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O que são oócitos?

Por Equipe Origen

Publicado em 20/12/2023

Os gametas são as células reprodutivas, capazes de gerar novas vidas. Os gametas da mulher são os oócitos, mais conhecidos como óvulos, e os do homem são os espermatozoides. Quando os núcleos de uma célula feminina e uma masculina se fundem, origina-se o zigoto, a primeira célula de um novo ser humano.

As gônadas ou glândulas sexuais (ovários e testículos) são os órgãos responsáveis por desenvolver os gametas e produzir hormônios reprodutivos, que estimulam as funções do sistema reprodutor e agem no desenvolvimento e manutenção das características sexuais secundárias. Estrogênio e progesterona são os hormônios femininos, enquanto a testosterona é o principal masculino.

Na mulher, o armazenamento de oócitos de que uma mulher dispõe é chamado de reserva ovariana, e tem total relação com a fertilidade. Há alterações constantes nessa reserva ao longo da vida, até o momento em que ela se esgota, na menopausa.

Fizemos este post para explicar que há detalhes importantes em relação à nomenclatura dos gametas femininos. Óvulos, oócitos, ovócitos: qual seria o termo correto?

Continue a leitura e entenda!

O que é oócito?

O oócito é a célula reprodutiva feminina, que, após todo o processo de desenvolvimento, converte-se em um óvulo maduro. 

Na maioria dos textos sobre o assunto, utilizamos o termo óvulo — bem mais conhecido pelas pessoas em geral, desde as aulas de biologia —, mas as nomenclaturas corretas, ou seja, os termos clínicos são oócito ou ovócito.

A variação de nomenclatura também tem relação com os estágios de desenvolvimento do gameta: oócito é uma célula que dá origem ao óvulo. Em outras palavras, o óvulo ou ovócito secundário é aquele que atingiu maturação completa.

Depois de fecundado, o nome também muda, conforme as etapas de desenvolvimento pré-embrionário: o óvulo passa a zigoto, clivagem, depois mórula e, por último, blastocisto, quando o embrião está fisiologicamente pronto para se implantar dentro do útero.

Para falar sobre oócito e óvulo, também precisamos abordar vários assuntos relacionados, como reserva ovariana, ovogênese, ciclo ovariano e ovulação. Leia sobre isso a seguir!

Reserva ovariana e o processo de ovogênese

Ao longo da vida reprodutiva da mulher, vários oócitos deixam de fazer parte da reserva ovariana todo mês (em cada ciclo menstrual). Esse estoque de gametas já está formado quando a menina nasce, mas eles vão se desenvolver somente a partir da puberdade, com o estímulo dos hormônios.

Ovogênese, ovulogênese ou ainda gametogênese feminina é o processo em que ocorre o desenvolvimento e o amadurecimento dos oócitos para liberar um óvulo maduro, pronto para ser fertilizado e gerar um embrião.

Esse processo de ovulogênese é iniciado no corpo feminino ainda antes do nascimento, durante a vida intrauterina. No sétimo mês de desenvolvimento fetal, a futura mulher já tem todas as suas células germinativas, os ovócitos primários, armazenados dentro dos folículos primordiais.

Ao nascer, a menina tem cerca de 1 milhão de folículos ovarianos. Na puberdade, quando os ciclos menstruais começam, a reserva ovariana já reduziu naturalmente para cerca de 400 mil folículos. Dentre todos esses, estima-se que apenas cerca de 500 oócitos cheguem à fase madura ao longo da vida fértil da mulher, um a cada ciclo menstrual. Após os 45 anos, restam poucos folículos, então começa o processo da menopausa.

A partir da primeira menstruação (menarca), a ovogênese é retomada. Os folículos ovarianos passam a ser ciclicamente estimulados por hormônios para que os oócitos se desenvolvam e a ovulação aconteça.

O desenvolvimento dos óvulos em cada ciclo ovariano

O ciclo menstrual abrange os ciclos ovariano e uterino. 4 hormônios agem de forma alternada para promover a ovulação e o preparo do endométrio, camada interna do útero, para receber um óvulo fecundado.

Os hormônios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH) são secretados pela glândula hipófise e estimulam os folículos primordiais. Fisiologicamente, vários oócitos começam a se desenvolver em cada ciclo ovariano, e na grande maioria dos casos apenas um chega ao estágio de maturação completa.

Com o estímulo hormonal, as células foliculares começam a proliferar, formando os folículos primários e secundários. Nesse processo, a meiose I, que já havia começado na vida intrauterina, continua, originando em cada oócito duas células com número de cromossomos duplicados e com tamanhos diferentes: a maior é o ovócito II ou ovócito secundário, e a menor é o corpúsculo ou glóbulo polar, que depois se degenera.

O oócito secundário inicia a meiose II. Essa etapa da meiose somente se completa quando o óvulo é fecundado. Então, o ovócito II é liberado do ovário na ovulação, mas com o processo de meiose interrompido. Se houver fecundação, a segunda fase meiótica se completa.

Como funciona a doação de óvulos na reprodução assistida?

Cada vez que um óvulo maduro se forma, a mulher pode ter chances de engravidar, caso tenha relações sexuais sem contracepção nos dias em torno da ovulação. Assim, ocorrem naturalmente as gestações. Contudo, algumas mulheres, por diferentes fatores, não têm mais oócitos em boa quantidade e qualidade, o que as torna inférteis.

Na reprodução assistida, existe a possibilidade de engravidar com doação de óvulos ou ovodoação. A mulher pode receber os gametas de uma doadora anônima ou de uma parente de até quarto grau, conforme as normas éticas do Conselho Federal de Medicina (CFM). Os óvulos recebidos são fecundados com a técnica de fertilização in vitro (FIV).

Existem duas situações na ovodoação: a doação voluntária e a compartilhada. Na primeira, a doadora cede seus óvulos por uma ação altruísta; na segunda, tanto a mulher que doa quanto a que recebe os gametas estão em tratamento de reprodução, portanto, compartilham as células reprodutivas e os custos do tratamento.Agora que você compreendeu o que são oócitos, leia também o texto sobre doação de óvulos e conheça essa possibilidade um pouco mais!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.