O exame de ultrassonografia ou ecografia é importante em várias especialidades médicas e pode revelar doenças em diferentes partes do corpo. Um dos objetivos específicos desse exame na área de ginecologia e reprodução humana é a contagem dos folículos antrais.
A ultrassonografia pélvica, de modo geral, é um dos exames mais solicitados para avaliar a saúde da mulher, sendo amplamente utilizada para observar o útero, os ovários e outras estruturas da pelve e, dessa forma, diagnosticar alterações ginecológicas que causam infertilidade feminina.
Neste artigo, vamos falar sobre avaliação da reserva ovariana e sobre como interpretar os resultados da ultrassonografia para contagem de folículos antrais. Acompanhe e fique por dentro dessas informações!
Importância da ultrassonografia na investigação da infertilidade
A infertilidade pode ter diversas causas, tanto femininas quanto masculinas, e a ultrassonografia transvaginal é um dos primeiros exames indicados para investigar a saúde reprodutiva da mulher.
Além de avaliar os órgãos reprodutores à procura de anormalidades anatômicas — como mioma uterino,pólipos, cistos ovarianos, focos de endometriose, entre outras — o exame possibilita a contagem dos folículos antrais, estruturas que abrigam os óvulos e que indicam o estado da reserva ovariana.
A ultrassonografia para contagem dos folículos antrais é um método confiável para avaliar a reserva ovariana, pois revela a quantidade de folículos disponíveis nos ovários que já iniciaram seu desenvolvimento e podem liberar um óvulo maduro.
Essa avaliação é útil tanto para mulheres que já estão tentando engravidar, seja de forma natural ou por meio da reprodução assistida, quanto para aquelas que querem fazer um planejamento reprodutivo e congelar seus óvulos para uso futuro.
Quando a ultrassonografia para contagem de folículos antrais é solicitada
A ultrassonografia para contagem de folículos antrais é geralmente realizada no início do ciclo menstrual, entre o 2º e o 5º dia do ciclo, pois nesse período os folículos ainda estão em fase inicial de desenvolvimento, permitindo uma análise mais precisa. Entretanto, é possível realizar o exame em qualquer época do ciclo, o que é importante em casos de emergências, por exemplo, como pacientes que serão submetidas à cirurgia ou tratamento oncológico.
Esse exame pode ser solicitado nos seguintes casos:
Como interpretar os possíveis resultados do exame
O número encontrado a partir da ultrassonografia para contagem dos folículos antrais pode indicar se a mulher tem uma boa reserva ovariana ou se há sinais de diminuição da quantidade de óvulos.
Os resultados podem ser interpretados da seguinte forma:
A ultrassonografia para contagem de folículos antrais é ainda mais precisa quando associada à dosagem do hormônio antimülleriano (AMH), que é produzido pelos folículos ovarianos em desenvolvimento.
Valores reduzidos de AMH, combinados com uma baixa contagem de folículos antrais, indicam uma reserva ovariana diminuída. A idade da mulher é um fator associado à redução da reserva, não apenas em relação à quantidade de óvulos, mas também à queda da qualidade oocitária. O envelhecimento dos ovários aumenta o risco de liberar óvulos que formam embriões frágeis e com alterações cromossômicas.
Além do avanço da idade, a redução da reserva ovariana pode ser acelerada por doenças autoimunes, síndromes genéticas, tratamento oncológico, cirurgia no ovário, tabagismo, entre outros fatores.
Avaliação da reserva ovariana e estimulação ovariana
A ultrassonografia para contagem de folículos antrais e a dosagem do hormônio antimülleriano também orientam a escolha do protocolo de estimulação ovariana, etapa essencial nos tratamentos de reprodução assistida, sobretudo na fertilização in vitro (FIV).
A estimulação ovariana é uma técnica realizada com medicações hormonais que fazem os ovários desenvolverem vários folículos (os que já seriam naturalmente descartados) no mesmo ciclo menstrual. Na FIV, essa técnica é feita com o objetivo de coletar o maior número possível de óvulos maduros e viáveis para a fertilização.
Mulheres com baixa reserva ou má resposta ao estímulo hormonal podem precisar de protocolos específicos de estimulação ovariana, como o TetraStim, ou de doses mais elevadas de hormônios para estimular o crescimento folicular. Por sua vez, as mulheres com reserva ovariana alta podem necessitar de um estímulo mais controlado para evitar a síndrome do hiperestímulo ovariano (SHO).
A ultrassonografia tem importante papel na investigação da fertilidade feminina e na avaliação da reserva ovariana. O exame também é útil para auxiliar no planejamento reprodutivo, oferecendo mais tempo para quem prefere congelar os óvulos e adiar a maternidade.
O acompanhamento médico especializado e individualizado é o caminho certo para o casal receber as indicações dos exames apropriados, incluindo a ultrassonografia para contagem de folículos antrais e outras técnicas diagnósticas que direcionam uma intervenção efetiva para quem deseja ter filhos, agora ou futuramente.
Siga este link para o texto institucional sobre ultrassonografia pélvica e veja quais diagnósticos podem ser feitos com esse exame!