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Congelamento de óvulos por vitrificação

Por Equipe Origen

Publicado em 14/11/2022

Congelamento de óvulos e vitrificação são técnicas realizadas na reprodução assistida. O objetivo, com isso, é preservar a fertilidade da mulher que não pode, por razões médicas, ou não pretende engravidar por enquanto. Dessa forma, ela pode adiar a maternidade por quantos anos precisar.

Futuramente, quando decidir que é o momento certo para ter um filho, a mulher pode retomar o tratamento na reprodução assistida, descongelar seus óvulos e engravidar com a técnica de fertilização in vitro (FIV).

Os óvulos são os gametas, ou seja, as células reprodutivas femininas. É preciso que um óvulo seja fertilizado por um espermatozoide, gameta masculino, para dar origem ao embrião, o que representa o início de uma nova vida. Portanto, são células fundamentais para a fertilidade.

Várias condições podem afetar a quantidade ou a qualidade dos óvulos, prejudicando também as chances de gravidez. A principal dessas condições é a idade da mulher. Em torno dos 40 anos, o número de óvulos disponíveis para a ovulação já está muito baixo. Além disso, o envelhecimento natural do organismo afeta a qualidade das células. Por essas razões, engravidar naturalmente se torna um desafio.

Continue sua leitura para compreender o que é congelamento de óvulos por vitrificação e quando esse procedimento é indicado!

O que é vitrificação?

Vitrificação é uma técnica de criopreservação, que, por sua vez, é a técnica utilizada para congelar materiais biológicos, preservando a vitalidade e a qualidade das células. Graças aos avanços da ciência e da medicina reprodutiva, hoje, é possível criopreservar óvulos, espermatozoides, embriões e tecidos das gônadas (ovários e testículos).

Nos tratamentos atuais, a vitrificação é a técnica mais utilizada, mas também existe outra forma de criopreservação, o congelamento lento. Na vitrificação, o congelamento é ultrarrápido, fazendo com que os materiais passem rapidamente para o estado vítreo. Para isso, utiliza-se uma grande quantidade de substâncias crioprotetoras, que evitam a formação de cristais de gelo dentro das células e, assim, preservam a qualidade celular.

Como é feito o congelamento de óvulos por vitrificação?

A mulher precisa passar pela estimulação ovariana para fazer o congelamento de óvulos por vitrificação. Antes disso, ainda, são feitos exames para avaliar a reserva ovariana — conceito que se refere à quantidade de óvulos guardados nos ovários.

A avaliação da reserva ovariana é realizada com dosagens hormonais e ultrassonografia pélvica. Os resultados desses exames norteiam o protocolo de estimulação ovariana. Essa técnica é feita com medicações hormonais, tendo por objetivo promover o amadurecimento de muitos óvulos no mesmo ciclo.

Os óvulos são retirados dos ovários antes da ovulação, por meio do procedimento de aspiração folicular. Em seguida, o material é examinado, os óvulos são identificados no líquido folicular e coletados.

Após serem devidamente avaliados por um embriologista, os óvulos passam pelo processo de vitrificação e são colocados em tanques de nitrogênio líquido que ficam com temperaturas baixíssimas, chegando a -196°.

As células podem permanecer por vários anos em criopreservação. Quando a mulher decide retomar o tratamento para engravidar, é feito o descongelamento dos óvulos para a fertilização. A concentração de crioprotetores é reduzida gradualmente, em um processo inverso ao da vitrificação.

Assim que completamente descongelados, os óvulos são fertilizados em laboratório. Depois de um período de cultivo embrionário, os embriões são transferidos para o útero. As chances de gravidez são semelhantes às dos casos de FIV que não necessitam de criopreservação, isto é, com gametas e embriões a fresco.

Quando esse procedimento é indicado?

O congelamento de óvulos por vitrificação é indicado para mulheres que precisam ou querem postergar a gravidez. Como dissemos, o avanço da idade é um fator importante de infertilidade feminina.

O baixo número de óvulos reduz ou mesmo anula as chances de concepção espontânea. Além disso, a baixa qualidade das células, causada pelo envelhecimento, pode levar a falhas de implantação e aborto ou até acarretar síndromes cromossômicas na criança.

Diante dessas possíveis implicações, a mulher que pretende adiar a maternidade para depois dos 35 anos tem a opção de buscar a reprodução assistida para congelar seus óvulos. Em caso de escolha pessoal, chamamos de preservação social da fertilidade.

A maternidade tardia tem sido cada vez mais comum. São vários os motivos que levam uma mulher a deixar seus planos de gravidez para mais tarde, como:

  • consolidação da carreira profissional;
  • busca por estabilidade financeira para ter filhos em uma situação econômica favorável;
  • projetos pessoais, como viagens ou mesmo vida social ativa;
  • falta de um parceiro(a) ou falta de estabilidade no relacionamento conjugal.

O congelamento de óvulos por vitrificação também é indicado para mulheres que precisam fazer tratamento de câncer com quimioterapia e radioterapia — preservação oncológica da fertilidade. A indicação para criopreservar os óvulos abrange ainda as mulheres que necessitam de cirurgias nos ovários, como nos casos de endometrioma (endometriose ovariana).

Gostaria de mais informações a respeito dos métodos de congelamento de gametas e embriões? Confira agora nosso texto sobre criopreservação!