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Espermograma: como é feito?

Por Equipe Origen

Publicado em 20/05/2022

Quando um casal percebe que é infértil — isto é, após pelo menos um ano de tentativas sem resultados positivos —, é importante buscar avaliação médica para descobrir quais são os fatores, femininos ou masculinos, que dificultam a gravidez. Diante disso, o espermograma é indicado como principal ferramenta para avaliar a fertilidade do homem.

O sistema reprodutor masculino pode ser afetado por várias doenças e condições não patológicas. De modo geral, as causas de infertilidade masculina incluem infecções genitais, varicocele, vasectomia, problemas congênitos, disfunções sexuais e ejaculatórias, alterações genéticas e imunológicas.

Algumas dessas condições são sintomáticas, outras não. Assim, algumas alterações nos órgãos sexuais ou mesmo no líquido seminal são identificadas pelo próprio homem, enquanto outras são observadas somente com o espermograma.

Aprofunde suas informações sobre espermograma e infertilidade masculina com a leitura deste post!

O que é espermograma?

O espermograma é um exame que avalia as características macroscópicas e microscópicas do sêmen. O exame é principalmente solicitado durante a avaliação do casal infértil, mas também é realizado para acompanhar o resultado de procedimentos como vasectomia, reversão de vasectomia e correção de varicocele.

Vale relembrar que o sêmen é o fluído que o homem libera com a ejaculação. Esse líquido é composto por secreções da próstata, das vesículas seminais e das glândulas bulbouretrais e, em condições normais, também contém milhões de espermatozoides.

Para fazer o exame, o paciente coleta a amostra de esperma por meio da masturbação, normalmente realizada na própria clínica de análises. Se houver alterações no resultado, o exame deve ser repetido após um intervalo de 2 ou 3 meses, pois existem variações muito amplas de um exame para outro.

Em relação aos aspectos físicos (macroscópicos) do sêmen, o espermograma avalia o volume de líquido ejaculado, a coloração do esperma, a viscosidade, o pH e o tempo de liquefação.

Quanto aos aspectos microscópicos, que se referem aos espermatozoides propriamente, é avaliada a concentração de gametas em uma amostra seminal (por ml e no total da amostra), a vitalidade, a motilidade e a morfologia das células reprodutivas.

Antes do exame, o paciente é orientado a manter abstinência por pelo menos 2 dias — o que significa evitar tanto as relações sexuais quanto outras formas de estimulação que levem à ejaculação.

O espermograma é de suma importância para avaliar a fertilidade masculina, pois pode revelar alterações seminais que impedem o homem de engravidar sua parceira. A avaliação é baseada nos parâmetros de normalidade do sêmen, de acordo com o que é estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Quando anormalidades seminais são detectadas pelo espermograma, outros exames são indicados para investigar as causas de tais alterações, como ultrassonografia da bolsa escrotal, dosagens hormonais e testes genéticos.

Quais são as alterações reveladas pelo espermograma?

O espermograma não é um exame diagnóstico, ou seja, não revela doenças no sistema reprodutor masculino, mas analisa as características do sêmen, assim como a quantidade e a qualidade dos espermatozoides.

Há uma longa lista de alterações seminais, mas vamos apresentar aqui aquelas que estão mais associadas à infertilidade masculina. São elas:

  • azoospermia — ausência de espermatozoides no sêmen;
  • oligozoospermia — baixa quantidade de espermatozoides;
  • aspermia — ausência de sêmen;
  • astenozoospermia — baixo número de gametas com motilidade progressiva;
  • teratozoospermia — alto percentual de espermatozoides com morfologia anormal;
  • necrozoospermia — baixa quantidade de gametas vivos.

A azoospermia é a alteração que consideramos mais grave. Nessa condição, o homem apresenta um volume normal de sêmen, mas não são encontrados espermatozoides no líquido ejaculado. Dessa forma, não há chances de que o homem engravide sua parceira por relação sexual, visto que a concepção depende da fusão do espermatozoide com o óvulo.

O que fazer em caso de infertilidade masculina?

Na investigação da infertilidade de um casal, há vários exames que precisam ser realizados para pesquisar alterações no sistema reprodutor, tanto do homem quanto da mulher. De acordo com os resultados, é necessário avaliar as possibilidades de tratamento das condições associadas.

Algumas doenças podem ser tratadas diretamente, levando à recuperação da fertilidade masculina, mas nem sempre isso é tão simples. A normalização dos parâmetros seminais pode demorar após o tratamento das condições de base.

É preciso, ainda, levar em conta os aspectos da fertilidade da parceira do paciente. Por exemplo, se a mulher tiver mais que 35 anos ou outras disfunções reprodutivas, é mais promissor partir para um tratamento de reprodução assistida.

Em situações de infertilidade conjugal que envolvem fatores masculinos graves, sobretudo azoospermia, a fertilização in vitro (FIV) é a principal indicação. Nesses casos, são realizados procedimentos de recuperação espermática para coletar os gametas nos testículos ou epidídimos do paciente e a FIV é realizada com injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI).

Vemos, então, que o espermograma é uma ferramenta fundamental na avaliação da fertilidade masculina. A partir dos resultados dessa análise, o paciente é orientado a realizar outros exames para averiguar as causas das alterações seminais e seguir para o tratamento adequado.

Para mais informações a respeito dos aspectos avaliados, leia agora nosso texto institucional sobre espermograma!