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Gestação múltipla na reprodução assistida: veja as chances

Gestação múltipla na reprodução assistida: veja as chances

As chances de gestação múltipla na reprodução assistida são mais altas que na gravidez espontânea, e existem algumas razões para isso. Essa área da medicina é dedicada ao tratamento de casais que não conseguem ter filhos, seja por fatores de infertilidade feminina, por infertilidade masculina ou pelas duas condições simultâneas.

As técnicas empregadas na reprodução assistida são indicadas de acordo com o diagnóstico de cada casal. Assim, são classificadas como de baixa complexidade, para os casos brandos de infertilidade, e alta complexidade, para os fatores mais graves.

A gestação múltipla é aquela em que dois ou mais embriões se implantam no útero, ou, mais raramente, ele(s) pode(m) se dividir, portanto uma gravidez gemelar, trigemelar etc. Isso pode acontecer nos tratamentos de baixa e alta complexidade da reprodução assistida, mas por motivos diferentes.

Por isso, preparamos este post, explicando por que existe o risco de gestação múltipla na reprodução assistida e quais são as condutas para evitar que isso aconteça. Leia mais e compreenda!

Gestação múltipla nas técnicas de baixa complexidade

Relação sexual programada (RSP) e inseminação artificial ou intrauterina (IIU) são as técnicas de baixa complexidade da reprodução assistida. São assim consideradas porque a fecundação do óvulo ocorre in vivo, isto é, no corpo da mulher, da mesma forma que na gravidez espontânea. Além disso, poucas intervenções médicas são realizadas.

Na RSP, o único procedimento necessário é a estimulação ovariana com indução da ovulação. Com essa técnica, realiza-se a administração de medicamentos hormonais para aumentar a função dos ovários, levando ao desenvolvimento e amadurecimento de vários folículos, dentro dos quais estão os óvulos.

Na IIU, além da estimulação ovariana, uma amostra de sêmen é coletada e submetida ao preparo seminal, com a finalidade de separar os espermatozoides que não atendem aos parâmetros de qualidade espermática.

O protocolo de estimulação ovariana nas técnicas de baixa complexidade é mais brando que na alta complexidade. O objetivo é desenvolver, aproximadamente, 3 folículos, aumentando as chances de liberação de um óvulo maduro e viável para a fecundação.

O risco de gestação múltipla na reprodução assistida de baixa complexidade está na estimulação ovariana e aumenta conforme a quantidade de óvulos liberados. Por isso, há uma atenção para que apenas cerca de 3 se desenvolvam. Quanto mais gametas disponíveis com a ovulação, maiores são as chances de que dois ou mais sejam fertilizados.

Gestação múltipla na técnica de alta complexidade

A fertilização in vitro (FIV) é considerada a técnica de alta complexidade, pois demanda uma série de intervenções para ter um processo reprodutivo controlado. O procedimento mais complexo que caracteriza a técnica é a fecundação dos óvulos em ambiente laboratorial, portanto, fora do corpo da mulher.

O risco de gestação múltipla na reprodução assistida de alta complexidade está na transferência embrionária. Sendo assim, o processo se diferencia das técnicas mais simples já descritas, passando por várias etapas.

Na FIV, além da estimulação ovariana e do preparo seminal, é feita a aspiração do líquido folicular ovariano e a coleta dos óvulos em laboratório — a mulher não chega a ovular. Depois disso, os gametas femininos são fertilizados e formam embriões que ficam em cultivo para um embriologista acompanhar seu desenvolvimento inicial.

Então, realiza-se a transferência dos embriões, esperando que um deles se implante no útero. É nessa etapa que tomamos cuidado para evitar uma gestação múltipla.

O protocolo de estimulação ovariana na FIV é mais intenso que nas técnicas de baixa complexidade. Doses mais altas de medicação resultam em um número maior de óvulos disponíveis, os quais podem melhorar as taxas de embriões formados, pois nem todos os embriões apresentam qualidade e potencial de implantação. Sendo assim, quanto mais óvulos desenvolvidos, mais chances de gravidez na FIV.

Contudo, na etapa de transferência para o útero, nem todos podem ser transferidos, justamente, para evitar uma gestação múltipla — o que pode acontecer se dois ou mais embriões conseguirem se implantar.

Riscos associados à gestação múltipla

A gestação múltipla pode oferecer riscos maternos e fetais. Entre as possíveis complicações obstétricas nessa condição, estão:

Em gestações espontâneas, a chance de ter gêmeos é maior quando há história de gemelaridade na família. Já na reprodução assistida, como vimos, a gestação múltipla está associada aos procedimentos de estimulação ovariana ou transferência embrionária.

Portanto, devemos evitar ao máximo que isso aconteça, em razão das complicações inerentes ao tipo de gravidez. Nesse contexto, a Resolução atualizada do Conselho Federal de Medicina (CFM) determina que o número de embriões a serem transferidos na FIV, de acordo com a idade da mulher, é de:

Com essas precauções — incluindo o protocolo brando de estimulação na baixa complexidade —, pretendemos reduzir a chance de gestação múltipla na reprodução assistida. Vale deixar claro, contudo, que essa é uma possibilidade real, ainda que rara (menos de 10% dos casos), de forma que os casais precisam estar cientes antes de iniciar o tratamento.

Leia agora nosso texto sobre fertilização in vitro e conheça todas as etapas do tratamento, assim como as indicações e técnicas complementares!

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