Agende a sua consulta

FIV e criopreservação: qual a relação?

Por Equipe Origen

Publicado em 09/09/2019

Há casais que sofrem de problemas de saúde que podem causar infertilidade. Isso faz com que tenham dificuldades em engravidar, mesmo quando a mulher ainda está em seu período reprodutivo.

Nesses casos, é possível recorrer a técnicas de reprodução assistida, sendo a FIV(fertilização in vitro) a mais realizada no mundo devido às suas altas taxas de sucesso.

A FIV consiste em um conjunto de técnicas de alta complexidade realizadas com o intuito de superar determinados problemas de fertilidade e aumentar as chances de gravidez.

Durante a realização da FIV também podem ser indicadas técnicas complementares que visam trazer resultados mais satisfatórios. Uma dessas técnicas é a criopreservação.

Quer saber mais sobre criopreservação? Continue a leitura do texto!

O que é criopreservação?

Criopreservação é o nome técnico para congelamento, que permite a preservação por tempo indeterminado de gametas, embriões e tecidos gonádicos. Atualmente, o método mais utilizado de congelamento é a vitrificação por apresentar melhores resultados.

A criopreservação permite preservar a fertilidade do casal, assim como preservar os embriões excedentes para futura fecundação ou doação.

Como é feita a criopreservação?

O primeiro passo é ter os gametas ou embriões prontos para serem congelados. Em seguida, eles são colocados juntos a substâncias especiais chamadas de crioprotetores. Como o nome indica, protegem os embriões e gametas do efeito do frio extremo.

Após alguns banhos seguidos nos crioprotetores, os óvulos e/ou embriões são colocados em pequenas palhetas, resistentes ao frio e em seguida mergulhados em nitrogênio líquido. Assim, ficarão armazenados a uma temperatura de 196ºC negativos.

Os espermatozoides ficam em pequenos tubos de ensaio. As palhetas e os tubos ficam mergulhados em tanques de nitrogênio líquido.

Um passo muito importante, durante o processo, é a identificação da paciente. É feita de forma criteriosa e com material que seja resistente à temperatura.

Indicações

A criopreservação pode ser indicada para três situações específicas:

  • Freeze-all: nesses casos, todos os embriões resultantes do ciclo de FIV são congelados e não haverá a transferência a fresco. É indicado em casos de risco de síndrome de hiperestímulo ovariano ou quando existe alguma situação identificada que possa reduzir a chance de gravidez no ciclo, como endométrio fino ou elevação prematura do nível de progesterona;
  • Congelamento de embriões excedentes;
  • Preservação da fertilidade.

O congelamento de embriões deve ser feito caso haja embriões excedentes após um ciclo de FIV. Todos os embriões que não são usados devem ser congelados e mantidos por pelo menos 3 anos.

Ela também é indicada como forma de preservar a fertilidade, para mulheres que serão submetidas a algum tratamento que possa comprometer o futuro reprodutivo, como quimioterapia, radioterapia, cirurgia para retirada dos ovários. Mulheres que desejam ou precisam adiar a gravidez por motivos sociais ou profissionais também se beneficiam da técnica.

O congelamento de embriões tem sido cada vez mais indicado na FIV, pois assim pode-se realizar uma nova transferência sem a necessidade de realizar a estimulação ovariana e punção folicular novamente.

Como funciona a transferência do embrião na FIV

A transferência dos embriões congelados na FIV é feita em algumas etapas. O primeiro passo é o preparo da parede endometrial, a fim de fazer com que atinja a espessura necessária para a implantação do embrião.

Então, o embrião é descongelado. Essa etapa ocorre antes da transferência, podendo ser realizada no mesmo dia ou anteriormente, deixando-se os embriões para se desenvolver antes da transferência.

Por fim, faz-se a transferência do embrião por meio da introdução de um cateter pelo colo do útero da mulher. Ele é depositado na parede uterina para que possa se implantar.

A vitrificação ou criopreservação representou uma evolução nos tratamentos da FIV e de reprodução humana ao permitir o congelamento de gametas e embriões para uso posterior. É um tratamento seguro e eficaz que proporciona à paciente o benefício de adiar a gravidez por desejo ou necessidade e fazer mais de uma transferência embrionária com um único ciclo de tratamento.

Com isso aumenta a chance acumulada de gravidez e, algumas vezes, pode ter todas as gestações a partir de um único ciclo.

A FIV é a técnica de reprodução assistida mais utilizada e que possui maiores taxas de sucesso no tratamento da infertilidade e obtenção de uma gravidez.

As técnicas complementares, como a criopreservação, visam aumentar as possibilidades de uma gestação de sucesso. Para saber mais sobre criopreservação, leia nosso texto especial sobre o assunto.

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.