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Coleta de sêmen: quando e como é feita?

Por Equipe Origen

Publicado em 14/10/2022

A coleta de sêmen é um procedimento necessário em diferentes ocasiões, as quais estão relacionadas à avaliação das funções reprodutivas masculinas e à realização de tratamentos de reprodução assistida.

Muitas pessoas se confundem, mas sêmen e espermatozoide são diferentes, e é necessário esclarecer isso antes de prosseguir com o post. O sêmen, que também é corretamente chamado de esperma, é o líquido que o homem expele ao ejacular. Já os espermatozoides são as células sexuais, os gametas masculinos.

Em uma amostra de sêmen, podem existir milhões de espermatozoides. Ambos são importantes para a fertilidade. O fluído seminal leva os gametas para o trato reprodutivo feminino, além de nutrir e proteger essas células enquanto elas migram para o local da fecundação (nas tubas uterinas). Já o espermatozoide em si é responsável por fecundar o óvulo para gerar o embrião.

Continue acompanhando este post e saiba mais!

O que é coleta de sêmen?

A coleta de sêmen é o procedimento em que o homem colhe uma amostra de seu líquido ejaculado para realização de exames ou tratamentos médicos. O contexto e os métodos utilizados podem variar, mas, em geral, a solicitação é feita por médicos urologistas ou especialistas em medicina reprodutiva. Endocrinologistas também podem pedir uma avaliação seminal.

É possível fazer a coleta de sêmen em casa com algumas orientações, sobretudo em relação ao tempo limite para entrega do material. Entretanto, o procedimento é feito, normalmente, na própria clínica ou laboratório.

A amostra de sêmen é obtida principalmente por masturbação, estando o paciente acomodado em uma sala privativa, em condições favoráveis para realizar a coleta. Assim, após correta higienização da região peniana, o homem deve colher todo o esperma ejaculado em um frasco estéril, evitando perdas, e entregar o material para as etapas seguintes.

Quando a coleta de sêmen é feita?

A coleta de sêmen é feita em diferentes contextos, vamos abordar cada um deles separadamente para deixar o assunto mais esclarecido.

Avaliação da fertilidade

A principal ferramenta para avaliação da fertilidade masculina é o espermograma. É uma técnica que realiza a análise dos aspectos macro e microscópicos de uma amostra de sêmen, podendo identificar alterações espermáticas que causam infertilidade, como a azoospermia (ausência de espermatozoides no ejaculado).

Para o exame de espermograma, é recomendado ao paciente que mantenha abstinência sexual entre 2 e 5 dias antes da coleta de sêmen. Também é preciso informar sobre o uso recente de medicamentos.

Se os resultados da análise apontarem infertilidade masculina, deve ser realizado pelo menos mais dois espermogramas devido à variabilidade individual ser muito ampla o paciente recebe indicação para outros exames para identificar quais são as causas da alteração, incluindo dosagens hormonais, ultrassonografia da bolsa escrotal e ressonância magnética da pelve.

A coleta de sêmen para o espermograma também é solicitada para avaliar o resultado de procedimentos cirúrgicos, como vasectomia, reversão de vasectomia e correção de varicocele.

Doação de sêmen

As doações de sêmen, óvulos e embriões são possibilidades apresentadas para casais que buscam ajuda para engravidar e que não conseguem, por alguma razão, reproduzir com seus próprios gametas.

Assim, casais com alterações masculinas graves, mulheres que buscam a reprodução independente e casais homoafetivos femininos podem contar com a doação de sêmen para engravidar.

Os homens que decidem doar seu material biológico, então, fazem a coleta de sêmen em clínicas especializadas, após uma minuciosa avaliação de sua saúde que inclui o rastreio de infecções, testes genéticos etc. As amostras coletadas ficam em criopreservação e permanecem em bancos de sêmen ou na própria clínica de reprodução assistida até que sejam escolhidas para uso em algum tratamento.

Tratamentos de reprodução assistida

A coleta de sêmen é um dos procedimentos necessários nas técnicas de reprodução assistida, mas vamos mostrar que há diferenças conforme o tipo de tratamento. Veja!

Inseminação artificial

A inseminação artificial é uma técnica de baixa complexidade. Consiste em introduzir no útero da paciente uma amostra masculina que passou por métodos de preparo seminal, contendo somente espermatozoides que atendem aos parâmetros de qualidade.

É uma técnica indicada para casos simples de infertilidade, como disfunções ovulatórias, endometriose leve, alterações masculinas leves e reprodução de casais homoafetivos femininos.

Pode ser feita a coleta de sêmen do parceiro da paciente, no dia da inseminação, ou utilizamos uma amostra congelada contendo o material de um doador anônimo.

Fertilização in vitro (FIV)

Na FIV, que é uma técnica de alta complexidade, há duas formas de obter os gametas masculinos: a coleta de sêmen pode ser realizada da forma rotineira, por masturbação; ou o homem é submetido a procedimentos de recuperação espermática para que os espermatozoides sejam coletados diretamente dos testículos ou epidídimos.

A recuperação dos espermatozoides dos epidídimos (PESA e MESA) e dos túbulos seminíferos, nos testículos (TESE e Micro-TESE) é indicada, especificamente, para pacientes com azoospermia, visto que, nessa condição, os gametas não são encontrados no líquido seminal.

Na etapa seguinte da FIV — seja com a coleta de sêmen convencional, seja com recuperação espermática por punção ou microcirurgia —, os espermatozoides obtidos são utilizados para fertilizar os óvulos em laboratório. Depois disso, os embriões são monitorados por 2 a 5 dias em incubadora, os que apresentam potencial de implantação são transferidos para o útero.

Visite, agora, nosso texto sobre fertilização in vitro para compreender o passo a passo da técnica!