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Individualização do tratamento da infertilidade: como é feito?

Por Equipe Origen

Publicado em 26/04/2021

Milhões de pessoas no mundo todo são diagnosticada, anualmente, com infertilidade. Embora a doença gere sentimentos como tristeza, além do medo e insegurança por não poder ter filhos, tem tratamento na maioria dos casos.

Os fatores de infertilidade de um casal, podem ser igualmente femininos ou masculinos. Ou seja, a dificuldade em conceber é causada pelo funcionamento inadequado do sistema reprodutor feminino, do masculino, ou de ambos. Assim, as características de cada casal são únicas.

Para se ter uma ideia, em alguns casos, raros, o casal pode ser infértil e o problema afetar apenas um dos parceiros, enquanto o outro consegue engravidar normalmente em relacionamentos com pessoas diferentes, sem necessidade de ser submetido a nenhum tipo de tratamento.

Além disso, em cada pessoa o problema é causado por uma condição e, ainda que algumas sejam mais prevalentes – como a endometriose – a maneira como elas interferem no sistema reprodutor, também sofre variações de indivíduo para indivíduo.

Afinal, cada pessoa, da mesma forma, possui características únicas, da saúde em geral ao estilo de vida, o que impacta não apenas a fertilidade, mas também a forma de tratar os problemas que a afetam. Continue a leitura e saiba como é feita a individualização do tratamento da infertilidade.

O que é a individualização do tratamento?

Individualizar o tratamento significa adequá-lo às características de um casal ou de uma pessoa, personalizando-o.

Para desenvolver um plano de tratamento personalizado, o especialista em reprodução assistida considera alguns fatores, como por exemplo:

  • Tentativas de engravidar: dois aspectos importantes no histórico dos casais são o tempo e o resultado de tentativas anteriores para engravidar. Para ser considerado infértil, é preciso pelo menos um ano de relações sexuais desprotegidas sem sucesso, ao mesmo tempo que a infertilidade feminina também é definida se ocorrer a perda de gravidez (abortamento), por dois ou três meses consecutivos;
  • Idade e urgência para conceber: a idade dos pacientes é um fator importante na reprodução assistida, inclusive para a definição da técnica mais adequada para cada paciente. Por outro lado, a intenção ou urgência de engravidar no momento, contribui para o planejamento das etapas necessárias ao tratamento;
  • Histórico clínico de cada parceiro: o histórico clínico, com informações sobre doenças infantis ou atuais e de cirurgias, assim como o uso de uso de medicamentos, o comportamento sexual, com informações, inclusive, de incidência de infecções sexualmente transmissíveis (IST) e, o estilo de vida, considerando hábitos como uso excessivo de álcool ou drogas recreativas, tabagismo, alimentação e prática de exercícios físicos, são, ainda, considerados;
  • Tratamentos anteriores: se o casal já passou pela avaliação da fertilidade anteriormente e foi submetido a tratamentos anteriores sem sucesso gestacional;
  • Exames de fertilidade: os resultados diagnósticos dos testes para confirmar a infertilidade e investigar a causa que provocou o problema, complementam as informações necessárias para elaboração de um plano de tratamento personalizado.

Como a infertilidade é investigada?

A investigação da infertilidade é realizada em diferentes etapas. Inicia com a anamnese, quando é feito o acolhimento do casal, a partir da escuta de suas necessidades e expectativas, sintomas físicos e emocionais.

É durante a anamnese que são avaliados critérios como tentativa para engravidar, idade e urgência para conceber, histórico clínico e tratamentos anteriores. Posteriormente, é realizado o exame físico, para avaliação da saúde geral e possível detecção de sintomas manifestados por algumas doenças, apesar de a infertilidade geralmente ser assintomática, principalmente nos estágios iniciais, indicada, principalmente, pelas tentativas frustradas em engravidar.

Em seguida, são realizados diferentes exames laboratoriais e de imagem, para avaliar a fertilidade feminina e masculina e determinar a causa que motivou a dificuldade para conceber.

Os primeiros exames solicitados são a avaliação da reserva ovariana a o espermograma. O teste de avaliação da reserva ovariana determina a quantidade de folículos (bolsas que contém os óvulos primários) presentes nos ovários, dos menores aos pré-antrais e antrais, que possuem capacidade para posteriormente ovular. Enquanto o espermograma avalia a qualidade dos espermatozoides, apontando critérios como concentração, morfologia (forma) e motilidade (movimento), dos que estão presentes nas amostras de sêmen analisadas.

Os resultados possibilitam a definição dos exames complementares, que deverão ser realizados em cada caso. Os exames de imagem mais frequentemente realizados são a ultrassonografia pélvica transvaginal e a histerossalpingografia, particularmente importante para avaliar obstruções tubárias, entre outros, de acordo com cada caso.

É a soma das informações da anamnese, exame físico e resultados diagnósticos, que possibilitará a definição do plano de tratamento mais adequado para cada paciente, individualizando-o e aumentando, assim, as chances de ele ser bem-sucedido.

Como é feita a indicação das técnicas de reprodução assistida?

As técnicas de reprodução assistida são consideradas o tratamento padrão para infertilidade e possibilitam a gravidez, com percentuais expressivos de sucesso, quando a infertilidade é provocada por fatores de menor ou maior gravidade. A definição da mais adequada para cada paciente é feita, ainda, durante a elaboração do plano de tratamento. Conheça, abaixo, as três principais e saiba quando elas geralmente são indicadas:

Relação sexual programada (RSP)

Considerada de baixa complexidade, é a mais simples das técnicas de reprodução assistida. Como a fecundação acontece naturalmente, nas tubas uterinas, é mais adequada para mulheres com que tenham até 35 anos, boa reserva ovariana e as tubas uterinas pérvias, com distúrbios de ovulação (causa mais comum de infertilidade feminina), endometriose nos estágios iniciais ou se o diagnóstico for de infertilidade sem causa aparente (ISCA), assim definido quando os exames falham em identificar a causa.

Os espermatozoides do parceiro também devem estar dentro dos padrões de normalidade apontados pelo espermograma, uma vez que o objetivo do tratamento é estimular o desenvolvimento de mais folículos e definir o período mais fértil para intensificar a relação sexual.

Inseminação artificial (IA)

Como a RSP, é considerada de baixa complexidade, pois a fecundação também acontece naturalmente, nas tubas uterinas. Portanto, é mais adequada para mulheres com até 35 anos e as tubas uterinas saudáveis.

Essa técnica é indicada para os casos de fator masculino leve ou moderado em mulheres jovens com as trompas pérvias.

Como a fecundação acontece naturalmente nas duas técnicas, os percentuais de sucesso são semelhantes aos da gestação espontânea: entre 15% e 20% por ciclo de tratamento.

Fertilização in vitro (FIV)

A fertilização in vitro (FIV é uma técnica de maior complexidade: prevê a fecundação de forma artificial, em laboratório. Assim, é mais adequada para mulheres com obstruções nas tubas uterinas (segunda causa mais comum de infertilidade feminina), endometriose e se houver fatores mais graves de infertilidade masculina.

Atualmente, inclusive, o método mais adotado pelas clínicas de reprodução assistida é a FIV com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides), incorporada ao tratamento na década de 1990, quando possibilitou a solução dos problemas de infertilidade masculina de maior gravidade. Os percentuais de sucesso registrados pela técnica são os mais altos da reprodução assistida: em média 50% por ciclo.

Siga o link e conheça detalhadamente o funcionamento da FIV.

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.