A FIV (fertilização in vitro) é o tratamento que permite gerar um filho para milhares de mulheres que sofrem com a própria infertilidade ou que têm parceiros com problemas de fertilidade. E essa técnica é conhecida como bebê de proveta.
Há ainda muitas dúvidas sobre o que é bebê de proveta, como ele é gerado, quais os riscos envolvidos e para quem é indicado, mesmo não sendo um tema recente.
Quer saber mais sobre o assunto? Então continue a leitura!
Afinal, o que é bebê de proveta e como funciona?
O nome bebê de proveta ficou popular em 1978, quando o primeiro bebê gerado por FIV veio ao mundo. A pequena Louise Brown nasceu de cesariana e deu início a uma nova era na reprodução humana, oferecendo chances às mulheres que acreditavam que nunca poderiam gerar seus próprios filhos.
A técnica foi desenvolvida pelo cientista Robert Geoffrey Edwards e pelo médico Patrick Steptoe, e consiste na retirada dos óvulos do corpo da mulher, após um período de estimulação ovariana, e do esperma do homem para que o óvulo seja fecundado em laboratório, embriões sejam formados e transferidos para o útero, onde poderão se desenvolver e implantar.
Em inglês a técnica teve o nome popular de “test tube baby”, que quer dizer bebê de tubo de ensaio. Quando passado para o português, foi traduzido como bebê de proveta.
Diversas outras técnicas foram derivadas da FIV. Uma das mais utilizadas é a Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide (ICSI). A diferença está no modo como o espermatozoide penetra no óvulo. Em ambos os procedimentos, o profissional manipula manualmente o material. No entanto, na FIV com ICSI, é feita a micromanipulação dos gametas com equipamentos específicos e um único espermatozoide é injetado dentro do óvulo. Na FIV clássica, vários espermatozoides são colocados em torno do óvulo para que um deles consiga penetrá-lo.
Para quem o tratamento é indicado?
Inicialmente, a FIV foi indicada para casais com obstrução tubária. A ICSI, por outro lado, foi descrita para infertilidade masculina, como baixa qualidade do sêmen, dificuldade de o espermatozoide chegar ao óvulo ou baixo número de espermatozoide.
Com a evolução da técnica, melhoria dos resultados, facilidade em se realizar e diminuição dos custos, o tratamento se expandiu para todas as indicações, como endometriose, problemas nas trompas, fator masculino leve, falha em outros tratamentos, idade da mulher avançada ou infertilidade sem causa aparente.
Quais são os riscos dessa técnica de reprodução?
Muito se evoluiu na área de reprodução humana. No entanto, existem alguns riscos que devem ser levados em consideração pelo casal que escolhe a FIV.
As mulheres que se submetem ao tratamento também podem desenvolver a Síndrome de Hiperestimulação do Ovário (SHO). O risco é de aproximadamente 1 para cada mil mulheres.
O outro risco é de gravidez gemelar, que está em torno de 5%, dependendo da idade da mulher.