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TSH e fertilidade

Por Equipe Origen

Publicado em 22/11/2022

Neste post, vamos abordar a relação entre TSH e fertilidade, mas, para isso, precisamos discorrer sobre a importância desse hormônio para o organismo em geral.

Para iniciar esse tema, também é necessário lembrar que os hormônios são substâncias químicas liberadas pelas glândulas endócrinas e pelas gônadas (glândulas sexuais). Hipófise, tireoide, suprarrenais ou adrenais, ovários e testículos são as partes do corpo responsáveis pela produção hormonal necessária para a fertilidade.

São os hormônios que estimulam a foliculogênese (desenvolvimento dos folículos ovarianos), provocam a ovulação, deixam o útero em condições adequadas para receber o embrião. Além disso, participam da manutenção da gestação, da produção de leite materno e das contrações do parto.

No homem, os hormônios também são fundamentais para a produção e o amadurecimento dos espermatozoides, além de estimularem o desejo e a potência sexual.

Acompanhe, agora, as informações sobre o que é TSH, sua importância no organismo e a relação com a fertilidade!

Quais são os hormônios mais relacionados à fertilidade?

São vários hormônios que participam da fertilidade feminina e masculina. Na hipófise — glândula endócrina localizada no cérebro — são produzidos os hormônios luteinizante (LH) e folículo-estimulante (FSH), responsáveis por estimular o funcionamento ovariano e testicular.

O sistema reprodutor da mulher conta ainda com a importante ação dos hormônios estrógenos e da progesterona, que são produzidos nos ovários. Essas substâncias agem sobre o endométrio, tecido interno do útero, para promover modificações celulares e moleculares, deixando esse tecido receptivo para um embrião se implantar.

No homem, a testosterona é o principal hormônio sexual, responsável pela produção dos espermatozoides, pelo aumento da libido e pela capacidade de manter uma ereção. Além disso, é esse andrógeno que desenvolve e mantém as características masculinas, como voz grave, pelos no corpo e no rosto e massa muscular.

Além desses hormônios que agem diretamente nas funções reprodutivas — FSH, LH, estrógenos, progesterona e testosterona —, existem aqueles que são secretados por outras glândulas e que contribuem para o funcionamento equilibrado do sistema reprodutor. O TSH é um deles.

O que é TSH?

TSH é a sigla para hormônio estimulador da tireoide ou hormônio tireoestimulante. Essa substância é secretada pela hipófise e regula a atividade tireoidiana, fazendo com que essa glândula mantenha sua produção equilibrada de tri-iodotironina (T3) e tiroxina (T4).

Situada na base do pescoço, a tireoide é uma glândula fundamental para o organismo, já que seus hormônios agem no metabolismo e são necessários em diversos sistemas do corpo. Sendo assim, o TSH tem a função de garantir que a produção de T3 e T4 não seja excessiva nem insuficiente.

Alterações na própria tireoide ou na hipófise podem levar a doenças como:

  • hipotireoidismo — caracterizado pela atividade reduzida da tireoide e, consequentemente, pela produção insuficiente dos hormônios T3 e T4;
  • hipertireoidismo — ao contrário da condição anterior, caracteriza-se pelo aumento anormal da atividade tireoidiana, o que resulta em produção excessiva dos hormônios.

Ambos os casos devem ser tratados, pois afetam o metabolismo e desequilibram o funcionamento de vários sistemas do organismo, inclusive do sistema reprodutor.

Para saber se a tireoide está funcionando corretamente, é necessário realizar dosagens hormonais que avaliam os níveis de TSH e da fração livre de T4.

Altos níveis de TSH indicam que a hipófise está secretando mais hormônio para estimular a tireoide, que está produzindo T3 e T4 em baixa quantidade, portanto, é um indicativo de hipotireoidismo. Já o TSH baixo é sinal de que os hormônios tireoidianos estão sendo produzidos em excesso, o que diagnostica o hipertireoidismo.

Qual é a relação entre TSH e fertilidade?

TSH e fertilidade estão relacionados, pois, como vimos, esse hormônio estimula a atividade da tireoide. Por sua vez, os hormônios tireoidianos interagem com o FSH e o LH (hipofisários) para promover o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a ovulação.

O hipotireoidismo e o hipertireoidismo estão relacionados a ovulações irregulares, portanto as chances de fecundação diminuem. Eles também podem estar relacionados a um aumento da taxa de aborto. Da mesma forma, o desequilíbrio hormonal afeta a preparação do útero para receber o embrião.

Também podemos afirmar a relação entre TSH e fertilidade masculina, visto que a atividade tireoidiana tem importante papel no equilíbrio das funções reprodutivas do homem. O hipotireoidismo pode interferir na produção de testosterona, prejudicando a espermatogênese (produção de espermatozoides) e diminuindo a libido e a capacidade de ereção.

Os efeitos das disfunções tireoidianas podem ser controlados com medicação hormonal. Dependendo das características do casal — considerando fatores como a idade materna, por exemplo —, é possível recuperar a fertilidade espontânea com o tratamento medicamentoso.

Para os casos em que o casal não consegue engravidar naturalmente, as técnicas de reprodução assistida podem ajudar. Além das dosagens de TSH e dos outros hormônios, vários exames são solicitados para uma avaliação completa da fertilidade feminina e masculina.

Conforme os problemas identificados, o casal pode tentar a gravidez com relação sexual programada e inseminação artificial (técnicas de baixa complexidade) ou com a fertilização in vitro (FIV) nas situações mais complexas.

Em nosso texto principal sobre infertilidade feminina, você encontra mais informações a respeito das disfunções reprodutivas e dos métodos de avaliação!