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Histerossonografia: como é feita?

Por Equipe Origen

Publicado em 07/09/2023

A maioria das mulheres estão acostumada a realização de exames de imagem que avaliam a saúde ginecológica e reprodutiva. Isso porque, desde que se tornam aptas a engravidar, o que acontece na puberdade quando a primeira menstruação marca o início dos ciclos menstruais, são suscetíveis a doenças e condições que podem afetar a capacidade de engravidar.

A idade fértil feminina tem duração limitada, declinando a taxa de gravidez, que se encerra na menopausa, etapa que ocorre, na maioria dos casos, entre 45 e 50 anos, quando a última menstruação anuncia o término dos ciclos menstruais, processo em que diferentes alterações fisiológicas preparam o corpo para uma possível gravidez.

O exame mais popular é a ultrassonografia transvaginal, muitas vezes realizado no próprio consultório ginecológico durante as avaliações de rotina. Quando há suspeita de infertilidade, entretanto, outros podem ser solicitados de forma complementar ou mesmo como primeira opção, de acordo com cada caso.

A histerossonografia está entre eles e, apesar de ser pouco conhecido pela população feminina, tem um papel importante na identificação de possíveis causas que podem provocar dificuldades para engravidar.

Continue a leitura até o final para saber como a histerossonografia é feita, quando é solicitada e as condições que o exame pode diagnosticar. Confira!

O que é histerossonografia?

Histerossonografia é um exame de ultrassom que utiliza altas sonoras de alta frequência para gerar imagens dos órgãos internos. É feito com auxílio de um aparelho denominado transdutor, que envia as ondas sonoras transformando-as em imagens quando refletidas nos órgãos e as transmitindo em tempo real para um monitor.

A histerossonografia é considerada uma variação da ultrassonografia transvaginal, ou seja, o transdutor é inserido pela vagina. No entanto, utiliza soro fisiológico para a dilatação do útero, possibilitando, assim, melhor visualização dos órgãos reprodutores quando comparada ao exame clássico.

Quando a histerossonografia é solicitada?

Geralmente, a histerossonografia é solicitada nos casos em que o ginecologista identifica alterações no útero durante o exame pélvico, como o aumento do volume. Além disso, é solicitada para avaliar o órgão durante a investigação de possíveis problemas de infertilidade feminina, definida após um ano de tentativas malsucedidas de engravidar sem o uso de nenhum método contraceptivo.

Veja abaixo as situações em que a histerossonografia pode ser indicada:

  • quando há aumento do volume uterino;
  • quando há sangramento uterino anormal (SUA);
  • quando há quadros de abortamento repetido, caracterizado pela perda da gravidez clinicamente comprovada antes da 22ª semana de gestação por mais de duas vezes consecutivas;
  • quando há suspeita de malformações uterinas, que podem ser congênitas ou adquiridas;
  • quando há suspeita de obstruções tubárias, uma das causas mais comuns de infertilidade feminina, e por alguma razão não se pode realizar a histerossalpingografia.

Assim, além de obstruções tubárias, a histerossonografia permite a identificação de diferentes condições uterinas que podem comprometer a capacidade reprodutiva durante a idade fértil, incluindo:

  • miomas uterinos: miomas são tumores benignos formados a partir de uma única célula do miométrio, camada muscular intermediária do útero. Apesar de serem benignos, quando crescem próximos ao endométrio (mioma submucoso), camada interna na qual o embrião se implanta para dar início à gestação, podem interferir no seu preparo durante os ciclos menstruais para recebê-lo, resultando em falhas e abortamento;
  • pólipos endometriais: geralmente também benignos, os pólipos são projeções do endométrio, um tecido epitelial altamente vascularizado. Ou seja, se formam a partir do crescimento anormal desse tecido provocando um processo inflamatório no local, que também interfere no preparo do endométrio resultando em falhas na implantação e abortamento;

Como a histerossonografia é feita?

A histerossonografia é feita em ambiente ambulatorial, como clínicas ou consultórios médicos, geralmente após o período menstrual, quando não há mais sangramento vaginal, possibilitando maior visibilidade ou chances de gravidez, e com a bexiga totalmente esvaziada.

Para evitar desconfortos, podem ser administrados medicamentos analgésicos ou antiespasmódicos. Veja abaixo as etapas do exame:

  • 1ª etapa: a paciente recebe uma veste especial e é posicionada em uma maca com as costas voltadas para baixo, as pernas flexionadas e apoiadas em suportes; mesma posição dos exames ginecológicos, denominada litotômica;
  • 2ª etapa: é realizada a assepsia do colo do útero;
  • 3ª etapa: após a assepsia, o soro fisiológico é inserido por um cateter;
  • 4ª etapa: em seguida, o transdutor introduzido pela vagina.

O exame é acompanhado em tempo real pelo especialista, permitindo pesquisar detalhadamente a cavidade uterina e diagnosticar com precisão condições uterinas e menos precisamente lesões tubárias, que podem impedir ou dificultar a gravidez. Tem duração máxima de 15 minutos e a mulher pode retomar normalmente as atividades diárias após a realização.

Os resultados apontados pela histerossonografia orientam o tratamento mais adequado para as mulheres com infertilidade que desejam engravidar.

Infertilidade e reprodução assistida

O tratamento padrão da infertilidade é realizado por técnicas de reprodução assistida, indicadas como opção primária ou quando as abordagens terapêuticas iniciais não são bem-sucedidas. A mais adequada para infertilidade por fatores de maior gravidade é a fertilização in vitro (FIV).

No entanto, condições uterinas como pólipos, endometrite e miomas submucosos devem ser tratados antes da FIV, uma vez que a implantação acontece naturalmente e eles podem continuar a interferir nesse processo.

Na FIV, a fecundação é realizada em laboratório precedida da coleta e seleção dos melhores óvulos e espermatozoides. Os embriões são então transferidos diretamente ao útero materno após alguns dias de desenvolvimento.

Assim, permite contornar problemas como obstruções tubárias, uma vez que esses órgãos, responsáveis pela fecundação na gravidez natural não têm nenhuma função no tratamento.

Os embriões formados na fecundação são posteriormente acomodados em incubadoras, em meios de cultura que simulam o ambiente natural e podem se desenvolver por até seis dias. A transferência ao útero pode ser feita em dois estágios de desenvolvimento, D2, D3 ou clivagem, entre o segundo e terceiro dia, quando se inicia a divisão celular e no blastocisto ou D5, no quinto, fase em que as células já estão formadas e divididas por função.

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