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ISTs e infertilidade: conheça a relação

ISTs e infertilidade: conheça a relação

As infecções sexualmente transmissíveis ainda representam um problema de saúde mundial. Apesar de todas as informações que são divulgadas a respeito das consequências dessas doenças, ainda é preocupante o número de novos casos que surgem a cada ano. Por isso, precisamos falar sobre a relação entre ISTs e infertilidade.

Algumas dessas infecções são assintomáticas ou provocam apenas sintomas discretos e passageiros. Com isso, as pessoas deixam de procurar avaliação médica e tratamento. Entretanto, se não tratadas, as ISTs podem desencadear condições graves no aparelho genital, tanto de homens quanto de mulheres, deixando a pessoa infectada infértil.

Vamos abordar, neste artigo, por que algumas ISTs causam infertilidade e como proceder diante dessa condição. Confira!

Quais ISTs podem causar infertilidade?

Existe uma lista longa de infecções que podem ser transmitidas pelo contato sexual, mas nem todas são tão agressivas aos órgãos reprodutores. As que estão mais associadas aos casos de infertilidade feminina e masculina são clamídia e, mais raramente, gonorreia.

A clamídia é provocada pelo patógeno Chlamydia trachomatis. Trata-se da IST mais prevalente no mundo. Pode afetar mulheres e homens e nem sempre é uma doença sintomática, o que pode impedir a busca por tratamento.

Quando causa sintomas, a clamídia pode manifestar nas mulheres: dor no baixo abdome, secreção vaginal anormal, dor na relação sexual, queimação ao urinar, sangramento fora de época e febre. Os homens, quando afetados por essa infecção, podem apresentar dor e inchaço nos testículos, secreção peniana, dor e ardor para urinar e sangramento retal.

A gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, estando também entre as ISTs de grande incidência. A doença pode afetar, além dos órgãos genitais, o reto, os olhos e a garganta.

Os sintomas da gonorreia são semelhantes aos da clamídia — inclusive, as duas ISTs podem surgir em comorbidade na pessoa infectada. Os casos masculinos costumam ser mais severamente sintomáticos que os femininos.

Também podemos citar a sífilis como causa de infertilidade, visto que apresenta riscos à gravidez e à saúde do feto. Ainda, outra IST que merece atenção é a infecção por papilomavírus humano (HPV), doença que pode ser precursora do câncer de colo do útero, se não for tratada.

De que forma uma IST provoca infertilidade?

As ISTs, sobretudo as infecções por clamídia e gonorreia e mais raramente ureaplasma e micoplasma, resultam em infertilidade por vários fatores. Nas mulheres, há o risco de doença inflamatória pélvica (DIP), obstrução tubária, alterações na receptividade intrauterina, entre outros impactos. Já os homens podem desenvolver um quadro grave, chamado azoospermia obstrutiva.

Entenda como as ISTs prejudicam a fertilidade de homens e mulheres!

ISTs e infertilidade masculina

Os homens que contraem infecções dessa natureza podem ser acometidos por vários processos inflamatórios no trato genital, incluindo:

Essas inflamações genitais podem resultar na formação de aderências de tecido cicatricial que obstruem determinados pontos do sistema canalicular do trato reprodutivo. Tais obstruções impedem o transporte dos espermatozoides, os quais são produzidos nos testículos e precisam se juntar aos fluídos seminais.

A ausência dos espermatozoides no sêmen é definida como azoospermia, caracterizando um fator grave de infertilidade masculina. Além disso, as inflamações podem prejudicar a qualidade espermática.

ISTs e infertilidade feminina

Nas mulheres, as ISTs podem começar acarretando inflamação no trato genital inferior, especificamente no colo do útero (cervicite). A falta de tratamento precoce permite que os microrganismos migrem para o trato superior, lesionando o endométrio (revestimento interno do útero), as tubas uterinas e, em alguns casos, os ovários e o peritônio pélvico (membrana que recobre os órgãos da pelve). Os processos inflamatórios são chamados, respectivamente, de:

O acometimento simultâneo dos órgãos reprodutores caracteriza a doença inflamatória pélvica, frequentemente associada à infertilidade feminina por fator tubário. A hidrossalpinge (acúmulo de fluído seroso dentro da tuba uterina), resultante da salpingite, é a responsável pela obstrução tubária que deixa a mulher infértil.

A endometrite também é uma complicação frequente do contágio por ISTs. A inflamação tende a deixar o endométrio com baixa receptividade, aumentando o risco de falha de implantação embrionária e abortamento.

Além disso, podem ocorrer outras complicações obstétricas e neonatais, incluindo: parto prematuro, malformações congênitas e transmissão vertical da infecção (de mãe para filho no parto), o que pode causar problemas respiratórios e oftalmológicos na criança.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento?

O diagnóstico de ISTs é feito com base na investigação dos sintomas, no exame físico e em análises laboratoriais de sangue, urina e secreção vaginal/peniana. Dessa forma, é possível constatar se existem processos inflamatórios em curso e quais são os patógenos envolvidos.

O tratamento é feito com antibióticos, os quais devem ser utilizados tanto pela pessoa infectada quanto por seus parceiros íntimos. Lembrando que evitar essas infecções é algo simples, basta utilizar preservativos em todas as relações sexuais.

A reprodução assistida é indicada quando a pessoa fica com sequelas das ISTs nos órgãos reprodutores, as quais não podem ser corrigidas com o uso de antibióticos. Nos casos de endometrite crônica, obstrução tubária e azoospermia, a fertilização in vitro (FIV) é o único tratamento capaz de superar os fatores de infertilidade para que o casal consiga engravidar.

Leia, também, o texto sobre infecção por clamídia e conheça a doença um pouco mais!

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