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Consequências da obstrução das tubas uterinas

Por Equipe Origen

Publicado em 02/02/2022

As tubas uterinas, antigamente conhecidas também por trompas de Falópio, são estruturas musculares contráteis em forma de tubo, que integram o aparelho reprodutivo das mulheres. Possuem aproximadamente 10 cm de comprimento e se apresentam em par.

Essas estruturas fazem a ligação entre os ovários e a cavidade uterina. Cada tuba possui uma das extremidades conectadas aos ovários – localizados em ambos os lados da pelve – e a outra que se abre para dentro do útero.

Estas estruturas servem para transportar o óvulo liberado pelos ovários até a cavidade uterina, o que é feito com movimentos peristálticos. Além disso, servem de passagem, em sentido contrário, para os espermatozoides chegarem até o óvulo recém liberado e fecundá-lo.

Tais funções fazem com que as tubas uterinas sejam fundamentais para a capacidade reprodutiva da mulher. Quando essas estruturas apresentam alterações, como obstruções, há grande risco de infertilidade feminina.

Continue com a leitura do texto para entender quais são as consequências da obstrução das tubas uterinas. Boa leitura!

Obstrução das tubas uterinas: do que se trata?

A obstrução das tubas uterinas é, como o próprio nome indica, quando o canal interno das tubas uterinas, que serve de passagem tanto para os espermatozoides como para o óvulo, fica bloqueado.

Diversas doenças podem obstruir as tubas uterinas, ou seja, bloquear a passagem interna do canal tubário: duas são preponderantes: a doença inflamatória pélvica e a endometriose.

Quando a endometriose afeta as tubas uterinas, a doença provoca a formação de implantes endometrióticos na parede dessas estruturas. Os focos endometrióticos são um aglomerado de células semelhantes às encontradas no endométrio, cujo crescimento provoca um processo inflamatório que pode obstruir as tubas uterinas.

As ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), como a clamídia e a gonorreia, estão ainda entre as doenças que podem causar a obstrução das tubas. Nesses casos, isso ocorre porque a infecção dispara, da mesma forma, um processo inflamatório local provocando inchaço, o que pode obstruir as tubas.

Cicatrizes de cirurgias na região, bem como a cirurgia de laqueadura, também podem resultar na obstrução das tubas uterinas.

Quais podem ser as consequências da obstrução das tubas uterinas?

Como mencionamos, a principal consequência da obstrução tubária é a infertilidade, já que parte do trajeto dos espermatozoides em direção ao óvulo para a fecundação, está bloqueado. Além disso, a obstrução das tubas uterinas impossibilita o transporte do embrião até o útero, o que pode ser bastante grave também para a saúde da mulher.

Isso porque, caso um espermatozoide consiga ultrapassar a obstrução e fecundar o óvulo, pode ocorrer uma gravidez ectópica, quando o embrião realiza a nidação fora do útero, uma situação grave e que pode comprometer inclusive a vida da mulher.

Se a obstrução for causada por doenças infecciosas, como as ISTs, a ausência de tratamento pode fazer com se alastre pelo organismo e a mulher corre o risco de perder as estruturas afetadas, incluindo as tubas uterinas.

Portanto, mesmo para mulheres que não desejam filhos, a obstrução das tubas uterinas é uma situação que precisa ser tratada, de preferência, o mais rapidamente possível.

Nos casos em que a obstrução das tubas uterinas se dá por doenças infecciosas, o tratamento é feito com a utilização de medicamentos antibióticos específicos para os patógenos causadores da infecção.

No entanto, mesmo após o tratamento e a eliminação da doença, em alguns casos a mulher pode continuar tendo dificuldades para engravidar devido a sequelas da enfermidade.

Quando a obstrução das tubas uterinas é causada pela endometriose, a única maneira de eliminar o problema é a intervenção cirúrgica para a remoção dos focos endometrióticos. Nesses casos, é comum que a mulher receba indicação para reprodução assistida, já que a cirurgia tubária pode colocar em risco a própria fertilidade.

Como a FIV pode auxiliar nesses casos?

Como a FIV (fertilização in vitro) é considerada a técnica mais avançada em reprodução assistida atualmente, pode ser indicada às mulheres com obstrução das tubas uterinas. A indicação deve-se principalmente ao fato de que a técnica possibilita a coleta dos gametas (óvulos e espermatozoides) para a fecundação, realizada em laboratório.

Além disso, na FIV o desenvolvimento inicial do embrião também acontece em laboratório. Após essas etapas, o embrião é depositado diretamente na cavidade uterina, durante o processo chamado transferência embrionária.

Todos esses recursos permitem que a técnica consiga contornar os obstáculos oferecidos pela obstrução das tubas uterinas, que estão impedindo a mulher de conseguir uma gravidez.

Laqueadura e obstrução das tubas uterinas

Antigamente, a cirurgia de laqueadura era feita com metodologias mais invasivas, como a sutura ou a retirada de parte das tubas, dificultando muito a reversão do procedimento.

Atualmente, com o avanço das técnicas de laqueadura, em alguns casos é possível fazer a reversão, embora, ainda assim, as taxas de sucesso não sejam muito expressivas.

Por isso, ao optar pela laqueadura, é importante que a mulher avalie com profundidade seu desejo reprodutivo, já que as possibilidades, em caso de arrependimento, são menos amplas.

De qualquer forma, nos casos em que a reversão da laqueadura não pode ser feita e quando sua realização não restaura a fertilidade da mulher para engravidar de forma natural, a FIV é também o tratamento mais indicado.

Deixe suas dúvidas sobre o assunto nos comentários a seguir, para que possamos esclarecê-las da melhor maneira!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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