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Histeroscopia para o tratamento de pólipos endometriais

Por Equipe Origen

Publicado em 28/01/2022

Histeroscopia é uma técnica ginecológica, relativamente recente e bastante avançada, que utiliza um instrumento específico, o histeroscópio, que possui câmera e iluminação, introduzido por via transvaginal, assim como os instrumentos cirúrgicos. Possibilita tanto o tratamento, como o diagnóstico de anomalias no interior da cavidade uterina, sem a necessidade de cortes externos.

Existem duas modalidades de histeroscopia, a diagnóstica, que tem por objetivo analisar a cavidade uterina possibilitando uma visualização mais clara das estruturas de forma direta, e a cirúrgica, um procedimento mais complexo, feito para o tratamento de condições já diagnosticadas.

Os instrumentos utilizados na histeroscopia cirúrgica são ligeiramente diferentes da diagnóstica, visto que são maiores e com algumas capacidades específicas. Por esse motivo, o procedimento cirúrgico necessita de mais etapas como a dilatação do colo uterino, para que seja facilitada a introdução dos instrumentos e também se obtenha mais mobilidade e uma melhor visualização da região.

Em alguns casos, a intervenção cirúrgica pode ser feita conjuntamente com a histeroscopia diagnóstica. Na maioria, porém, o tratamento realizado por meio da histeroscopia cirúrgica deve ser em ambiente preparado, como é o caso da retirada de pólipos endometriais.

Neste texto abordaremos mais especificamente a utilização da histeroscopia cirúrgica no tratamento de pólipos endometriais. Fique conosco para entender melhor o assunto. Boa leitura!

O que são pólipos endometriais e quais são os principais sintomas?

Os pólipos endometriais se caracterizam por um desenvolvimento excessivo de células no endométrio, camada de revestimento interno do útero. Essas massas celulares formam pequenas estruturas semelhantes a cistos, que se projetam do endométrio para dentro da cavidade uterina.

É importante ressaltar que os pólipos uterinos não são tumores, podendo, no entanto, excepcionalmente se tornar malignos, caso não sejam tratados e se desenvolvam de maneira excessiva.

De forma geral, os pólipos endometriais aparecem mais frequentemente em mulheres na fase da menopausa. Também é possível se manifestarem em mulheres ainda em idade fértil e, nesses casos, dependendo do tamanho e localização dos pólipos, a mulher pode acabar tendo dificuldades para engravidar.

Desequilíbrios hormonais, inflamatórios e infecciosos são as principais causas de pólipos endometriais. Por esse motivo, mulheres com quadros diversos e que precisam tratar com medicação à base de estrogênios por um período prolongado, têm maior chance de desenvolver pólipos endometriais.

Obesidade ou sobrepeso, hipertensão e o uso de medicamentos, como para tratamentos de câncer de mama, são alguns fatores que podem aumentar as chances de a mulher desenvolver pólipos endometriais.

O sintoma mais característico dos pólipos endometriais é o sangramento exagerado durante a menstruação, embora também possam apresentar outros, como:

  • Menstruação irregular;
  • Sangramentos vaginais fora do período da menstruação;
  • Sangramento vaginal após a menopausa;
  • Sangramento vaginal após as relações sexuais;
  • Cólicas intensas durante a menstruação;
  • Dificuldade em manter uma gravidez – aborto de repetição;
  • Infertilidade.

Na maioria das mulheres que já passaram pela menopausa, os pólipos endometriais não costumam apresentar sintomas.

Como é feito o diagnóstico dos pólipos endometriais?

Quando por meio dos relatos dos sintomas existe a suspeita de pólipos endometriais, o médico passa então a uma investigação mais detalhada do problema. Para isso, geralmente são realizados exames de imagem, como a ultrassonografia pélvica transvaginal e, principalmente, a histeroscopia diagnóstica.

A histeroscopia diagnóstica é considerada a técnica mais eficiente para a investigação dos pólipos uterinos, já que permite uma visualização clara e direta das estruturas internas do útero, mesmo quando as imagens de ultrassom são inconclusivas.

Além disso, permite que seja feita uma biopsia dos tecidos afetados, possibilitando a análise mais profunda e, consequentemente, facilitando a escolha do tratamento mais adequado ao caso específico.

Como é feito o tratamento dos pólipos endometriais?

Para parte das mulheres não se recomenda nenhum tratamento, principalmente nos casos em que a mulher é assintomática e os pólipos são pequenos e pouco numerosos. Nesses casos, é feito apenas um monitoramento para verificar se estão aumentando ou diminuindo.

Alguns tratamentos com medicamentos hormonais podem ser utilizados para controlar os sintomas dolorosos e de sangramento, interrompendo o crescimento dos pólipos, mas dificilmente provocando sua regressão.

Nos casos de mulheres em idade fértil e que ainda pretendem ter filhos, o tratamento mais indicado é a remoção dos pólipos, a polipectomia, feita por histeroscopia cirúrgica, com posterior análise anatomopatologia e pesquisa de endometrite, pois hoje sabemos que na grande maioria dos casos de pólipos existeuma associaçãocominflamação das células endometriais.

A histeroscopia cirúrgica é considerada a técnica mais indicada para a remoção dos pólipos endometriais, pois permite uma visualização clara e direta das estruturas que estão sofrendo a intervenção, facilitando a remoção integral.

Além disso, a técnica é minimamente invasiva e não deixa cicatrizes, já que dispensa um acesso por meio de cortes.

Infertilidade e reprodução assistida

Na maioria dos casos a histeroscopia pode devolver a fertilidade após a retirada dos pólipos.

Quando a mulher apresenta pólipos no endométrio e está tentando engravidar por meio de reprodução assistida, para que o procedimento seja bem-sucedido é necessário realizar a histeroscopia para removê-los. Isso porque o endométrio deve estar integro e apto para receber o embrião, que será transferido para o útero dando início à gestação.

Para saber mais sobre a histeroscopia toque neste link.

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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