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Menopausa precoce: diagnóstico

Menopausa precoce: diagnóstico

Um importante marcador da fertilidade feminina é a reserva ovariana, isto é, a quantidade de folículos guardados nos ovários. A mulher já nasce com essa reserva contendo aproximadamente 1 milhão de folículos, os quais armazenam óvulos primários. Esse número reduz naturalmente ao longo da vida reprodutiva feminina, mas também pode ser afetado por determinadas condições — uma delas é a menopausa precoce.

Quando a menina tem sua primeira menstruação (menarca), o número de folículos ovarianos já reduziu para cerca de 400 mil. A partir de então, a diminuição da reserva ovariana ocorre de forma contínua, uma vez que vários folículos são recrutados para o desenvolvimento a cada ciclo menstrual.

Depois dos 35 anos, a quantidade de óvulos disponíveis está baixa, o que representa o início de um período crítico para conseguir uma gravidez espontânea. Até a chegada da menopausa, as chances de engravidar diminuem cada vez mais, até cessar completamente — isso é motivo de alerta para mulheres que querem postergar a maternidade para próximo dos 40 anos, o que tem sido uma realidade na sociedade atual.

Continue a leitura e entenda o que é menopausa precoce, como ela afeta a fertilidade feminina e quais são os passos para diagnosticar essa condição!

O que é menopausa?

A menopausa é a fase da vida da mulher em que ela não tem mais ciclos menstruais. Normalmente, a última menstruação ocorre entre os 45 e os 55 anos, marcando o fim da fertilidade feminina, além de outras transformações físicas e emocionais.

Ainda que seja um processo natural, a menopausa pode trazer desconfortos e afetar a vida da mulher em vários níveis, devido à redução dos hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona. São comuns sintomas como secura vaginal, ondas de calor, problemas no sono, alterações de humor, entre outros.

A combinação dos sintomas e os impactos gerais na qualidade de vida da mulher, a exemplo das mudanças na libido e na função sexual, podem levar a problemas emocionais, como ansiedade e depressão. Felizmente, existem formas de amenizar esses desconfortos com reposição hormonal, lubrificantes tópicos, entre outros recursos.

A menopausa acontece porque os ovários entram em falência. Isso significa que a reserva ovariana está esgotada, uma vez que os óvulos foram liberados, mês a mês, ao longo da vida fértil.

O corpo da mulher não forma novos folículos para repor aqueles que se perderam nos ciclos menstruais. Dessa forma, quando a reserva ovariana se esgota, os ovários não têm mais funções e interrompem a produção dos hormônios.

O que é menopausa precoce?

Embora a menopausa ocorra comumente em torno dos 50 anos, existem casos em que as funções dos ovários cessam antes do tempo, ainda antes dos 40 anos, o que chamamos de menopausa precoce ou falência ovariana prematura (FOP).

Uma importante consequência da menopausa precoce é a infertilidade. Algumas mulheres que se encontram nessa condição ainda gostariam de ter filhos, mas lidam com a dificuldade de realizar esse sonho. No entanto, quando o problema é detectado, ainda há chances de engravidar com as técnicas de reprodução assistida.

Em relação às causas na menopausa precoce, podemos citar principalmente alterações genéticas, ooforectomia (cirurgia para remoção dos ovários) e tratamentos oncológicos.

Algumas anomalias genéticas podem não ter impactos físicos ou mentais tão severos, mas, ainda assim, resultam em dificuldades que afetam a vida do indivíduo em algum momento. É o caso, por exemplo, da síndrome do X frágil em mulheres e da síndrome de Turner. Ambas as condições afetam as funções ovarianas e aumentam o risco de menopausa precoce.

Pacientes oncológicas também podem enfrentar esse problema, seja pela necessidade de retirar os ovários em caso de câncer ovariano, seja pela realização de tratamentos com quimioterapia e radioterapia. Essas terapias podem ter efeitos temporários ou irreversíveis em algumas funções do organismo, incluindo as funções reprodutivas.

Em raras situações, a menopausa precoce pode decorrer de problemas metabólicos, autoimunes, tabagismo e outras causas.

Como é feito o diagnóstico da menopausa precoce?

Quanto mais cedo a avaliação diagnóstica da menopausa precoce for realizada, melhores são as chances de gravidez e restauração da qualidade de vida.

O relato dos sintomas, na avaliação clínica, é importante para identificar manifestações típicas da menopausa. Já os exames podem incluir:

Inicialmente, realiza-se o exame de gravidez para descartar que essa seja a causa da amenorreia (ausência de menstruação). Após excluir essa possibilidade, são feitos os demais exames — alguns para confirmar o diagnóstico de menopausa precoce, outros para avaliar as repercussões do hipoestrogenismo (queda de estrogênio).

As dosagens hormonais medem principalmente os níveis do hormônio folículo-estimulante (FSH), responsável pelo desenvolvimento dos folículos ovarianos. Para complementação ou diagnóstico diferencial, também pode ser feita a dosagem de prolactina e TSH. Já o hormônio antimülleriano é avaliado para estimar as chances de gravidez, por se tratar de um marcador da reserva ovariana.

Quanto aos exames genéticos, é feita a avaliação do cariótipo e a pesquisa da pré-mutação do gene FMR1, associado à síndrome do X frágil — essa análise é indicada tanto para diagnóstico etiológico quanto para aconselhamento genético familiar.

As pesquisas de anticorpos são feitas quando ainda há dúvidas quanto às causas da menopausa precoce ou quando há suspeita de doenças autoimunes. Já a densitometria óssea é importante para avaliar o risco de perda óssea e osteoporose, devido ao hipoestrogenismo.

A ultrassonografia pélvica, por fim, faz parte da investigação básica da infertilidade feminina e pode revelar outras causas da ausência de menstruação, como síndrome dos ovários policísticos (SOP), sinequias uterinas e malformações.

Quais são as possibilidades de gravidez?

As chances de gravidez espontânea com menopausa precoce são muito baixas, mas existem possibilidades na reprodução assistida. Como, nesse caso, a mulher apresenta baixa reserva ovariana, a técnica indicada é a fertilização in vitro (FIV).

Técnicas complementares e protocolos específicos também podem ser definidos para aumentar as chances de sucesso no tratamento com FIV, por exemplo:

Veja agora mais um texto com informações sobre causas, fatores de risco e avaliação da infertilidade feminina.

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