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Corrimento marrom: é normal?

Por Equipe Origen

Publicado em 28/12/2022

A mulher pode apresentar muitos tipos de secreção vaginal, desde a lubrificação mais intensa do período fértil até fluídos purulentos que sejam indício de alguma doença ginecológica infecciosa. Sendo assim, ao notar um corrimento marrom pode surgir a seguinte dúvida: “será que isso é normal ou devo procurar um médico?”.

As causas do corrimento vaginal são várias, assim como os aspectos. Como desconhecem as características clínicas dessa manifestação, as mulheres podem confundir os tipos de secreção, ficando preocupadas quando não é nada grave ou, pelo contrário, deixando passar sem avaliação diagnóstica quando se trata de um sintoma patológico.

Neste post, vamos esclarecer suas dúvidas a respeito do corrimento marrom, mostrando o que pode indicar, quando é sinal de doença e o que fazer nesses casos.

Leia e entenda!

O que é corrimento e como diferenciar do muco cervical?

Corrimento é um líquido mais espesso, que não é sangue nem urina, eliminado em pouca quantidade pela vagina. É uma causa comum de consultas ao ginecologista, principalmente entre as mulheres em idade fértil.

Há dois tipos de corrimento: fisiológico e patológico. A secreção de origem fisiológica resulta da eliminação do muco cervical e da descamação de tecidos internos que revestem os órgãos do trato reprodutivo.

O muco cervical normal é diferente do corrimento, é um fluído esbranquiçado que muda de espessura ao longo do ciclo menstrual, adquirindo um aspecto mais maleável, semelhante à clara de ovo, durante o período fértil para facilitar a entrada dos espermatozoides.

O corrimento patológico apresenta-se principalmente amarelado, mas também pode ser marrom-claro ou escuro. As causas são diversas, com frequência associadas às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), e podem provocar outros sintomas, como secreção com mau-odor, coceira, dor na relação sexual, dor e ardência para urinar.

Por que a mulher pode ter um corrimento marrom?

O corrimento marrom é a secreção vaginal que traz, misturada aos fluídos fisiológicos, uma pequena quantidade de sangue coagulado, o que justifica essa coloração. Pode aparecer antes da menstruação ou no fim do período menstrual, no início da gravidez ou quando há processos patológicos no aparelho genital.

Portanto, respondendo à pergunta central deste texto, o corrimento marrom é normal em algumas situações, mas também pode ser indício de doenças ginecológicas. Então, para deixar mais claro, vamos falar sobre cada situação separadamente.

Corrimento marrom antes ou depois da menstruação

Marcando o início do período menstrual, é comum a presença de uma secreção escura antes do sangramento mais forte. Isso ocorre porque o sangue eliminado na menstruação resulta da descamação do tecido endometrial, que reveste o útero por dentro. Esse material pode não ser 100% expelido, deixando resquícios que saem como um corrimento marrom no início do próximo fluxo menstrual.

No final do período, também é comum aquela menstruação semelhante à borra de café. O líquido adquire essa coloração amarronzada devido ao processo de oxidação do sangue, por ter ficado retido no útero. Também é comum, nas fases pré ou pós-menstrual, que o corrimento marrom apareça após o contato íntimo.

Corrimento marrom no início da gravidez

Muitas mulheres questionam se o corrimento marrom pode ser sinal de gravidez. Em alguns casos, sim, mas é preciso observar bem os aspectos, bem como a presença de outros sintomas antes de acreditar que está grávida.

Quando isso acontece, é sinal de que houve a nidação, isto é, a implantação do embrião no endométrio. Esse fenômeno provoca uma leve descamação do tecido endometrial para que o embrião consiga aderir firmemente e penetrar na camada intrauterina. Normalmente, é sinalizado por um corrimento rosado ou marrom-claro e pode aparecer por até 3 dias, mas em quantidade muito inferior ao fluxo menstrual.

Corrimento marrom como sintoma de doenças

O corrimento marrom ou amarelado não é normal quando persiste por muitos dias ou surge acompanhado de outras sintomas, como mau cheiro, dor no baixo ventre, dor pélvica e outros que já mencionamos. Essas manifestações podem significar que existe algum processo inflamatório ou infeccioso em curso, como:

  • infecção por clamídia, gonorreia, herpes ou outra IST;
  • candidíase vulvovaginal;
  • vaginose bacteriana;
  • vaginite atrófica.

Quando o corrimento marrom é mais escuro, provavelmente tem sangue coagulado em sua composição, o que pode ser indício de feridas que sangram — estando localizadas nas paredes vaginais, no colo do útero, na parede uterina ou até nas tubas. Gravidez ectópica, doenças ovarianas, câncer, presença de corpo estranho e outras lesões e traumas nos órgãos pélvicos também podem ocasionar secreção patológica.

O que fazer ao notar a presença de corrimento marrom?

Seja por constrangimento, seja por medo de confirmar alguma doença, muitas mulheres postergam a ida ao médico e preferem, primeiramente, recorrer à automedicação. No entanto, a conduta mais apropriada diante da presença de um corrimento marrom persistente é observar os outros sintomas presentes e procurar avaliação diagnóstica, visto que as causas são várias.

Inclusive, muitas doenças que causam secreção genital, se não tratadas, podem comprometer os órgãos reprodutores e provocar infertilidade feminina. Nesses casos, além do tratamento médico convencional — medicamentoso ou cirúrgico —, a reprodução assistida pode ser necessária para quem deseja engravidar.

Por exemplo, um dos principais problemas relacionados a infecções genitais e corrimento marrom é a doença inflamatória pélvica (DIP), que pode deixar a mulher infértil por fator uterino e tubário. A técnica indicada para pacientes com essas condições de infertilidade é a fertilização in vitro (FIV).

Aproveite e leia agora o texto sobre fertilização in vitro para entender como essa técnica é realizada!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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