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O que é gestação compartilhada?

Por Equipe Origen

Publicado em 11/11/2020

A reprodução assistida possibilitou que inúmeros casais — com problemas de infertilidade ou não — tivessem a chance de ter filhos biológicos. Os casais homoafetivos são um exemplo disso. Porém, existem algumas diferenças entre os casais masculinos e femininos. A gestação compartilhada, por exemplo, é utilizada apenas por casais homoafetivos femininos.

Os filhos gerados por reprodução assistida, principalmente, por meio da fertilização in vitro (FIV), são formados a partir dos gametas de uma das parceiras com os gametas de um doador anônimo.

O foco deste artigo será a gestação compartilhada, técnica permitida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e ainda desconhecida por muitos casais.

Boa leitura!

Como a reprodução assistida pode ajudar casais homoafetivos a terem filhos?

O uso de técnicas de reprodução assistida por casais homoafetivos é permitido pelo CFM desde 2013. Entre as técnicas disponíveis, os casais homoafetivos masculinos podem utilizar apenas a FIV para ter filhos. Porém, para os casais femininos, a inseminação artificial também é uma opção.

O avanço das técnicas de fertilização in vitro possibilitou a criação de técnicas complementares, utilizadas para aumentar as suas chances de sucesso. Entre elas, duas são muito importantes para casais homoafetivos: a doação de gametas e a gestação por útero de substituição.

A doação de gametas acontece quando uma pessoa, de forma voluntária, doa parte dos seus óvulos ou do seu sêmen. Segundo as regras do CFM (nº 2168/2017), a doação não pode envolver ganhos financeiros e ela deve ser anônima.

A gestação por útero de substituição — também chamada de barriga solidária — é mais utilizada por casais masculinos. Uma mulher cede o seu útero e gesta o embrião do casal. O processo também deve seguir as regras do CFM, como não ter caráter comercial, devendo ser preferencialmente parente de até quarto grau de um dos parceiros.

Para casais masculinos, a reprodução assistida envolve a doação de óvulos e o útero de substituição. E para casais femininos, fazem parte a doação de sêmen e a gestação compartilhada.

O que é gestação compartilhada?

A gestação compartilhada possibilita que, entre um casal homoafetivo feminino, ambas participem ativamente do processo. Na técnica, uma das mulheres fornece os óvulos para a fecundação. Eles são fecundados e transferidos para o útero da sua parceira, que passa pela gestação. Por isso, ela pode ser realizada apenas na fertilização in vitro.

O processo é realizado por um desejo do casal de que ambas façam parte do processo, mas ele não é obrigatório. Os embriões também poderiam ser implantados na doadora dos óvulos.

Antes de tomar a decisão sobre quem irá doar os óvulos e quem irá gestar, ambas devem fazer uma avaliação da sua saúde reprodutiva. Alguns critérios como a idade ou a presença de alguma doença relacionada à infertilidade fazem a diferença no sucesso da FIV.

Apesar do nome parecido, a gestação compartilhada é diferente da doação de óvulos compartilhada. Essa técnica é realizada quando duas mulheres que estão fazendo o tratamento da FIV compartilham o material biológico (no caso, os óvulos) e parte dos custos. Ou seja, os óvulos viáveis que não foram utilizados por uma delas são doados para outra mulher. Em seguida, os gametas são fecundados com os espermatozoides dos seus respectivos parceiros.

Como a gestação compartilhada é realizada?

As primeiras etapas da gestação compartilhada são as mesmas realizadas por um casal formado por um homem e uma mulher na fertilização in vitro. A estimulação ovariana é realizada por uma das parceiras para desenvolver o maior número possível de folículos ovarianos. Os óvulos se localizam dentro dessas estruturas, por isso, quanto mais folículos disponíveis para o tratamento, melhor.

Quando eles estiverem no tamanho ideal, os óvulos são coletados e fecundados em um laboratório com os espermatozoides do doador anônimo escolhido durante o processo de doação de sêmen. Em paralelo, a mulher que irá receber os embriões passa por uma fase chamada preparação endometrial. O endométrio, camada interna do útero, é responsável pela implantação e nutrição do embrião.

Para isso, a paciente recebe uma medicação hormonal com o objetivo de aumentar a espessura do endométrio, processo semelhante ao que acontece naturalmente com a mulher durante o seu ciclo menstrual.

Os embriões formados na fecundação passam alguns dias em uma incubadora. As suas primeiras divisões celulares são observadas pela equipe de embriologistas. Apenas os embriões de maior chance de implantação são transferidos para o útero da parceira da doadora.

Na gestação compartilhada, uma das mulheres fornece os óvulos para a sua parceira gestar o embrião até o final da gravidez. A única técnica de reprodução assistida que pode realizá-la é a fertilização in vitro, pois a sua fecundação é realizada fora do corpo da mulher, em um laboratório.

A reprodução assistida possibilita que casais homoafetivos tenham filhos biológicos, como mostramos nesse artigo. Para saber mais sobre o assunto, toque aqui e confira!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.