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A reprodução assistida diminui minha reserva ovariana e me aproxima da menopausa?

Por Equipe Origen

Publicado em 29/05/2025

A reprodução assistida, com suas diversas técnicas e procedimentos, tem sido uma grande aliada para milhares de pessoas que desejam ter filhos, mas enfrentam dificuldades para tê-los de modo natural. É comum que surjam dúvidas e preocupações sobre os possíveis impactos desses tratamentos no corpo da mulher, por exemplo, em relação à reserva ovariana e à chegada da menopausa.

Nesse sentido, uma das possíveis preocupações entre as mulheres é se a reprodução assistida acelera o processo de redução da reserva ovariana e aproxima a mulher da menopausa. A verdade é que isso não acontece e você vai entender melhor ao longo do post.

Continue a leitura e esclareça suas dúvidas!

O que é reserva ovariana?

A reserva ovariana refere-se ao conjunto de óvulos que uma mulher tem guardados em seus ovários. Essa reserva é formada ainda durante o desenvolvimento do feto feminino, ou seja, a menina já nasce com todos os folículos ovarianos que poderão ovular, não ocorre a produção de novos óvulos ao longo da vida.

Ao nascer, a menina possui milhões de óvulos em seus ovários. Até a chegada da puberdade e o início dos ciclos ovulatórios e menstruais, esse estoque reduz para cerca de 400 mil folículos ovarianos — grande parte sofreu atresia ou morte celular programada.

Ao longo da vida fértil, a reserva ovariana continua em diminuição progressiva, pois em cada ciclo menstrual um grupo de folículos começa a se desenvolver, um deles ovula e os demais se degeneram. Isso ocorre até que a mulher chegue na menopausa, marcada pelo fim das ovulações e menstruações — consequentemente, o fim da jornada de fertilidade termina.

Entre os fatores que podem acelerar a redução da reserva ovariana, estão:

  • idade (sobretudo acima dos 35 anos) — é o principal fator;
  • genética — algumas mulheres nascem com predisposição para a insuficiência ovariana prematura devido a alterações genéticas;
  • cirurgia ovariana — procedimentos cirúrgicos nos ovários, como a remoção de endometrioma (cisto de endometriose), podem acarretar danos na reserva ovariana;
  • tratamentos médicos — alguns tratamentos médicos, como a quimioterapia e a radioterapia, oferecem riscos à reserva ovariana e à qualidade dos óvulos.

Para ter uma estimativa de como está a sua reserva ovariana, peça a um médico ginecologista para realizar a avaliação da reserva, que é feita por meio de exames de sangue e imagem, incluindo a dosagem do hormônio antimülleriano e a ultrassonografia para contagem dos folículos antrais.

O que é estimulação ovariana?

A estimulação ovariana é uma técnica utilizada nos tratamentos de reprodução assistida para favorecer o desenvolvimento de múltiplos folículos ovarianos e induzir a maturação dos óvulos. Isso aumenta as chances de fertilização.

Nos tratamentos de baixa complexidade (coito programado e inseminação artificial), a estimulação ovariana é leve (com baixa dosagem de medicação hormonal), pois o objetivo é desenvolver aproximadamente 3 folículos ovarianos.

Na fertilização in vitro (FIV), que é uma técnica mais complexa e que depende da obtenção de múltiplos óvulos, a estimulação ovariana é mais intensa. A finalidade da técnica é promover o desenvolvimento do maior número possível de folículos e a coleta de vários óvulos para aumentar as chances de sucesso do tratamento.

Seja na baixa ou na alta complexidade — o que varia é o protocolo, isto é, a dose das medicações — a estimulação ovariana é feita de modo semelhante: os fármacos são administrados em forma de comprimidos e/ou injeções e exames de ultrassom e de sangue são realizados para monitorar o desenvolvimento folicular. 

Com a estimulação ovariana, induzimos os ovários a trabalharem com o máximo do seu potencial. A técnica não acelera a redução da reserva ovariana, pois funciona como se estivéssemos aproveitando os óvulos que naturalmente seriam perdidos devido ao processo de atresia folicular.

Por que a reprodução assistida não antecipa a menopausa?

A menopausa é um processo natural do envelhecimento feminino, que ocorre geralmente entre os 45 e 55 anos. É marcada pela queda na produção dos hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona, e pela interrupção dos ciclos ovulatórios e menstruais. Dessa forma, como ocorre a parada da ovulação, também é determinado o fim da fase fértil da mulher.

Ao contrário do que algumas pessoas pensam, a reprodução assistida, em específico a estimulação ovariana, não acelera a redução da reserva ovariana e a chegada da menopausa. Como vimos, é o contrário disso, ela melhora o aproveitamento dos folículos e óvulos que sofreriam degeneração natural.

A reprodução assistida abrange um conjunto de importantes técnicas para ajudar mulheres e casais a alcançarem seu objetivo de ter filhos. Uma dessas técnicas é a estimulação ovariana, que aumenta as chances de fertilização ao favorecer o processo ovulatório e, como vimos, não prejudica a reserva ovariana e não aproxima a mulher da menopausa antes do tempo natural.

Já que você está aqui, aproveite e leia nosso texto sobre estimulação ovariana e entenda melhor como a técnica funciona e quais são seus protocolos para cada tratamento de reprodução assistida, além dos riscos e vantagens!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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