Alguns casais tentam engravidar por um ano sem sucesso. Quando isso acontece, provavelmente algum distúrbio de fertilidade está atrapalhando seus planos e, portanto, recomenda-se que eles procurem auxílio médico. As causas dessa dificuldade podem ser várias, e todas elas devem ser estudadas.
Além de fatores diretamente ligados à fertilidade, é preciso informar ao médico as condições gerais de saúde e os hábitos dos parceiros. O uso de alguns medicamentos pode comprometer a fertilidade, ainda que prescritos por outros médicos.
Também é comprovado que o consumo esporádico ou social de álcool, cigarro e maconha não os tornam menos nocivos à saúde reprodutiva. O seu consumo, mesmo moderado, pode causar infertilidade, tanto em homens quanto em mulheres.
Neste artigo, vamos abordar como algumas dessas substâncias podem causar infertilidade, prejudicando os planos de maternidade e paternidade de tantas pessoas.
Finasterida e outros androgênicos
A finasterida é um medicamento comumente prescrito para combater a calvície. Segundo a bula, o uso dessa substância não deve ser descontinuado, sob risco de perda dos novos cabelos.
Contudo, poucos pacientes sabem dos seus efeitos colaterais, entre eles a piora da qualidade do sêmen e a infertilidade. A boa notícia é que tais efeitos podem ser revertidos com a suspensão do uso da finasterida.
Eritromicina e outros antibióticos
Muitos antibióticos, como eritromicina, gentamicina e tetraciclina, diminuem a produção de espermatozoides e a sua qualidade por terem efeitos tóxicos nas células testiculares.
Esses medicamentos são indicados para o tratamento de infecções.
Fluoxetina e outros antidepressivos
Alguns antidepressivos podem diminuir a libido, causando disfunção erétil e problemas na ejaculação, o que levará a uma diminuição da chance de gravidez pela ausência de relações sexuais.
Outros medicamentos que podem causar infertilidade
Antes de alguns tratamentos, como a quimioterapia e a radioterapia, é recomendado que os pacientes preservem a sua capacidade fértil por meio do congelamento de óvulos e esperma, por exemplo.
Nos tratamentos para gastrite e úlcera, infecções fúngicas e micoses, hipertensão arterial e controle de colesterol, são prescritos vários outros medicamentos que podem causar a infertilidade também.
Drogas lícitas e infertilidade
As chamadas drogas recreativas, como álcool e tabaco, alteram os níveis hormonais, levando assim à infertilidade.
Nos homens, o álcool causa um desbalanço entre os níveis de testosterona e estrogênio. Também afeta a ereção e compromete a produção e a qualidade dos espermatozoides. Nas mulheres, interfere na produção hormonal, o que diminui a menstruação e causa falhas na ovulação, aumentando o risco de ocorrência de aborto.
O tabaco afeta a fertilidade masculina por alterar a produção de espermatozoides e a capacidade de se locomover (motilidade). Já nas mulheres, os efeitos são mais extensos. As alterações hormonais levam ao comprometimento dos folículos, das características fisiológicas das trompas e diminuem a fertilização. Em caso de fecundação do óvulo pelo espermatozoide, o tabaco também dificulta a implantação.
Maconha
Assim como o tabaco, a maconha diminui os níveis de testosterona. Os reflexos na fertilidade masculina são uma menor quantidade de espermatozoides viáveis e a sua motilidade comprometida.
Mesmo no caso de ocorrer uma fecundação com esses espermatozoides anormais, o risco de aborto é muito alto.
Consultar um médico é imprescindível, pois a automedicação põe em risco a saúde. Além disso, não importa a especialidade, o paciente deve sempre deixar claro a sua preocupação com a infertilidade. Isso permite a escolha de substâncias com efeitos colaterais mais brandos.
Também é importante, ao procurar uma clínica de reprodução assistida, lembrar-se de fornecer todas as informações sobre condições médicas prévias e atuais, medicamentos e hábitos. Um quadro mais completo permite esclarecer rápida e precisamente as causas da infertilidade e assim contorná-la.
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