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Endometrite: como é feito o tratamento

Por Equipe Origen

Publicado em 10/07/2020

O endométrio é a camada que reveste a parte interna do útero — exatamente o local onde ocorre a implantação do embrião, no início da gestação, sendo uma parcela fundamental do sistema reprodutor feminino.  

Mas algumas doenças, como a endometrite, podem alterar as características do tecido endometrial, prejudicando sua função.

Para saber mais sobre a endometrite, acompanhe este post. Ao longo da leitura, apresentaremos quais são as causas e sintomas do quadro, assim como as formas de diagnóstico e tratamento. Confira!

A endometrite e suas causas

A endometrite se desenvolve como uma inflamação no tecido endometrial, podendo estar associada a sinais e sintomas ou acontecer de modo assintomático. A contaminação por agentes causadores de clamídia, gonorreia e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) está entre as principais causas desse processo inflamatório.

Além disso, a endometrite também pode surgir a partir da proliferação das próprias bactérias presentes na vagina ou no trato intestinal. O quadro ainda pode decorrer de lesões no endométrio, causadas por intervenções como colocação de dispositivo intrauterino (DIU), parto, abortamento e curetagem, operação cesariana e outras cirurgias no útero.

Há, ainda, outras condições de saúde que se apresentam como fatores de risco e podem favorecer o desenvolvimento da endometrite, a exemplo das doenças circulatórias e problemas crônicos como diabetes mellitus e obesidade.

Não há estudos conclusivos para apresentar a prevalência exata da endometrite. Isso porque boa parte das mulheres acometidas pela enfermidade não detecta os sinais e ignora a necessidade de ajuda médica. Mas podemos adiantar que os casos são expressivos entre as pacientes que buscam acompanhamento para investigar as causas da infertilidade.

Os sintomas da doença

A endometrite pode ser identificada a partir de sintomas como dor na região pélvica que podem ocorrer durante as relações sexuais, bem como sangramento uterino anormal. Entretanto, essa sintomatologia é comum em diferentes patologias que afetam o sistema reprodutor feminino.

Outros sintomas próprios dos quadros de endometrite são sensação de peso abaixo do abdômen, distensão abdominal, dor na área retal e possíveis alterações intestinais, como constipação e dor para evacuar. Contudo, os indícios que mais podem chamar a atenção da mulher para um quadro infeccioso são corrimento vaginal amarelado e com odor forte e episódios de febre.

Os sintomas da endometrite, por si só, já representam um incômodo. Mas o problema ainda pode ter consequências como a infertilidade, uma vez que altera a receptividade endometrial, provocando falhas de implantação embrionária e abortamentos.

Outra séria condição associada ao tratamento inefetivo da endometrite é a doença inflamatória pélvica (DIP), que, além da inflamação no endométrio, também afeta as tubas uterinas (salpingite) e os ovários (ooforite). Nos casos mais avançados, pode haver hidrossalpinge — acúmulo de líquido nas tubas — com consequente dilatação tubária e infertilidade.

A investigação diagnóstica e o tratamento

Os casos assintomáticos demoram a obter diagnóstico e a mulher pode tomar conhecimento da doença somente durante a investigação da infertilidade.

A histeroscopia é o mais importante procedimento realizado, visto que permite a visão direta do endométrio e a coleta de amostra do tecido endometrial para análise laboratorial.

Com essa técnica, uma amostra das células endometriais é analisada, com a finalidade de rastrear os agentes patógenos que desencadearam a endometrite. Ao identificar o causador específico da doença, o especialista prescreve o medicamento mais eficaz para combater a ação patogênica.

Apesar das sérias consequências que a inflamação pode trazer, o quadro é simples de ser tratado, dependendo apenas da administração de antibióticos e anti-inflamatórios.

A endometrite nos tratamentos de reprodução assistida

Mesmo sem desconfiar de um quadro de endometrite, a mulher que inicia o acompanhamento na reprodução assistida passa por todos os exames necessários, antes de iniciar alguma técnica para engravidar. Nesse percurso, se a inflamação endometrial for identificada, é necessário propor uma intervenção medicamentosa eficaz como primeiro plano de conduta terapêutica.

É imprescindível curar a endometrite — mesmo antes da FIV, que é uma técnica indicada até para fatores graves de infertilidade. Isso porque, como já foi dito, a inflamação pode alterar a espessura endometrial e dificultar a fixação do embrião, prejudicando, portanto, o tratamento de reprodução assistida.

A investigação da endometrite passou a fazer parte da avaliação diagnóstica que antecede os processos de FIV, visto que se trata de uma condição comumente associada à infertilidade feminina por falhas de implantação.

Agora que você já compreendeu o que é endometrite, leia também nosso texto sobre fertilização in vitro para entender o passo a passo da técnica.

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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