Hoje em dia, existem diversos métodos de reprodução assistida. Dentre os mais simples destacamos a inseminação intrauterina (IIU). Esse processo ocorre no próprio organismo, sendo considerado procedimento de baixa complexidade, no entanto, a técnica requer uma preparação fora do corpo.
Além disso, o tratamento utiliza protocolos simples, sendo os mais fáceis de ser realizados pelo ginecologista geral. Confira o post que preparamos e esclareça as suas dúvidas sobre o assunto!
Como surgiu a inseminação intrauterina?
A primeira inseminação artificial registrada data do ano de 1332, realizada pelos árabes em equinos. Porém, o primeiro registro de poder científico aconteceu em 1779 por um italiano chamado Lazzaro Spallanzani. Ele colheu o sêmen de um cão e o aplicou em uma cadela em cio, que deu à luz três filhotes.
Já na segunda metade do século XIX, o cirurgião James Marion Sims, que focava seus estudos na cirurgia vaginal, realizou procedimentos experimentais em escravas e em seus filhos. Como ele teve um paciente homem com dificuldades de ejaculação, fez a coleta do sêmen e injetou no útero da esposa, obtendo, então, a gravidez.
Mas foi apenas no fim do século XVIII que os primeiros resultados de inseminação foram obtidos. O responsável foi um médico inglês chamado Hunter. No entanto, a técnica não era feita de forma precisa, o que gerou baixo índice de sucesso.
Podemos afirmar que desde o surgimento, a técnica passou por inúmeros testes até que conseguiu chegar ao que é hoje.
Como funciona a inseminação intrauterina?
A IIU é um procedimento que consiste na colocação dos espermatozoides no fundo do útero da mulher durante o período ovulatório. A partir do momento que a amostra de sêmen é recolhida, ela é preparada para que sejam selecionados os espermatozoides móveis e removido o fluido seminal. Esse processo pode levar cerca de duas horas para ser concluído.
A IIU é um procedimento relativamente simples. Primeiro a mulher se deita em uma mesa de exame para que o médico introduza um espéculo para identificar o colo do útero. Em seguida, um tubo estreito (cateter) é colocado através do colo do útero e a amostra de sêmen é injetada lentamente dentro do útero.
Antes da inseminação ser realizada, é feita a estimulação ovariana para crescimento de mais folículos do que o único habitual. Dessa forma, teremos mais óvulos à disposição dos espermatozoides e um aumento na taxa de gravidez. Essa estimulação ovariana é diferente da realizada em ciclos de alta complexidade, como a FIV/ICSI.
Quando ela é indicada?
A IIU é indicada quando o homem tem uma alteração de leve a moderada nos espermatozoides, como baixa quantidade no ejaculado e motilidade reduzida. Além disso, o procedimento é adotado em casos em que não há uma causa clara de infertilidade.
No caso de casais homoafetivos ou quando o parceiro da mulher não tem espermatozoides, a IIU pode ser feita com espermatozoides doados.
Quais são as vantagens da inseminação intrauterina?
Agora que você já conhece melhor a história da inseminação e os casos em que ela é indicada, veja quais são as vantagens do procedimento.
Facilidade do tratamento
Dentre as principais vantagens da IIU destacamos sua facilidade. O procedimento é indolor e bastante rápido. O processo, do início até a confirmação ou não da gravidez, leva cerca de 30 dias.
Taxa de sucesso
Quanto às taxas de sucesso, essas variam entre 10% e 20% por ciclo. No entanto, mulheres com mais de 35 anos têm menores chances de gravidez. Nos casos de insucesso, o médico sugere até duas novas tentativas.
Rápida recuperação
A maioria dos tratamentos de IIU tem uma rápida recuperação, não sendo necessária a internação da paciente para a realização do procedimento. Além disso, após a alta, ela pode manter o ritmo normal de vida, desde que não realize muitos esforços.
A inseminação intrauterina deve ser feita em uma clínica de reprodução humana que tenha profissionais especializados no assunto.
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