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Como ocorre o desenvolvimento embrionário?

Por Equipe Origen

Publicado em 24/03/2021

O desenvolvimento embrionário é um processo complexo e que passa por várias fases antes que o embrião esteja implantado no útero. Para que isso seja possível, homem e mulher precisam estar em condições adequadas de fertilidade, a começar pela produção de gametas.

No homem, os espermatozoides são produzidos nos testículos, sob influência de hormônios sexuais, sobretudo a testosterona. Na mulher, os ovários são os órgãos responsáveis por armazenar e amadurecer os óvulos. Uma vez por mês, em ciclos menstruais regulares, um óvulo se desenvolve e atinge a maturação ideal para ser liberado — é o momento da ovulação.

Se durante o período fértil, o casal praticar relações sexuais sem métodos de contracepção, os espermatozoides são liberados no sistema reprodutor feminino e ascendem até às tubas uterinas, onde o óvulo estará à espera para ser fertilizado. Da união entre os dois gametas, forma-se o zigoto, célula única que marca o início do desenvolvimento embrionário.

Leia este post na íntegra para conferir quais são as sequências desse processo e compreender como o embrião se desenvolve!

Quais são as etapas do desenvolvimento embrionário?

A fecundação é o marco inicial do desenvolvimento embrionário. No momento exato em que o espermatozoide se une ao óvulo, a soma dos cromossomos maternos e paternos dá origem a um embrião unicelular. O processo completo da fertilização dura em torno de 24 horas e envolve uma sequência de etapas.

Primeiramente, o espermatozoide penetra a zona pelúcida — membrana que protege o óvulo. Depois disso, tal zona de proteção torna-se impermeável para outros gametas. Nas fases seguintes, ocorre a fusão das membranas plasmáticas de ambas as células sexuais e a formação dos pronúcleos feminino e masculino.

Os pronúcleos ainda não têm morfologia distinguível, mas conseguem replicar seu DNA. Assim, o zigoto recém-formado tem uma estrutura genética única, com uma nova combinação cromossômica que mistura a genética do pai e da mãe. Depois de concluído o processo de fertilização, o zigoto inicia a etapa das clivagens (divisões celulares), enquanto se desloca pela tuba uterina em direção à cavidade do útero.

Nessa fase, o desenvolvimento embrionário passa por sucessivas clivagens, começando pela divisão do zigoto em duas células chamadas blastômeros, as quais se dividem em 4, depois em 8 e assim por diante. No quinto dia após a fecundação, já em estágio de blastocisto, o embrião apresenta mais de 100 células e está pronto para se implantar na parede uterina.

Todo esse percurso de desenvolvimento embrionário ocorre igualmente na concepção natural e na reprodução assistida. A única diferença é o ambiente em que o embrião se desenvolve — nos tratamentos com fertilização in vitro (FIV), os embriões são mantidos em incubadoras que simulam as condições do sistema reprodutor feminino, propiciando seu desenvolvimento adequado.

O que acontece depois da implantação?

Com a implantação no útero, o desenvolvimento embrionário continua. Vale retomar o momento da ovulação para explicar que o folículo ovariano, estrutura que se rompeu para liberar o óvulo, se transforma em corpo lúteo. Sua função é secretar estrogênio e progesterona para manter o endométrio, tecido interno do útero, em condições adequadas para iniciar a gravidez.

À medida que o blastocisto se aprofunda no endométrio, tecidos maternos e embrionários participam da formação da placenta. Esse órgão, depois de completamente formado, assume a função do corpo lúteo e passa a fazer a controle hormonal da gestação, secretando progesterona, gonadotrofina coriônica, lactogênio, entre outras substâncias.

Além da função hormonal, a placenta participa dos processos nutricional, respiratório, excretor e imunitário na gestação, garantindo o desenvolvimento completo do bebê.

Como é o desenvolvimento embrionário na reprodução assistida?

Na reprodução assistida, existem diferentes técnicas para contornar os problemas de infertilidade feminina e masculina e obter uma gestação. Nos tratamentos de baixa complexidade — relação sexual programada (RSP) e inseminação intrauterina (IIU) — tanto a fecundação quanto o desenvolvimento embrionário ocorrem in vivo, isto é, no corpo da paciente.

Na FIV, uma técnica mais complexa, todas as etapas da concepção são realizadas em laboratório.

Apesar do minucioso controle do processo reprodutivo, o desenvolvimento embrionário na FIV ocorre da mesma forma que na reprodução natural — embora em ambiente extrauterino —, o que difere são as etapas anteriores:

  • primeiramente, a mulher é submetida à estimulação ovariana para ter um número maior de óvulos maduros;
  • depois, os óvulos são aspirados e analisados por um embriologista;
  • o material biológico masculino é coletado e passa por métodos de preparo seminal;
  • os óvulos são fertilizados e mantidos em ambiente favorável para o desenvolvimento embrionário.

No dia seguinte à etapa da fertilização, é possível verificar quantos zigotos se formaram. Os embriões são monitorados por um embriologista enquanto se desenvolvem.

Conforme individualização do tratamento, a transferência dos embriões para o útero da paciente pode acontecer com 2 ou 3 dias de clivagens ou em estágio de blastocisto. Depois disso, o desenvolvimento embrionário continua em ambiente intrauterino.

Confira também nosso texto exclusivo sobre fertilização in vitro e compreenda como a técnica é realizada!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.