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O que é estimulação ovariana?

Por Equipe Origen

Publicado em 24/02/2022

Diversas estruturas formam o sistema reprodutivo feminino, dentre elas, uma das mais importantes são os ovários.

Os ovários são as gônadas femininas e sua principal função é o armazenamento dos folículos, que contêm os óvulos imaturos. Além disso, também desempenham outro papel fundamental na dinâmica reprodutiva da mulher: a produção de hormônios, como o estrogênio, a progesterona e a testosterona.

Durante os ciclos menstruais, os ovários passam por algumas modificações decorrentes da ação de hormônios secretados pela hipófise, o LH (hormônio luteinizante) e o FSH (hormônio folículo- estimulante). A hipófise passa a secretar o LH e o FSH induzida pela ação de outro hormônio, o GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina), produzido pelo hipotálamo.

O LH induz a produção de testosterona pelos ovários, que sob a ação do FSH é transformada em estrogênio, que participa do amadurecimento dos folículos ovarianos.

As taxas desses hormônios continuam aumentando enquanto os folículos amadurecem. Quando eles atingem um pico de concentração, o folículo dominante se rompe e um óvulo maduro é liberado para as tubas uterinas: nesse processo, muitos folículos são recrutados, porém a maioria deles acaba regredindo e, normalmente, apenas um folículo, chamado de folículo dominante, amadurece até a ovulação.

Acompanhe o texto até o fim para saber com mais detalhes o que é a estimulação ovariana e por que é tão importante para a medicina reprodutiva. Boa Leitura!

O que é estimulação ovariana?

A estimulação ovariana é um procedimento da medicina reprodutiva que possibilita a indução do recrutamento e desenvolvimento de mais de um folículo ovariano, de maneira controlada.

Isso é feito com a utilização de medicamentos hormonais e o tratamento começa no início do ciclo menstrual, tendo uma duração de aproximadamente 8 a 12 dias.

O desenvolvimento dos folículos é então acompanhado por exames de ultrassonografia pélvica transvaginal. Quando eles atingem o tamanho ideal, novos medicamentos os induzem ao amadurecimento final e ovulação, para a liberação do óvulo.

Normalmente, a cada ciclo reprodutivo, os ovários liberam apenas um único gameta maduro para ser fecundado. Isso faz com que as taxas gravidez não sejam altas nem mesmo para casais tentantes em idade fértil e com a fertilidade preservada.

As taxas de sucesso de uma gestação natural geralmente são de 20% em casais saudáveis. Além disso, a mulher por volta dos 35 anos de idade começa a apresentar uma diminuição na reserva ovariana e a integridade dos óvulos é prejudicada.

Todos esses fatores fazem com que uma grande parcela dos casais tenham dificuldade em ter filhos.

A estimulação ovariana, portanto, é um procedimento que pode auxiliar diversos casais com dificuldades para ter filhos. Continue a leitura para saber mais!

Estimulação ovariana na reprodução assistida

Na reprodução assistida, em qualquer técnica adotada, é fundamental que seja feita a estimulação ovariana antes de qualquer procedimento para potencializar as chances de sucesso da etapa de fecundação, independentemente da forma como é feita em cada técnica.

O procedimento, contudo, é realizado de maneira diferente nas técnicas de reprodução assistida de baixa complexibilidade, IA (inseminação artificial) e RSP (relação sexual programada), e na FIV (fertilização in vitro), de alta complexibilidade.

A principal diferença em cada técnica, está relacionada principalmente às condições em que a fecundação ocorre: dentro do corpo da mulher, nas tubas uterinas, ou em laboratório, o que é determinante para a estimulação ovariana.

Como a estimulação ovariana é feita nas diferentes técnicas de reprodução assistida?

Como foi mencionado, a estimulação ovariana é realizada de maneira diferente em cada uma das técnicas de reprodução assistida, e seus protocolos, ou seja, as dosagens dos hormônios utilizados, variam de acordo com os objetivos e grau de complexibilidade.

Na FIV, a estimulação ovariana é realizada com doses maiores dos medicamentos hormonais, se comparada às técnicas de baixa complexidade.

Como a fecundação, nesse caso, acontece em laboratório, o objetivo é obter o maior número de gametas possível. Isso possibilita a seleção dos mais saudáveis, além da obtenção de um número maior de embriões, após a fecundação.

Os embriões também são selecionados durante o cultivo embrionário e antes de serem transferidos para o útero da mulher, aumentando bastante as chances de sucesso do procedimento.

O número de embriões que pode ser transferido para o útero da mulher em tratamento com a FIV é limitado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), conforme a idade da mulher, para diminuir as chances de uma gravidez múltipla (gêmeos).

Nas técnicas de reprodução assistida de baixa complexibilidade ‒ IA e RSP ‒ a fecundação acontece nas tubas uterinas. Por isso, as dosagens hormonais administradas na estimulação ovariana precisam ser menores, evitando a ocorrência de gestação gemelar também nesses procedimentos.

O objetivo, nesses casos, é aumentar as chances de que a ovulação ocorra, obtendo apenas de 1 a 3 folículos maduros.

Ainda tem dúvidas sobre a estimulação ovariana? Toque neste link!