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Azoospermia obstrutiva e não obstrutiva: qual é a mais grave para a infertilidade?

Azoospermia obstrutiva e não obstrutiva: qual é a mais grave para a infertilidade?

Quando um casal não consegue engravidar naturalmente, em quem pode estar o problema? Homem e mulher precisam ser investigados nessa situação, mas a verdade é que ambos podem apresentar fatores de infertilidade.

Por muito tempo, a mulher era principalmente apontada pelas dificuldades reprodutivas de um casal. Hoje, sabemos que também existem diversas causas de infertilidade masculina, que representam metade das causas diagnosticáveis. Nesse contexto, encontramos os casos de azoospermia obstrutiva e não obstrutiva.

Somente um espermograma pode revelar tais condições. A partir dos resultados, pode ser preciso que o homem realize outros exames, como o ultrassom da bolsa escrotal ou a ressonância magnética da pelve, exames hormonais, cromossômicos e genéticos, para descobrir quais são as causas da azoospermia. Com base nisso, podemos seguir com o tratamento mais apropriado, que pode envolver técnicas de alta complexidade da reprodução assistida.

Continue a leitura e descubra qual tipo de azoospermia é mais grave e como tratar!

Como ocorre a produção de sêmen e espermatozoides?

O sêmen ou esperma é o líquido viscoso que o homem libera no ato da ejaculação. Os espermatozoides são as células reprodutivas ou os gametas masculinos. Em uma amostra de sêmen normal podem existir mais de 40 milhões de espermatozoides, mas é possível confirmar a presença deles apenas com a análise microscópica do espermograma.

Vários órgãos do trato reprodutivo masculino participam da produção dos espermatozoides e do sêmen. Tudo começa com a liberação de hormônios gonadotróficos (FSH e LH) pela glândula hipófise, os quais estimulam os testículos a produzirem testosterona, principal hormônio masculino.

A produção dos espermatozoides também acontece nos testículos, dentro dos túbulos seminíferos. Em seguida, essas células são transportadas para os ductos que ficam atrás dos testículos, chamados de epidídimos. Nesses órgãos, os gametas amadurecem, adquirem motilidade e ficam armazenados até serem eliminados com a ejaculação.

As glândulas acessórias (próstata e vesículas seminais) produzem as secreções que formam o líquido seminal. Para se unir a esse líquido, os espermatozoides que estavam armazenados nos epidídimos percorrem os vasos deferentes. Por fim, o sêmen constituído por todos os elementos, inclusive as células reprodutivas, é expelido pelo canal uretral quando o homem ejacula.

O que é azoospermia obstrutiva e não obstrutiva?

Azoospermia é a ausência de espermatozoides no sêmen. Nessa condição, o homem pode apresentar um volume normal de líquido seminal, mas não existem gametas no fluído ejaculado, portanto, não é possível engravidar sua parceira.

Dependendo de suas características, a condição pode ser classificada como azoospermia obstrutiva ou não obstrutiva.

Na azoospermia obstrutiva, não há prejuízos na espermatogênese. Os espermatozoides são produzidos normalmente, mas não conseguem se juntar aos fluídos que compõem o sêmen devido a alguma obstrução no trato reprodutivo. Um bom exemplo do que causa esse tipo de azoospermia é a vasectomia, cirurgia de esterilização masculina, feita para bloquear os vasos deferentes e impedir a passagem dos gametas.

Na azoospermia não obstrutiva, existem falhas na produção de espermatozoides, que podem decorrer de problemas pré-testiculares, como disfunções hormonais, ou testiculares, como varicocele. Outras causas podem ser alterações genéticas e ou cromossômicas.

Qual tipo de azoospermia é mais grave?

Considera-se mais grave a azoospermia não obstrutiva, visto que indica um problema na produção dos espermatozoides. Ainda que seja uma condição complexa, a maioria dos homens consegue recuperar sua fertilidade com o tratamento certo.

Primeiramente, é necessário investigar a fundo as causas da azoospermia. Algumas doenças subjacentes podem ser diretamente tratadas, levando à restauração da espermatogênese. Por exemplo, níveis insuficientes de hormônio podem ser corrigidos com terapia de reposição hormonal; as varicoceles, em alguns casos, são tratadas com cirurgia; e assim por diante.

Na reprodução assistida, temos técnicas de alta complexidade com elevadas taxas de sucesso no tratamento de casais com infertilidade masculina, dentre outros fatores graves. Mesmo com azoospermia não obstrutiva, há chances de gravidez com a fertilização in vitro (FIV), feita com injeção intracitoplasmática de espermatozoides (FIV ICSI).

Uma vez que os gametas não são coletados na amostra de esperma, eles podem ser retirados diretamente dos túbulos seminíferos com as técnicas de recuperação espermática TESE e Micro-TESE — Extração de espermatozoides testiculares e Microdissecção testicular.

São cirurgias abertas feitas nos testículos para acessar os focos de espermatogênese e coletar as células reprodutivas. A diferença entre elas é que a Micro-TESE é realizada com o auxílio de um microscópio cirúrgico, garantindo mais precisão ao procedimento.

Mesmo que seja coletado um número limitado de espermatozoides, há chances de fecundação, pois eles são individualmente micromanipulados e injetados, um a um, dentro dos óvulos com a técnica ICSI.

Nos casos mais severos, quando não há nenhum princípio de produção espermática e não é possível coletar um número mínimo de gametas para a fertilização in vitro, o casal pode considerar a doação de sêmen.

Portanto, seja com azoospermia obstrutiva ou não obstrutiva, ou ainda com outros fatores de infertilidade, o casal pode encontrar possibilidades na reprodução assistida para alcançar seu propósito de ter um filho.

Quer entender melhor essa condição? Leia agora o texto principal sobre azoospermia e confira outras informações!

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