A preservação da fertilidade feminina por meio da conservação dos gametas femininos (óvulos) tem como principal indicação o desejo de postergar a gravidez para um período em que a reserva ovariana encontra-se, em geral, diminuída ou esgotada.
Esse fato é cada vez mais frequente na sociedade moderna, pois a mulher é cada vez mais ascendente profissionalmente e adia a maternidade. O ovário, entretanto, tem um processo de envelhecimento biológico rápido e precoce, que normalmente começa a partir dos 35 anos.
A outra indicação comum é para mulheres submetidas ao tratamento do câncer, quando procedimentos como a Quimioterapia, Radioterapia, Cirurgia para retirada dos ovários podem comprometer ou esgotar a reserva de óvulos.
A melhor alternativa para a preservação da fertilidade feminina é a criopreservação de óvulos. Esse tratamento é feito da mesma forma que uma FIV habitual, com a diferença que os óvulos obtidos são diretamente congelados pela técnica de vitrificação, em vez de serem submetidos ao ICSI. Se e quando houver desejo da gravidez, os óvulos serão desvitrificados e um espermatozoide será injetado em cada um deles para formação de embriões e posterior transferência ao útero.
Criopreservar fragmentos de tecido ovariano é também uma possibilidade para mulheres submetidas à cirurgia ovariana. Importante saber que esse ainda é um procedimento experimental.
As taxas de gravidez para congelamento de óvulos são semelhantes às obtidas para FIV, variando de 10% a 50%, de acordo com a idade em que foi realizado o congelamento dos óvulos.
Quem está com o tratamento do câncer agendado tem tempo para iniciar o congelamento?
Sim. Esse processo se chama indução de urgência. É possível iniciar a estimulação ovariana em qualquer dia do ciclo menstrual, com o crescimento de vários folículos. O tempo necessário é de 10 a 15 dias, período que não costuma comprometer o tratamento.
Existe algum risco do uso de hormônios para a saúde?
Não. Está amplamente documentado que os hormônios não causam nenhum risco para a mulher.
Estimular a ovulação diminui o estoque de óvulos?
Não. Ainda que a mulher nasça com uma quantidade finita dessas células, todos os meses, para que ocorra a ovulação espontânea, a mulher “perde” de 250 a 1000 óvulos. Então, usar a medicação apenas vai recuperar parte dos óvulos que seriam perdidos, isto é, existe um maior aproveitamento dos óvulos que seriam perdidos.
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