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Congelamento de embriões excedentes na FIV?

Por Equipe Origen

Publicado em 03/02/2020

O progresso tecnológico trouxe diversos benefícios para a humanidade, com especial destaque para os avanços realizados na área da medicina. O desenvolvimento de técnicas de reprodução assistida retrata a possibilidade de tratamento de casais inférteis que desejam ter filhos. Dentre as técnicas mais utilizadas, aquela que merece maior atenção é a fertilização in vitro, mais conhecida por FIV.

A técnica de FIV é realizada em etapas. Uma delas é a fecundação realizada em laboratório, que permite analisar os embriões gerados a fim de determinar quais são os de melhor qualidade, que têm mais chance de implantação, embora isso também depende das condições do endométrio.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) atualiza periodicamente a resolução que trata de normas éticas relacionadas às técnicas de reprodução assistida.

Leia o texto e conheça mais sobre o congelamento de embriões excedentes na FIV.

O que é a criopreservação?

Por criopreservação entende-se o congelamento de embriões ou gametas tanto masculinos quanto femininos que pode ser realizada com objetivos diversos. A técnica mais conhecida de congelamento recebe o nome de vitrificação.

Nessa técnica, os embriões são congelados mais rápido que na técnica tradicional de congelamento lento, sendo mantidos em uma temperatura de 196 ºC negativos. Dessa forma, as taxas de preservação dos embriões ou gametas mantêm-se mais elevadas. Ao serem descongelados, esses embriões geram bebês saudáveis.

Como o congelamento de embriões excedentes funciona na FIV?

A realização da técnica de FIV começa por uma etapa que recebe o nome de estimulação ovariana e consiste na administração de hormônios a fim de estimular o crescimento de mais folículos no mesmo ciclo.

Isso deve ser feito porque, em ciclos normais, apenas um óvulo é liberado para ser fecundado. Entretanto, é interessante ter mais gametas femininos a serem fecundados na FIV, de modo a aumentar o número de embriões disponíveis para transferência.

No entanto, há um número máximo de embriões que pode ser transferido ao útero para minimizar o risco de gestações múltiplas.

Um dos grandes desafios está justamente ligado ao destino dos embriões excedentes. Esses embriões podem ser congelados para serem transferidos futuramente sem a necessidade de nova estimulação ovariana.

As regras acerca do destino dos embriões excedentes na FIV são determinadas pelo Conselho Federal de Medicina e tratadas a seguir.

Regras

A resolução 2168 do Conselho Federal de Medicina (CFM) visa à determinação de normas éticas na utilização de técnicas de reprodução assistida. Essa resolução determina que apenas dois embriões podem ser transferidos para mulheres até 35 anos; para aquelas entre 36 e 39 anos, o número sobe para 3. Mulheres acima de 40 anos podem ter até 4 embriões transferidos.

Essa mesma resolução determina que os embriões excedentes devem ser criopreservados, sendo o destino deles decidido pelo casal. Esses embriões devem ser mantidos congelados por pelo menos 3 anos, podendo ser descartados após esse tempo ou ser doados, caso o casal tenha manifestado essa vontade por escrito.

Os embriões também podem ser submetidos a pesquisas mediante autorização, o que é explicitado na Lei 11.105/2005. Para tal, os centros de reprodução assistida têm o dever de fornecer um relatório anual acerca de seus embriões a fim de confirmar o estado legal deles.

Benefícios do congelamento de embriões

O congelamento de embriões durante a realização da FIV pode ter benefícios diversos. Por exemplo, essa técnica pode ser realizada como forma de preservar a fertilidade do casal. Para esse fim, são realizadas as etapas da FIV que precedem a transferência do embrião.

Essa etapa final pode ser realizada posteriormente, de acordo com a vontade do casal. Esse procedimento é especialmente importante em casos nos quais o homem ou a mulher está sendo submetido a tratamentos que podem vir a afetar sua fertilidade posteriormente.

Ele também é recomendado para casais em idade mais avançada que desejam ter filhos, uma vez que a quantidade dos óvulos diminui ao longo do tempo, assim como sua qualidade também se modifica.

Dessa forma, a preservação da fertilidade mantém a chance de gravidez relativa à idade em que foi feito o congelamento, diminui os riscos de malformação cromossômica e de abortos espontâneos ligados à qualidade do embrião.

A maior vantagem desse método é que, em casos de falha de implantação, não será necessário realizar novamente a etapa de estimulação ovariana e punção folicular. Basta se realizar um preparo do endométrio para sincronizá-lo com a idade dos embriões congelados.

Para os casais que conseguiram a sua gestação na tentativa a fresco, os embriões congelados podem ser posteriormente transferidos quando houver o desejo de uma nova gravidez, também sem a necessidade de nova estimulação ovariana e punção folicular.

O congelamento de embriões durante a FIV é um recurso fundamental ao tratamento. Ele é regulamentado pelo CFM, e o casal tem o direito de decidir o futuro dos embriões.

Para saber mais sobre essa técnica, leia outro texto sobre o assunto.

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.