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Menstruação retrógrada e endometriose: saiba mais sobre a relação

Menstruação retrógrada e endometriose: saiba mais sobre a relação

Menstruação retrógrada e endometriose são frequentemente citadas em artigos médicos como condições relacionadas — e, de fato, são. No entanto, há vários desdobramentos nesse tema, os quais precisamos apresentar de forma clara para que nossas leitoras não fiquem com dúvidas.

Para começar, vamos relembrar que a endometriose é uma patologia ginecológica de natureza inflamatória e crônica. É considerada uma das maiores causas de infertilidade feminina e sua principal característica é o crescimento de tecido semelhante ao endométrio fora do útero.

O tecido endometrial é aquele que reveste a parede do útero por dentro e passa por alterações cíclicas para receber um embrião, em caso de fecundação. Na endometriose, fragmentos de endométrio são encontrados em órgãos próximos ao útero, incluindo tubas uterinas, ovários, intestino e bexiga.

Conforme os aspectos morfológicos dos implantes de tecido endometriótico (localização e profundidade das lesões), a endometriose é classificada em três subtipos: peritoneal superficial, ovariana ou endometrioma e infiltrativa profunda.

Independentemente do tipo, a endometriose é uma doença de sintomas que variam de leves a intensos, em parte dos casos. É uma condição complexa, com apresentações clínicas variadas e que pode causar uma série de problemas, incluindo infertilidade e outros importantes prejuízos à qualidade vida da mulher.

Continue com a leitura deste post para entender o que é menstruação retrógrada e sua relação com a endometriose!

Por que a menstruação acontece?

Para explicar o que é menstruação retrógrada, precisamos antes falar sobre o que é o sangramento menstrual: de onde ele vem e como isso acontece?

Como dissemos, o endométrio é o revestimento interno do útero. Durante o ciclo menstrual, os hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona, se encarregam de provocar modificações proliferativas e secretórias, deixando o tecido endometrial adequado para a implantação de um embrião.

Se o óvulo não é fecundado nesse ciclo, os níveis de estrogênio e progesterona diminuem e o tecido intrauterino inicia seu processo de descamação. Assim, ocorre a menstruação, sendo um mecanismo necessário para eliminar os fragmentos de epitélio endometrial, permitindo o início de um novo ciclo e a reconstrução do endométrio para uma nova tentativa de gravidez.

O que é menstruação retrógrada e por que é relacionada à endometriose?

A menstruação retrógrada corresponde a uma das teorias que foram abordadas na literatura médica para explicar o surgimento da endometriose. Essa ideia foi descrita por Sampson, na década de 1920, sendo chamada inicialmente de teoria da implantação, mas muitos se referem a ela como teoria da menstruação retrógrada ou do refluxo menstrual.

De acordo com esse autor, o sangramento endometrial pode não ser totalmente eliminado pelo canal vaginal. Parte desse conteúdo poderia, então, refluir pelas tubas uterinas, encontrando a abertura para a cavidade pélvica. Dessa forma, os fragmentos de endométrio viriam a se espalhar e se implantar no peritônio (membrana que protege os órgãos do abdômen e da pelve), chegando a se infiltrar e atingir os órgãos.

Como já foi dito, o endométrio eutópico (dentro do útero) responde à ação dos hormônios reprodutivos durante o ciclo menstrual. O estrogênio é responsável pela proliferação das células endometriais, para que o tecido fique mais espesso antes de uma possível fixação embrionária.

Na endometriose, o endométrio ectópico (fora do útero) também é ativo e responsivo à ação estrogênica — por isso, a doença também é considerada estrogênio-dependente. Assim, esse tecido endometriótico ocasiona sangramento local, seguido de inflamação.

Vemos, portanto, que existe uma relação clara entre endometriose e menstruação retrógrada, mas esse mecanismo, por si só, não causa a doença. Há outros aspectos envolvidos que tornam algumas mulheres mais propensas que outras ao desenvolvimento da endometriose.

Outros fatores que implicam no surgimento dessa patologia incluem predisposição genética, alterações imunológicas, endócrinas, anatômicas e até ambientais. Além disso, a menstruação retrógrada não é a única teoria para a causa da endometriose. Há outras que sugerem a diferenciação/substituição celular (metaplasia) ou a disseminação linfática e hematogênica das células endometriais para fora da cavidade uterina.

Endometriose e infertilidade: quando buscar ajuda para engravidar?

Um dos principais impactos da endometriose na vida da mulher é a infertilidade. Isso acontece por várias razões:

Agora que já explicamos a relação entre menstruação retrógrada e endometriose, encerramos este post alertando as mulheres que observem quaisquer indícios de alterações ginecológicas. Para os casos de infertilidade, pode ser preciso fazer o tratamento com cirurgia após o uso de técnicas de reprodução assistida para preservação da fertilidade, as quais incluem estimulação ovariana associada à relação sexual programada e à inseminação artificial ou fertilização in vitro.

Aproveite sua visita em nosso site e leia também o texto exclusivo sobre endometriose para conhecer melhor essa doença!

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