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Fecundação na FIV: ICSI ou clássica

Por Equipe Origen

Publicado em 01/07/2021

A medicina reprodutiva está em constante evolução para solucionar problemas que dificultam a gravidez. Por isso, as suas técnicas e procedimentos estão em constante evolução. Um exemplo disso é a fertilização in vitro (FIV), que possui dois métodos de fecundação: a clássica e a por ICSI.

Ela é a técnica de reprodução assistida mais moderna atualmente, sendo a única realizada em laboratório. Nela, a fecundação é realizada após a coleta dos gametas femininos (óvulos) e masculinos (espermatozoides).

Para nos aprofundarmos neste tema, este artigo vai focar em uma etapa específica da FIV: a fecundação. Vamos mostrar como é realizada a técnica clássica e a por ICSI, e ainda, compará-las. Por isso, se você quer saber qual é a mais vantajosa, continue lendo!

O que é a FIV clássica?

As primeiras etapas da FIV, seja pelo método clássico, seja por ICSI, são iguais. A paciente passa por um tratamento de estimulação ovariana para desenvolver um número maior de óvulos.

Em seguida, os gametas do casal são coletados para que a fecundação aconteça no laboratório. A amostra do homem também passa por um preparo seminal para que sejam utilizados apenas os gametas de maior qualidade.

Os espermatozoides e os óvulos são colocados juntos em uma placa de Petri para que a fecundação aconteça naturalmente, de forma parecida com o que ocorre em uma gestação natural.

O recipiente é colocado em uma incubadora que permite controlar com precisão o nível de oxigênio, temperatura e gás carbônico. Assim, quanto mais próxima das condições naturais, melhor. Para a fecundação, os espermatozoides precisam atravessar a membrana que envolve o óvulo, chamada de zona pelúcida.

No dia seguinte, a equipe verifica quantos óvulos foram fecundados no processo. Os embriões formados ficam em observação (etapa chamada de desenvolvimento embrionário) e, após 2 a 5 dias, eles são transferidos para o útero materno.

Apesar dos avanços atingidos pela FIV clássica, alguns fatores ainda dificultavam a fecundação. Em especial, havia uma dificuldade maior em relação aos casos que apresentavam alterações na morfologia (forma) ou na motilidade (movimentação) dos espermatozoides ou mesmo um número reduzido de gametas, já que é necessário um volume elevado de espermatozoides por óvulo para que haja a fecundação nesse método.

Nesse cenário, era mais difícil haver a fecundação. Com o avanço da técnica, ambos os problemas foram minimizados com a chegada da FIV por ICSI.

O que é a FIV por ICSI?

A injeção intracitoplasmática de espermatozoide é o nome da técnica mais conhecida como ICSI. Ela surgiu no início da década de 1990 e revolucionou a medicina reprodutiva por apresentar bons resultados mesmo em casos de infertilidade masculina. Homens com baixa contagem de espermatozoides ou até com azoospermia, condição caracterizada pela ausência de espermatozoides no sêmen, podem utilizar a técnica.

Todas as fases da FIV antes da fecundação são iguais ao método clássico. Porém, a técnica por ICSI utiliza equipamentos mais modernos. Após a coleta dos gametas do casal, os espermatozoides do parceiro passam por mais uma avaliação. Um microscópio de alta potência é utilizado para detectar alterações na movimentação e na forma da amostra para que apenas os de maior qualidade sejam utilizados.

Para a fecundação, um micromanipulador de gametas acoplado a um microscópio é utilizado para introduzir o espermatozoide no óvulo. O processo utiliza uma agulha muito fina para pegar o gameta masculino um a um e inseri-lo no citoplasma do óvulo sem danificá-lo.

Assim como na FIV clássica, após alguns dias em observação, os embriões de maior qualidade são transferidos para o útero da paciente. Segundo as regras do Conselho Federal de Medicina (CFM), existe um número máximo de embriões que podem ser transferidos. O critério tem como base a idade da mulher, sendo:

  • Mulheres com até 37 (trinta e sete) anos: até 2 (dois) embriões;
  • Mulheres com mais de 37 (trinta e sete) anos: até 3 (três) embriões;
  • Em caso de embriões euploides ao diagnóstico genético, até 2 (dois) embriões, independentemente da idade;
  • Nas situações de doação de oócitos, considera-se a idade da doadora no momento de sua coleta.

Se sobrarem embriões viáveis após a transferência embrionária, eles devem ser criopreservados. No futuro, o casal pode utilizá-los para uma nova gestação.

Fecundação na FIV: clássica ou por ICSI?

A FIV clássica e a por ICSI apresentam bons resultados e possuem uma taxa de sucesso superior às técnicas de reprodução assistida de baixa complexidade (a inseminação artificial e a relação sexual programada).

Porém, a FIV por ICSI é a técnica mais utilizada atualmente. O seu método utiliza equipamentos de alta potência e precisão. Desse modo, ela é a opção mais vantajosa em todos os casos em que a FIV é indicada.

Neste artigo mostramos as diferenças entre os dois métodos de fecundação da FIV. Para saber mais sobre as outras etapas da técnica e as suas principais indicações, confira a nossa página sobre a FIV!

 

 

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.