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Mioma subseroso: tratamento

Por Equipe Origen

Publicado em 20/02/2024

O trato reprodutivo superior da mulher é formado por órgãos fundamentais para a concepção e a gravidez: os ovários, as tubas uterinas e o útero. A fertilidade feminina depende da saúde desses órgãos, mas eles podem ser afetados por muitas doenças, como o mioma subseroso, sobre o qual falaremos neste post.

Cada um dos órgãos mencionados tem sua função específica na fertilidade. O útero, em específico, é responsável por abrigar e sustentar o embrião/feto durante a gestação. Suas características anatômicas, vasculares e histológicas tornam o ambiente uterino apropriado para o desenvolvimento gestacional.

Para falar sobre miomas, precisamos explicar a divisão histológica do útero. Trata-se de um órgão oco e sua cavidade é circundada por uma parede, composta por três camadas de tecidos:

  • o endométrio é o tecido mais interno, local de implantação do embrião;
  • o miométrio é a camada medial e mais espessa, formado por musculatura lisa que ajuda na contratilidade e na capacidade de expansão uterina;
  • a camada serosa ou perimétrio é a parte externa do útero, que o delimita na cavidade abdominopélvica.

Partindo dessas informações iniciais sobre o útero, continue a leitura e descubra mais sobre o mioma subseroso!

O que são miomas e quais os tipos?

Miomas são crescimentos tumorais que têm origem na camada muscular do útero, ou seja, no miométrio. No entanto, eles não se limitam a essa parte da parede uterina, podendo invadir o endométrio ou a camada serosa.

Embora sejam nomeados como tumores, os miomas são benignos e, muito comumente, assintomáticos. Alguns podem causar sintomas, sobretudo relacionados ao sangramento uterino anormal. Também há determinados tipos associados à infertilidade feminina.

Na classificação geral, são encontrados:

  • mioma submucoso, que nasce no miométrio e cresce na direção do endométrio;
  • mioma intramural, que cresce dentro do miométrio;
  • mioma subseroso, que se origina no miométrio e se projeta para a camada serosa.

Em uma classificação mais detalhada, apresentada pela Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), os tipos de mioma são:

  • intracavitário, pediculado;
  • submucoso, com menos de 50% de parte intramural;
  • submucoso, com 50% ou mais de parte intramural;
  • intramural, em contato com o endométrio;
  • intramural;
  • subseroso, com 50% ou mais de parte intramural;
  • subseroso, com menos de 50% de parte intramural;
  • subseroso, pediculado;
  • outros tipos (cervical, parasita).

Como identificar um mioma subseroso?

Nem sempre é possível suspeitar de miomas, pois muitos não causam sintomas. Nesses casos, eles podem ser encontrados em exames ginecológicos de rotina, na investigação de outras alterações pélvicas ou na avaliação da fertilidade.

Quando há sintomas, podem incluir sangramento uterino abundante e cólicas menstruais — os miomas submucosos e intramurais estão mais associados a essas manifestações. Dor pélvica e distensão abdominal também são possíveis sintomas.

No caso do mioma subseroso, como ele fica na parte externa do útero e não é limitado pela parede uterina, pode crescer de modo anormal e pressionar os órgãos vizinhos (a bexiga e o intestino). Com isso, a mulher pode ter sintomas de alterações nesses órgãos, como retenção urinária, micção frequente e prisão de ventre.

A infertilidade também pode ser sinal de mioma, mas esse risco é muito baixo quando a mulher tem somente mioma subseroso. Como está localizado mais distante da cavidade uterina, esse é o tipo que menos prejudica o processo reprodutivo.

O diagnóstico é confirmado com exames de imagem, como ultrassonografia pélvica, tomografia ou ressonância magnética. Quando há tumores submucosos, a histeroscopia e a histerossonografia também são importantes técnicas de avaliação.

Quais são as formas de tratamento para mioma subseroso?

As abordagens para tratar o mioma subseroso incluem: conduta expectante, tratamento farmacológico, cirurgias e técnicas de reprodução assistida. O planejamento terapêutico depende de aspectos como: tamanho, número e localização dos miomas, idade da mulher, objetivo de gravidez e sintomatologia.

A conduta expectante envolve apenas o acompanhamento ginecológico de rotina com realização de exames para monitorar o crescimento dos miomas. Essa é uma opção para mulheres assintomáticas, sem desejo de gestação ou com idade próxima da menopausa.

O tratamento medicamentoso é indicado quando o objetivo é o alívio dos sintomas. Fármacos hormonais ajudam a diminuir o sangramento anormal, mas não reduzem o volume dos miomas. Já os análogos do GnRH podem ter melhores respostas na redução do tamanho dos tumores.

As cirurgias são feitas com duas finalidades distintas: restaurar a anatomia uterina e a fertilidade da mulher (em casos de miomas subserosos, raramente é indicada); promover cura definitiva para os miomas com a remoção do útero.

O tratamento cirúrgico conservador é chamado de miomectomia e pode ser feito por diferentes abordagens: cirurgia aberta ou laparotomia (pouco realizada atualmente), histeroscopia (via vaginal) ou videolaparoscopia.

O mioma subseroso é retirado por videolaparoscopia, cirurgia minimamente invasiva, realizada a partir de pequenas incisões próximas à cicatriz umbilical.

A cirurgia radical, que consiste na retirada do útero, é a histerectomia. Pode ser uma opção para mulheres com miomas volumosos, sintomas que não melhoram com o tratamento medicamentoso, que já têm filhos e não querem mais engravidar.

Além de passar pela cirurgia conservadora, as pacientes que desejam gestar podem buscar ajuda na reprodução assistida, sendo a fertilização in vitro (FIV) a técnica mais promissora. Apesar de o mioma subseroso ser pouco relacionado à infertilidade, o casal pode ter outras condições que dificultam a gravidez natural, inclusive outros tipos de mioma, como o submucoso que é o mais associado a problemas reprodutivos.

Quer mais informações? Leia também o texto principal sobre mioma!

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