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O que é camada serosa ou perimétrio?

O que é camada serosa ou perimétrio?

O útero é o órgão feminino que tem a importante função de abrigar e nutrir o feto durante toda a gravidez. É um órgão oco, pois é justamente em sua cavidade que o feto encontra espaço para crescer. A parede uterina é constituída por 3 camadas de tecidos, sendo uma delas a camada serosa ou perimétrio.

Em estado não gravídico, o útero mede cerca de 7 cm de altura e se assemelha a uma pera em formato invertido. Durante a gestação, o órgão passa por muita expansão, aumentando em várias vezes seu tamanho.

Cada camada da parede uterina (endométrio, miométrio e perimétrio) tem sua função na fertilidade:

Continue a leitura, conheça essa parte do útero e saiba quais doenças ginecológicas podem afetá-la!

O que é camada serosa?

Camada serosa ou perimétrio é a parte mais externa da parede uterina, enquanto o miométrio é a camada medial e o endométrio é o revestimento interno.

A camada serosa se apresenta como uma fina lâmina de tecido conjuntivo que envolve o útero externamente e está em contato com o peritônio, que, por sua vez, é a membrana que recobre todos os órgãos da cavidade pélvica e abdominal.

O perimétrio é composto por mesotélio e tecido conjuntivo. Em determinadas partes, apresenta-se como uma adventícia, sem ser revestido por mesotélio (tecido que protege os órgãos e forma um líquido lubrificante).

As funções da camada serosa são revestir o útero com tecido epitelial e delimitar o órgão na cavidade pélvica. Além disso, essa camada auxilia na movimentação e no deslocamento do útero, bem como na fixação dos órgãos vizinhos, como as tubas uterinas e os ovários.

Quais doenças podem afetar o perimétrio?

Essa camada uterina não é afetada com frequência. O miométrio e, principalmente, o endométrio são mais acometidos por doenças inflamatórias e estruturais.

Conheça algumas patologias associadas à camada serosa!

Endometriose

A endometriose não lesiona diretamente o perimétrio, mas sim o peritônio, que está em contato com a camada externa do útero. É uma doença ginecológica de apresentações clínicas variadas, causada pela migração e o crescimento de tecido semelhante ao endométrio fora da cavidade uterina. A partir disso, ocorrem lesões em vários locais da região pélvica, desencadeando processos inflamatórios, dores intensas e infertilidade.

Na endometriose peritoneal/superficial, os focos de tecido endometriótico se estendem sobre o peritônio, mas não se infiltram. Já nos casos de endometriose profunda, os implantes de endométrio ectópico penetram no tecido peritoneal e invadem os órgãos, formando nódulos e aderências e distorcendo a anatomia normal das estruturas afetadas.

Mioma

Miomas uterinos são tumores benignos que se formam a partir de células do miométrio e podem crescer em direção ao endométrio ou perimétrio.

Os miomas que invadem a camada serosa são chamados de subserosos. Eles não estão diretamente relacionados à infertilidade feminina. Os submucosos, que se projetam para o endométrio, oferecem mais riscos às funções reprodutivas.

No entanto, os miomas subserosos podem atingir volumes anormais e pressionar os órgãos vizinhos (bexiga e intestino), chegando a prejudicar as funções desses órgãos.

Adenomiose

A adenomiose é uma doença inflamatória que, assim como a endometriose, está relacionada à presença de células endometriais fora de seu local habitual. Nesse caso, as lesões acontecem dentro do miométrio, chegando, por vezes, a se estender para o perimétrio.

Perimetrite

Perimetrite é um quadro de inflamação no perimétrio. Geralmente, surge de forma contígua com a miometrite (inflamação no miométrio), que, por sua vez, é uma extensão da endometrite (inflamação no endométrio). Quando o processo inflamatório afeta as três camadas do útero, é chamado de endomioperimetrite.

A perimetrite também pode estar associada à inflamação do peritônio pélvico (pelviperitonite). A base de todas essas inflamações é uma infecção bacteriana que vem do endométrio ou do peritônio. Entre as bactérias mais frequentes, está a da clamídia, infecção sexualmente transmissível (IST) de alta prevalência e que pode deixar a mulher infértil.

Como tratar as doenças uterinas e a infertilidade decorrente delas?

O diagnóstico de qualquer doença uterina é feito a partir de investigação detalhada, que começa com a anamnese (entrevista clínica), passa pelo exame físico e prossegue com exames de imagem e testes laboratoriais, se necessário.

As formas de tratamento dependem do diagnóstico, da gravidade da doença, presença de sintomas, idade da paciente e intenção de gravidez. As alternativas terapêuticas incluem medicação hormonal e anti-inflamatória, cirurgias e técnicas de reprodução assistida.

No âmbito da medicina reprodutiva, são vários recursos que podem ajudar o casal infértil em suas tentativas de gerar um filho. Quando há disfunções uterinas envolvidas, a fertilização in vitro (FIV) pode ser uma indicação relevante.

Aproveite para ler o texto sobre endometriose e conheça muito mais sobre essa doença que ameaça a fertilidade das mulheres!

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