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Ressonância magnética e diagnóstico de endometriose

Por Equipe Origen

Publicado em 30/06/2023

A ressonância magnética é um dos exames que podem fazer parte da investigação diagnóstica da endometriose e da infertilidade feminina, de modo geral. É um dos equipamentos mais sofisticados na área de diagnóstico por imagem, com acurácia para detectar lesões que nem sempre são localizadas com a ultrassonografia.

Não é uma técnica que utiliza radiação ionizante. É a emissão de ondas eletromagnéticas que possibilita a captação de imagens do interior do corpo, com alta resolução, permitindo a avaliação anatômica e funcional dos órgãos.

A ressonância magnética pode ser solicitada em diversas áreas médicas. Na especialidade ginecológica, é um exame capaz de detectar diversas afecções na pelve feminina, como endometriose, adenomiose, mioma, cistos ou lesões ovarianas, hidrossalpinge, tumores e outras condições que possam afetar a saúde da mulher e deixá-la infértil.

No contexto da reprodução assistida, a ressonância magnética também pode contribuir na pesquisa da infertilidade masculina, em casos específicos.

Confira este texto na íntegra e entenda a relação entre ressonância magnética e endometriose!

Como a ressonância magnética funciona?

A ressonância magnética da pelve pode diagnosticar alterações urogenitais, anorretais e ginecológicas. O exame é indolor e não invasivo, requer apenas que a paciente se deite na mesa do equipamento e fique imóvel, enquanto a mesa é deslizada para o interior de um grande tubo horizontal.

O tubo contém um arco que emite os pulsos eletromagnéticos, os quais interagem com os sinais elétricos que saem do corpo humano. Dessa forma, são geradas as imagens das estruturas internas com alta resolução, possibilitando a avaliação de diferentes tipos de lesões nos órgãos.

Com a ressonância magnética, é possível observar ossos e estruturas densas com facilidade. Já as alterações nos tecidos moles são realçadas quando o exame é feito com aplicação de contraste.

Há poucas orientações prévias à realização da ressonância magnética. Uma delas pode incluir a administração de medicamentos antiperistálticos para diminuir os movimentos intestinais. As mulheres também podem ser instruídas a marcar o exame para cerca de uma semana após a menstruação, visto que o endométrio reduz sua espessura e, assim, facilita a avaliação e a identificação de lesões.

O que é endometriose?

Endometriose é uma doença ginecológica crônica, inflamatória e estrogênio-dependente. Sua principal característica é o crescimento de endométrio ectópico, isto é, fora da cavidade uterina. Os implantes de tecido endometrial são encontrados, principalmente, em locais próximos ao útero, como tubas uterinas, ovários, ligamentos uterossacros e intestino.

Endométrio é o tecido interno da parede uterina, que passa por modificações cíclicas (proliferativas e secretórias), em resposta aos hormônios estrogênio e progesterona, ficando adequado para a implantação embrionária após a fase de ovulação.

Da mesma forma que o endométrio intrauterino responde aos hormônios, sobretudo ao estrogênio, o tecido endometrial ectópico cresce, ciclicamente, em outros locais, causando inflamação e sintomas dolorosos. As lesões endometrióticas mais graves podem resultar em aderências cicatriciais que provocam distorção anatômica e comprometimento funcional dos órgãos.

De acordo com a localização e os aspectos morfológicos das lesões, a endometriose é classificada como:

  • peritoneal superficial;
  • ovariana ou endometrioma;
  • infiltrativa profunda.

Ressonância magnética e endometriose: quando há indicação?

A ressonância magnética pode complementar a investigação da endometriose, mas não se trata de uma indicação frequente. Antes de qualquer exame complementar, a paciente passa pela avaliação clínica para relatar os sintomas e realizar o exame físico.

A ultrassonografia pélvica, comumente, é a primeira técnica de diagnóstico por imagem solicitada na investigação de doenças ginecológicas. Para identificar e mapear os focos de endometriose, esse exame é feito com preparo intestinal, isto é, após uso de medicações que reduzem o conteúdo gasoso na cavidade abdominopélvica.

A ressonância magnética pode ser solicitada se a ultrassonografia não for conclusiva ou se o especialista julgar necessária uma avaliação mais acurada. O exame permite que os órgãos internos da pelve sejam completamente observados, por múltiplos planos.

Na avaliação da endometriose, a ressonância magnética tem comprovado sua eficácia, uma vez que consegue revelar até endometriomas de menor dimensão. No entanto, assim como na própria ultrassonografia, a identificação das pequenas lesões superficiais peritoneais ainda é um desafio. Sendo assim, a associação de várias técnicas diagnósticas pode ser mais concludente.

O que fazer diante do diagnóstico de endometriose?

Assim que confirmada pelos exames, a endometriose deve ser tratada de acordo com a gravidade dos sintomas, o acometimento funcional dos órgãos e a intenção reprodutiva da paciente.

De modo geral, as opções de tratamento incluem:

  • uso de medicação hormonal e anti-inflamatória;
  • cirurgia com videolaparoscopia para ressecção do tecido endometriótico e lise das aderências, se possível após gestação ou preservação da fertilidade em mulheres que desejam engravidar;
  • para as que desejam engravidar, técnicas de reprodução assistida.

As indicações para as portadoras de endometriose que almejam uma gravidez são individualizadas. Os casos mais simples podem precisar apenas de estimulação ovariana associada à relação sexual programada ou à inseminação artificial, que são técnicas de baixa complexidade. Contudo, a fertilização in vitro (FIV) tende a ser mais promissora, principalmente quando há prejuízos nas tubas uterinas.

A ressonância magnética, além de ser um dos exames que estabelecem o diagnóstico da endometriose, é uma ferramenta importante para avaliação da infertilidade conjugal. Portanto, a indicação pode acontecer tanto para investigação de sintomas específicos quanto no contexto da reprodução assistida.

Leia nosso texto específico sobre endometriose e conheça as causas, os sintomas e outras informações a respeito da doença!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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