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Endometriose: a partir de que idade a mulher pode desenvolver a doença?

Por Equipe Origen

Publicado em 04/10/2024

A endometriose é uma doença ginecológica benigna, mas que pode comprometer o bem-estar e a qualidade de vida da mulher devido aos sintomas dolorosos que causa, além do risco aumentado para infertilidade.

Uma dúvida comum acerca dessa doença e que requer explicações é a idade da portadora: a partir de quantos anos a endometriose pode surgir? Vamos esclarecer essa questão no decorrer do post, assim como vamos apresentar outras importantes informações.

Independentemente da idade, meninas e mulheres precisam estar atentas aos sinais e sintomas de alterações ginecológicas para procurar avaliação médica sem demora. O diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais para evitar o agravamento da endometriose.

Faça uma leitura atenta e conheça melhor essa doença!

O que é endometriose?

Endometriose é uma doença relacionada ao endométrio, que é o tecido que reveste o útero por dentro. Nessa patologia, fragmentos de tecido endometrial se implantam fora da cavidade uterina, causando lesões e processos inflamatórios.

As lesões endometrióticas são encontradas principalmente na região pélvica. Entre os locais afetados com mais frequência, estão: peritônio, tubas uterinas, ovários, ligamentos que sustentam o útero, intestino e bexiga.

A endometriose é considerada uma condição crônica, inflamatória e hormônio-dependente. O hormônio estrogênio, responsável por estimular a proliferação das células do endométrio, está diretamente envolvido na fisiopatologia da doença.

Dependendo das características morfológicas, a endometriose pode ser classificada como:

  • peritoneal/superficial — com lesões espalhadas sobre a membrana peritoneal, que recobre os órgãos da pelve e do abdome;
  • cisto endometriótico ovariano/endometrioma — com fragmentos de tecido endometriótico que se acumulam em um ou em ambos os ovários, originando um cisto;
  • endometriose profunda — com lesões que penetram nos órgãos, causando distorção anatômica e formação de aderências (faixas de tecido cicatricial).

As apresentações clínicas são variáveis. Quando presentes, os sintomas mais comuns de endometriose incluem: cólicas menstruais, dor pélvica, dor na relação sexual, problemas urinários e intestinais no período menstrual e dificuldade para engravidar.

Endometriose, menstruação e menarca: qual é a relação?

Os sintomas da endometriose se intensificam durante o período menstrual, e há explicações para isso. O mesmo efeito que o estrogênio tem sobre o endométrio que está dentro do útero ocorre no tecido endometriótico implantado em outros órgãos. Assim, as células endometriais se proliferam em determinado momento do mês e, depois, passam por um processo de descamação que resulta em sangramento.

A menstruação é resultado da descamação do endométrio. O tecido se renova ciclo após ciclo menstrual para ficar na espessura ideal e em condições receptivas para que um possível embrião consiga se implantar, se houver fecundação.

Dentro do útero, parte do endométrio descama e é eliminada do corpo feminino no período menstrual. Fora da cavidade uterina, a atividade cíclica que ocorre no tecido endometriótico implantado mantém a inflamação nos locais lesionados.

Como a doença está diretamente relacionada à menstruação, os sintomas de endometriose podem surgir a partir da puberdade, quando a menina começa a menstruar. Não há uma idade específica para isso, a menarca (primeira menstruação) acontece, normalmente, entre os 10 e 14 anos. 

No entanto, a doença pode levar muitos anos para ser diagnosticada. Dificilmente, esse diagnóstico é feito ainda na adolescência. Percebe-se, nas jovens acometidas, uma progressão dos sintomas e a resposta insatisfatória ao uso de medicação para tratar as cólicas.

Geralmente, é na vida adulta, depois de muitos anos convivendo com as dores, que a mulher descobre que tem endometriose. O diagnóstico também pode ser fechado durante a investigação da infertilidade.

Em resumo, trata-se de uma doença rara antes da menarca, uma vez que depende da ação do estrogênio, que é um hormônio reprodutivo. Da mesma forma, a endometriose tende a diminuir após a menopausa, quando os ovários sofrem falência, interrompendo a produção hormonal e os ciclos menstruais.

Qual é a importância de investigar a doença precocemente?

Ter atenção aos sintomas desde jovem é importante para chegar mais rapidamente ao diagnóstico da endometriose. A falta de conhecimento acerca da doença e a ideia equivocada de que é normal ter dores no período menstrual atrasam a busca por avaliação médica.

Como vimos, essa doença pode surgir muito cedo e deve ser investigada. Diagnosticar a endometriose precocemente é importante para melhorar a qualidade de vida e evitar as possíveis complicações da doença, inclusive a infertilidade.

A dificuldade de engravidar pode não representar uma preocupação para as portadoras mais jovens. Contudo, no futuro, isso pode repercutir de forma negativa. 

As pacientes adultas que descobrem a infertilidade podem aumentar suas chances de engravidar com técnicas de reprodução assistida. Coito programado e inseminação artificial são técnicas de baixa complexidade, que podem ser indicadas em associação com estimulação ovariana e indução da ovulação para pacientes em estágios mais brandos da endometriose.

As mulheres que desenvolvem a doença de forma mais grave, chegando a ter endometrioma e distorção ou obstrução das tubas uterinas, encontram chances com a fertilização in vitro (FIV). Inclusive, para as pacientes que precisam realizar cirurgia para retirar cisto de endometriose do ovário, é fortemente indicado congelar óvulos ou embriões antes do procedimento cirúrgico como forma de preservação da fertilidade.

Conheça um pouco mais com a leitura de outro texto sobre endometriose!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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