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Biópsia embrionária e as chances de gravidez: qual é a relação?

Por Equipe Origen

Publicado em 10/05/2025

No campo da reprodução assistida, a busca por novas tecnologias e o desenvolvimento ou aperfeiçoamento de técnicas que aumentam as chances de sucesso dos tratamentos é constante. Nesse contexto, a biópsia embrionária desponta como uma ferramenta valiosa para auxiliar na seleção de embriões saudáveis. 

É importante lembrar que é sempre necessário analisar os riscos e benefícios de qualquer técnica ou procedimento que venha a ser realizado nos tratamentos de reprodução humana assistida. Sendo assim, a indicação para a biópsia embrionária deve ser cuidadosamente avaliada.

Não são todos os casais que precisam passar por essa etapa. A decisão de realizar a biópsia embrionária deve ser devidamente orientada pelo médico, após avaliação individualizada.

Leia mais e entenda tudo sobre essa técnica!

O que é biópsia embrionária?

A biópsia embrionária é uma possível etapa dos tratamentos de fertilização in vitro (FIV), realizada para rastrear anormalidades nos genes ou cromossomos dos embriões. Também usamos o termo teste genético pré-implantacional (PGT) para nos referirmos a essa técnica.

O PGT é realizado somente no contexto da FIV, pois o material genético dos embriões é coletado durante a fase de cultivo em incubadora, depois que eles são gerados em laboratório e antes de que sejam transferidos para o útero.

O objetivo da biópsia embrionária é identificar embriões com alterações que possam comprometer o desenvolvimento da gravidez ou a saúde do futuro bebê. Ao selecionar embriões saudáveis para a transferência, o PGT pode reduzir os riscos de falhas de implantação, aborto espontâneo e nascimento de crianças com síndromes genéticas.

Há diferentes tipos de PGT. Veja: 

  • PGT-A (teste genético pré-implantacional para aneuploidias) — analisa o número de cromossomos do embrião, podendo identificar aneuploidias, que são alterações numéricas associadas a falhas de implantação no útero, abortamento espontâneo ou síndromes genéticas, como a síndrome de Down; 
  • PGT-M (teste genético pré-implantacional para doenças monogênicas) — detecta mutações em genes específicos que causam doenças hereditárias, como a fibrose cística e a doença de Huntington;
  • PGT-SR (teste genético pré-implantacional para rearranjos estruturais) — identifica alterações na estrutura dos cromossomos, como translocações e inversões, que também podem causar infertilidade, abortamento e síndromes genéticas. 

A biópsia embrionária pode melhorar as chances de gravidez?

Até o momento, não há estudos que comprovem que a biópsia embrionária pode aumentar as chances de gravidez, mas a técnica pode auxiliar em algumas situações. Mulheres com mais de 38 anos, por exemplo, têm maior risco de gerar embriões com alterações cromossômicas, devido à redução da qualidade dos óvulos. O PGT pode ajudar a selecionar embriões saudáveis para a transferência, aumentando, nesses casos, as chances de implantação por transferência embrionária e podendo reduzir o risco de aborto.

Para os casais que apresentam risco de transmitir doenças genéticas hereditárias para seus descendentes, o PGT também é de grande importância, pois pode identificar os embriões que carregam genes alterados, possibilitando a seleção daqueles que poderão dar origem a indivíduos saudáveis.

Apesar de seus benefícios, o casal precisa ser esclarecido sobre possíveis riscos associados à biópsia embrionária. Até então, temos visto que o PGT é um procedimento seguro e que contribui positivamente para as taxas de sucesso da FIV. 

Entretanto, existe o risco, embora muito baixo, de danos ao embrião, decorrentes da retirada de células embrionárias. Além disso, em alguns casos, a análise genética pode fornecer resultados inconclusivos ou equivocados, o que dificulta a tomada de decisão sobre a transferência embrionária ou leva ao descarte de embriões saudáveis.

Outro ponto a considerar é o custo adicional do PGT na FIV. Portanto, considerando os prós e contras, cada casal precisa esclarecer suas dúvidas com o médico especialista e receber a orientação adequada ao seu caso.

Em quais situações o PGT pode ser indicado?

A biópsia embrionária não precisa ser realizada em todos os tratamentos de FIV, mas pode ser indicada em situações específicas, como: 

  • idade materna avançada (acima de 38 anos);
  • histórico de abortamento de repetição (dois ou mais abortos espontâneos);
  • risco de transmitir doenças genéticas para os filhos;
  • falhas repetidas de implantação em ciclos anteriores de FIV.

Se houver indicação, a biópsia embrionária é adicionada às etapas da FIV, sendo realizada na fase de cultivo embrionário, antes da transferência para o útero. A coleta das células é feita preferencialmente quando os embriões estão em estágio de blastocisto, pois nesse momento eles já apresentam um conjunto celular numeroso.

Como os resultados da análise genética podem demorar alguns dias, os embriões são congelados após a biópsia e transferidos para o útero em um ciclo posterior. 

A biópsia embrionária é uma ferramenta importante na reprodução assistida. No entanto, a indicação para a realização do PGT é individualizada e deve ser baseada em uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios para cada casal.

Gostaria de entender melhor como a FIV é realizada, quais são suas etapas, indicações e técnicas complementares? Leia nosso texto sobre fertilização in vitro e confira todas essas informações!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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