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3 mitos e verdades sobre a endometriose

3 mitos e verdades sobre a endometriose

A endometriose é uma doença que atinge muitas mulheres em idade reprodutiva. Algumas delas demoram a descobrir devido a confusão dos sintomas com outras causas, o que dificulta o diagnóstico. A doença pode ser assintomática.

É uma doença complexa, que pode gerar algumas consequências para a mulher, como a infertilidade. Muitas mulheres em idade reprodutiva que são consideradas inférteis, são posteriormente diagnosticadas com endometriose.

Apesar de tantos avanços na medicina e de muitos estudos, ainda não existem comprovações sobre a causa ou a cura do problema. Algumas medidas podem ser tomadas para amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da mulher. Para aquelas que desejam engravidar, existe a opção de tratamento pela técnica de reprodução assistida.

Devido a sua complexidade, existem muitas dúvidas sobre a endometriose, o que pode interferir no diagnóstico e tratamento do problema. A seguir, conheça alguns mitos e verdades sobre a doença e entenda a sua relação com a infertilidade feminina:

A endometriose pode ter relação com a infertilidade?

Verdade.

A endometriose é caracterizada pelo crescimento de células e a formação de tecido endometrial fora da cavidade uterina. Esse tecido pode atingir órgãos como ovários, trompas, intestino e bexiga.

Ainda não se sabe as causas exatas do desenvolvimento da doença, mas a teoria mais aceita pelos estudiosos é a menstruação retrógrada, quando células do endométrio retornam pelas tubas e atingem outros órgãos em vez de sair do corpo da mulher.

Quando em outros órgãos, o tecido endometrial continua sendo estimulado pelos hormônios femininos e se desenvolve a cada ciclo menstrual. O crescimento de tecido fora da cavidade uterina pode comprometer a fertilidade da mulher quando distorce as relações entre os órgãos ou leva à obstrução das trompas.

Nesse caso, o processo de fecundação nas tubas fica impossibilitado, uma vez que o transporte dos óvulos e espermatozoides não acontece.

Nos casos em que a fertilidade da mulher é comprometida por causa da endometriose, é possível recorrer às técnicas de reprodução assistida. Existem técnicas muito avançadas e com ótimos índices de sucesso em seus tratamentos.

Mulheres diagnosticadas com endometriose leve, que não possuem danos nas trompas e quando não há nenhum fator de infertilidade masculina envolvido, podem ser submetidas à relação sexual programada (RSP) e à inseminação intrauterina (IIU). Ambas são técnicas de baixa complexidade e têm a estimulação ovariana como sua primeira etapa.

A estimulação é feita pela administração de hormônios para estimular o desenvolvimento de vários folículos e assim obter mais óvulos maduros disponíveis para a fecundação. Esse processo é acompanhado por ultrassonografias.

A RSP consiste em acompanhar a ovulação por meio de exames e calcular o melhor momento para o casal programar suas relações sexuais. Já a IIU consiste em depositar os espermatozoides diretamente na cavidade uterina próximo ao momento da ovulação.

Já em casos de comprometimento das tubas, falhas em outros procedimentos, para mulheres com idade mais avançada ou endometriose, a técnica indicada é a fertilização in vitro (FIV). Considerada um tratamento de alta complexidade, a FIV possui métodos capazes de aumentar a possibilidade de se alcançar uma gravidez.

Quando o uso dos óvulos fica impossibilitado, também é possível optar pelo banco de doações de gametas.

Todos os casos de endometriose necessitam de cirurgia?

Mito.

Existem várias alternativas de tratamento para a endometriose, passando pelo uso de medicamentos, tratamento expectante e intervenção cirúrgica. Essa escolha é avaliada pelo médico de acordo com a sua gravidade e suas necessidades, podendo também haver um tratamento com os procedimentos de forma integrada.

Hoje a intervenção cirúrgica é evitada e só é indicada em casos específicos, como quando a doença está muito avançada ou a paciente apresenta dor pélvica que não diminui com medicamentos.

A intervenção cirúrgica acontece por meio da laparoscopia ou laparotomia, e o ideal é eliminar apenas o foco da doença ou suas complicações, como os cistos e lise de aderências. Em situações mais graves, pode ser necessária e retirada dos órgãos pélvicos atingidos.

Importante se lembrar de preservar a fertilidade com o congelamento dos óvulos antes de realizar a cirurgia para endometriose, devido ao risco de retirada dos ovários ou parte deles, o que levaria a uma redução na reserva folicular.

O tratamento pelo uso de medicamentos é feito para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da mulher, uma vez que os sintomas podem causar grande dor e desconforto. Analgésicos e anti-inflamatórios são importantes no alívio da dor e para amenizar outros sintomas.

A endometriose pode virar câncer?

Uma dúvida recorrente entre as mulheres com endometriose é a possibilidade dela se tornar um câncer de endométrio ou de ovário. Mas não existem estudos que comprovem que a endometriose pode virar um câncer.

O câncer pode sim atingir o endométrio, mas o seu surgimento não depende da endometriose. Por isso, na maioria das vezes, mulheres sem endometriose podem desenvolver o câncer no endométrio.

Se essas informações foram úteis para você, leia também sobre a endometriose, entenda como a doença pode se desenvolver, quais seus principais sintomas e qual o tratamento indicado em cada caso.

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