios em concentração aumentada aceleram o metabolismo, levando a sintomas que afetam todo o organismo.

Por outro lado, o hipotireoidismo é uma disfunção tireoidiana caracterizada pela produção insuficiente dos hormônios T3 e T4, o que resulta em um metabolismo mais lento. Ambas as condições podem causar desequilíbrios hormonais que prejudicam a saúde geral e a fertilidade.

No caso do hipertireoidismo, a sobrecarga hormonal pode provocar alterações no funcionamento do sistema reprodutor feminino, interferindo na ovulação e no preparo do útero para a gravidez, assim como aumentando a probabilidade de aborto. Nos homens, também pode ocorrer um desequilíbrio na produção de testosterona, impactando a produção de espermatozoides e a função sexual.

Quais são os sintomas e como é feito o diagnóstico?

Os sintomas do hipertireoidismo podem variar em intensidade, mas geralmente incluem: 

  • perda de peso inexplicável;
  • aumento do apetite; 
  • intolerância ao calor e sudorese excessiva;
  • irritabilidade ou ansiedade;
  • tremores nas mãos;
  • batimentos cardíacos acelerados;
  • ciclos menstruais irregulares ou ausentes nas mulheres; 
  • insônia.

O diagnóstico de hipertireoidismo é realizado a partir da avaliação dos sintomas e confirmado por meio de exames laboratoriais que avaliam os níveis de TSH (hormônio estimulador da tireoide), T3 e T4. Exames complementares, como a ultrassonografia da tireoide, também podem ser indicados para identificar a causa dessa condição e avaliar a presença de nódulo ou tumor na glândula. A realização de exames para detecção de anticorpos contra a tireoide auxilia na investigação.

Como o hipertireoidismo pode causar infertilidade?

O equilíbrio hormonal é essencial para o funcionamento adequado do sistema reprodutor. As principais substâncias que estimulam as gônadas (ovários e testículos) são o hormônio folículo-estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH), secretados pela glândula hipófise. No entanto, os hormônios tireoidianos interagem com os hipofisários e influenciam as funções reprodutivas.

Sendo assim, no hipertireoidismo, o excesso de hormônios tireoidianos pode interferir nos mecanismos que regulam a fertilidade. Nas mulheres, o desequilíbrio hormonal pode causar: 

  • ciclos menstruais irregulares — o excesso de hormônios afeta a comunicação entre o hipotálamo, a hipófise e os ovários, prejudicando a ovulação; 
  • qualidade reduzida dos óvulos — alterações hormonais podem comprometer o desenvolvimento e a maturação dos óvulos; 
  • alterações no endométrio — o revestimento uterino pode não estar preparado para receber o embrião, podendo dificultar a implantação e aumentar a chance de aborto.

Nos homens, o hipertireoidismo pode reduzir a qualidade do sêmen, afetando a motilidade e o número dos espermatozoides. Além disso, o desequilíbrio na produção de testosterona tende a alterar a libido e a potência sexual.

Caso a gravidez aconteça e a mulher tenha hipertireoidismo não controlado, há também o risco aumentado de abortamento e complicações gestacionais, como hipertensão, eclâmpsia, insuficiência cardíaca, parto prematuro e baixo peso do bebê ao nascer.

Como tratar o hipertireoidismo e a infertilidade?

O tratamento do hipertireoidismo depende da gravidade da condição e da causa subjacente. As opções incluem:

  • medicações que inibem a produção dos hormônios tireoidianos; 
  • iodo radioativo, que destrói parte da glândula tireoide para controlar a produção hormonal; 
  • cirurgia para a remoção parcial ou total da glândula. 

Uma vez controlados os níveis hormonais, as chances de concepção natural aumentam. No entanto, para os casais que não conseguem superar a infertilidade apenas com o tratamento medicamentoso, as técnicas de reprodução assistida podem ser uma alternativa eficaz. Nesse contexto, as possibilidades incluem:

Na FIV, que é a técnica de maior complexidade da reprodução assistida, é possível ter um controle sobre todas as etapas do processo reprodutivo, desde o desenvolvimento e a coleta dos óvulos até a fertilização em laboratório e o acompanhamento detalhado do desenvolvimento dos embriões em incubadora.

Para casais que enfrentam problemas de fertilidade associados ao hipertireoidismo, o acompanhamento multidisciplinar com endocrinologistas e especialistas em reprodução humana é essencial. O controle rigoroso dos níveis hormonais antes e durante a gestação é necessário para garantir a saúde da mãe e do bebê. 

O hipertireoidismo pode representar um desafio para quem deseja engravidar, mas com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, é totalmente possível superar as dificuldades, chegar ao resultado positivo e ter uma gravidez saudável.

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Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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