Preparo seminal e sucesso da reprodução: assistida qual é a relação?
O preparo seminal é um importante procedimento empregado em tratamentos de reprodução assistida. Em casos de infertilidade masculina leve, a preparação do sêmen pode ser suficiente para melhorar o prognóstico reprodutivo do casal.
É chamado de sêmen ou esperma o líquido que o homem expele no momento da ejaculação. É comum confundir os termos e pensar que espermatozoides também são sinônimo de sêmen, mas há importantes diferenças entre esses termos.
Em uma amostra de fluído seminal, podem existir milhões de espermatozoides, que são os gametas ou células reprodutivas masculinas. Essas células representam apenas uma pequena fração do sêmen, pois, em sua maioria, o líquido é formado por secreções das glândulas acessórias (próstata, vesículas seminais e glândulas bulbouretrais).
Continue a ler este post e entenda qual é a importância do preparo seminal na reprodução assistida!
Quais características seminais são determinantes para a fertilidade masculina?
O equilíbrio hormonal, a anatomia dos órgãos reprodutores e a saúde geral do homem influenciam seu potencial fértil. Os hormônios, por exemplo, são as substâncias que estimulam tanto a produção dos espermatozoides quanto a libido e a potência sexual, mas há várias doenças e hábitos de vida que podem desequilibrar os níveis hormonais.
Há fatores quantitativos e qualitativos que determinam a fertilidade masculina. O exame que avalia essas características é o espermograma, no qual são feitas duas análises:
- a primeira macroscópica, que examina os aspectos físicos do sêmen;
- a segunda microscópica, que analisa a quantidade e a qualidade dos espermatozoides.
Na primeira análise, são observadas características seminais como: coloração e volume do fluído ejaculado, viscosidade e tempo de liquefação. Já os fatores microscópicos determinantes são a concentração, a motilidade e a morfologia dos espermatozoides.
O espermograma, portanto, é a principal técnica utilizada para a avaliação da fertilidade masculina. O exame pode confirmar que os parâmetros seminais estão dentro do normal, assim como pode identificar uma série de alterações espermáticas, como:
- ausência de gametas no sêmen (azoospermia);
- diminuição na concentração de espermatozoides (oligozoospermia);
- grande número de espermatozoides com defeitos na morfologia (teratozoospermia);
- baixo percentual de gametas com motilidade progressiva (astenozoospermia);
- entre outras anormalidades.
Quais técnicas de reprodução assistida são indicadas quando o casal tem infertilidade masculina?
Quando o homem apresenta alterações discretas na morfologia, concentração ou motilidade dos gametas, considera-se como infertilidade por fatores leves. Nessas condições, o casal pode tentar a gravidez com a inseminação artificial ou intrauterina, que é uma técnica de baixa complexidade da reprodução assistida.
A indicação para o tratamento com inseminação artificial também depende das condições reprodutivas da mulher. O prognóstico é favorável quando a paciente tem menos de 37 anos e, pelo menos, uma tuba uterina saudável.
A infertilidade masculina é considerada grave quando há diagnóstico de azoospermia ou alterações severas na motilidade, concentração ou morfologia espermática. A técnica de escolha para esses casos é a fertilização in vitro (FIV) com injeção intracitoplasmática de espermatozoides (FIV ICSI), que pode ser feita com procedimentos de recuperação espermática.
Outra técnica de reprodução assistida é a relação sexual programada ou coito programado. Assim como a inseminação artificial, é um tratamento de baixa complexidade e indicado para casos leves de infertilidade, mas não abrange as alterações masculinas, somente condições brandas femininas, como as disfunções ovulatórias. Nessa técnica, não se aplica o preparo seminal.
O que é preparo seminal e qual é sua importância na reprodução assistida?
O preparo seminal é um procedimento realizado em laboratório para aumentar as chances de gravidez por reprodução assistida. Consiste em um conjunto de métodos que permitem selecionar e capacitar os espermatozoides que serão utilizados em tratamentos com inseminação artificial ou FIV.
Na reprodução natural, o próprio corpo feminino se encarrega de selecionar os espermatozoides com melhores condições para chegar até o óvulo. Dezenas ou até centenas de milhões de gametas podem entrar no trato reprodutivo da mulher, mas apenas uma pequena parte deles consegue passar por todas as barreiras e ascender até as tubas uterinas, onde a fertilização acontece.
A concentração de espermatozoides se refere ao número disponível em uma amostra seminal. Como acabamos de colocar, é necessário que milhões deles entrem no corpo da mulher para que uma pequena fração chegue ao óvulo.
A motilidade espermática é importante para que os gametas consigam se movimentar e seguir seu trajeto até o local da fertilização. Por fim, a morfologia é necessária para que o processo de fecundação se complete, gerando um embrião de boa qualidade.
O preparo seminal é feito na reprodução assistida com a finalidade de separar os espermatozoides com problemas de motilidade e morfologia, reservando para o tratamento aqueles com maior potencial de fertilização. Os métodos mais utilizados são: lavagem simples, swim-up e gradiente descontínuo de densidade.
A escolha dos métodos de preparo seminal varia de acordo com as alterações espermáticas identificadas e o tipo de tratamento de reprodução assistida. Em todo caso, as chances de sucesso podem aumentar, pois, além de selecionar uma amostra de espermatozoides com parâmetros adequados de qualidade, a preparação auxilia na remoção de células não germinativas e outras substâncias indesejáveis presentes no plasma seminal.Faça agora a leitura do texto principal sobre preparo seminal e conheça detalhes dos métodos empregados!
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