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Ultrassom testicular: quando é solicitado e como é feito?

Por Equipe Origen

Publicado em 02/11/2022

O casal que enfrenta dificuldades para engravidar deve realizar a investigação da infertilidade conjugal. Isso é feito por meio de vários exames que avaliam as funções dos órgãos reprodutores e os níveis hormonais. Nesse contexto, para avaliar as condições masculinas, os exames mais importantes são o espermograma e o ultrassom testicular.

O ultrassom ou ultrassonografia é uma importante técnica de diagnóstico por imagem, empregada de diversas formas e em quase todas as áreas da medicina. É um exame de boa acurácia para detectar anormalidades em várias partes do corpo.

Neste post, vamos explicar como é feito o ultrassom testicular e quais são as indicações para o exame — normalmente, relacionadas à investigação da infertilidade masculina. Acompanhe!

Quais doenças podem afetar os testículos?

Os testículos são as glândulas sexuais ou gônadas masculinas. Suas funções são: secretar testosterona, principal hormônio do homem, e produzir os espermatozoides. A produção das células sexuais ocorre continuamente. Entretanto, algumas condições podem afetar os testículos e interferir no processo de espermatogênese, acarretando baixa quantidade ou baixa qualidade de gametas.

Logo atrás de cada testículo, estão os ductos que armazenam os espermatozoides e favorecem seu amadurecimento, são órgãos chamados de epidídimos. O ultrassom testicular também é útil para a detecção de alterações nessa parte, assim como nos vasos deferentes, canais que transportam os gametas.

Os testículos e epidídimos podem ser afetados por infecções genitais que levam, respectivamente, à orquite e à epididimite. Os vasos deferentes também podem apresentar obstruções ou defeitos congênitos. Todas essas condições prejudicam as funções reprodutivas do homem.

Outros problemas detectados nos testículos são:

  • varicocele;
  • criptorquidia;
  • torção testicular;
  • hidrocele;
  • tumores;
  • atrofia;
  • microcalcificações.

Essas condições são diagnosticadas com o ultrassom testicular. Algumas estão diretamente relacionadas à infertilidade masculina, podendo ser tratadas com intervenção medicamentosa ou cirúrgica. As técnicas de reprodução assistida também são importantes para os casais que não conseguem restaurar a fertilidade e engravidar espontaneamente.

Quando o ultrassom testicular pode ser solicitado?

O ultrassom testicular ou ultrassonografia da bolsa escrotal é um exame solicitado durante a investigação da infertilidade masculina, sobretudo se o espermograma indicar alterações espermáticas, como azoospermia (ausência de espermatozoides no sêmen).

O exame também pode ser solicitado pelo clínico ou urologista, caso o homem apresente sintomas de doenças genitais, como:

  • dor nos testículos;
  • inchaço e sensação de peso na bolsa testicular;
  • assimetria (um testículo maior que o outro);
  • secreção peniana;
  • presença de sangue no esperma ou na urina;
  • dor durante a relação sexual ou ao ejacular;
  • dor e queimação para urinar;
  • presença de nódulos nos testículos ou linfonodos na virilha (ínguas);
  • veias dilatadas nos testículos, visíveis sob a pele ou perceptíveis à palpação no exame físico.

O procedimento do ultrassom testicular é simples, rápido, indolor e não invasivo. Para realizar o exame, o homem fica deitado de costas sem a parte de baixo das roupas para que a bolsa escrotal seja examinada. Um gel é aplicado nos testículos e um transdutor é deslizado sobre os órgãos para captar as imagens internas, as quais são acompanhadas na tela de um monitor.

O ultrassom testicular também avalia o cordão espermático, estrutura responsável por drenar o sangue que circula na bolsa escrotal. Para verificar o fluxo sanguíneo local, utiliza-se o recurso de ultrassonografia com Doppler colorido.

Infertilidade masculina e reprodução assistida: quais técnicas podem ajudar?

A reprodução assistida tem técnicas específicas para lidar com os casos de infertilidade masculina. O casal é minuciosamente avaliado para que o especialista defina os métodos de tratamento que podem trazer melhores resultados.

Alterações espermáticas leves na morfologia ou na motilidade dos espermatozoides podem ser superadas com preparo seminal e inseminação artificial. Essa técnica, no entanto, é indicada quando a mulher tem menos de 35 anos e tubas uterinas saudáveis.

O preparo seminal consiste na aplicação de métodos de capacitação espermática, que colocam os espermatozoides em condições semelhantes às que encontrariam no trato reprodutivo feminino. Dessa forma, os gametas de baixa qualidade são separados, e os que apresentam boa morfologia e motilidade progressiva são introduzidos no útero da paciente.

Para os casos mais graves, até mesmo a azoospermia, a indicação é para o tratamento com fertilização in vitro (FIV). Assim, quando os espermatozoides não são encontrados no líquido ejaculado, é necessário realizar procedimentos de recuperação espermática para recuperá-los.

PESA e MESA são métodos utilizados para coletar os espermatozoides dos epidídimos, enquanto TESE e Micro-TESE permitem que as células germinativas sejam coletadas dos túbulos seminíferos, nos testículos.

Depois que os gametas masculinos são colhidos e preparados, a fertilização dos óvulos é feita com injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI). Para isso, cada gameta é avaliado individualmente com o auxílio de um microscópio e injetado dentro de um óvulo.

Por fim, vale ressaltar que, apesar das boas chances de sucesso com os tratamentos de reprodução assistida, o homem pode necessitar de intervenções médicas específicas, conforme a doença diagnosticada pelo ultrassom testicular.

Leia também nosso texto principal sobre infertilidade masculina e saiba mais sobre as causas envolvidas e os métodos de avaliação!