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Mórula e blastocisto: qual é a relação?

Mórula e blastocisto: qual é a relação?

Mórula e blastocisto são estruturas muito estudadas na embriologia, área da biologia que estuda o desenvolvimento dos organismos desde a fecundação do óvulo até o nascimento. É uma ciência importante, pois permite compreender como os seres vivos se formam e evoluem, além de alinhar esse conhecimento a outros campos de estudo, como a medicina e a biotecnologia.

A embriologia humana explica como ocorrem as diferentes fases do desenvolvimento do embrião, que incluem: período pré-implantacional ou pré-embrionário, fase embrionária e fase fetal.

Os conhecimentos em embriologia são particularmente importantes para a medicina reprodutiva, uma vez que possibilitam intervenções complexas para gerar e criopreservar embriões fora do corpo humano, como acontece na fertilização in vitro (FIV).

Entender o desenvolvimento embrionário também é fundamental para a compreensão de doenças congênitas e alterações genéticas, as quais podem ser evitadas com a ajuda de técnicas empregadas ainda na fase pré-implantacional.

Agora, que já demos uma visão geral sobre a área de embriologia, continue a leitura e entenda o que é embrião, como ele se desenvolve e o que são mórula e blastocisto.

O que é embrião?

Embrião é o estágio inicial do desenvolvimento de um organismo pluricelular. É considerado uma das fases mais importantes da formação fetal, pois é nesse momento que se formam e se diferenciam as células que vão compor todos os sistemas do corpo humano.

Embora apresente células totipotentes (capazes de se diferenciar em todos os órgãos e tecidos), o embrião não é um ser humano completo, mas uma massa celular que se desenvolve a partir do material genético fornecido pelos dois progenitores. É a união entre um gameta masculino (espermatozoide) e um feminino (óvulo) que dá origem à estrutura embrionária.

A fecundação pode acontecer quando um casal tem relação sexual sem contracepção durante o período fértil da mulher, ou seja, nos dias próximos à ovulação. Com a ejaculação masculina, os espermatozoides entram no trato reprodutivo feminino e migram para os órgãos superiores. Em uma das tubas uterinas, um óvulo poderá ser encontrado e fertilizado.

Vários espermatozoides podem se ligar ao óvulo, mas somente um consegue penetrar sua membrana de proteção (zona pelúcida). Quando os núcleos das duas células se fundem, origina-se o zigoto, a primeira célula do novo ser, contendo um código genético exclusivo.

A partir de então, vários processos marcam o desenvolvimento do embrião, até que, dias depois, ele esteja pronto para se implantar no útero, onde continuará a se desenvolver no decorrer de toda a gravidez.

O desenvolvimento embrionário é influenciado por fatores genéticos, hormonais, imunológicos e até relacionados aos hábitos de vida — tanto da mãe quanto do pai, visto que algumas condições podem afetar a qualidade dos gametas e impedir a formação de um embrião saudável.

Como o desenvolvimento embrionário acontece?

O embrião começa a se desenvolver a partir do momento em que o zigoto é gerado. Nos primeiros dias após a fecundação, ocorre a fase de clivagem, marcada por sucessivas divisões celulares para que o zigoto, que é uma estrutura unicelular, passe a ser pluricelular.

O processo de clivagem continua até a formação da mórula, um conjunto de células que se agrupam no centro da estrutura embrionária, formando uma esfera. O estágio de mórula é atingido entre 4 e 5 dias após a fecundação do óvulo.

Durante a fase de clivagem, as células embrionárias ficam compactadas e protegidas pela zona pelúcida e são transportadas pela tuba uterina. Quando se torna mórula, o embrião já está na cavidade do útero e passa a receber fluidos uterinos.

Posteriormente, a mórula se transforma em blastocisto. Nessa fase, observa-se na estrutura embrionária uma cavidade preenchida por líquido, apresentando duas camadas de células: o embrioblasto, massa celular interna, que dá origem ao embrião; e o trofoblasto, parte externa, que formará os anexos embrionários, como a placenta e o saco gestacional.

Portanto, a mórula e o blastocisto são estágios de desenvolvimento embrionário. Nessa última fase, o embrião apresenta um grupo numeroso de células e se encontra fisiologicamente pronto para se implantar no útero, o que ocorre até 7 dias após o óvulo ser fertilizado.

No início da gravidez, o embrião continua a se desenvolver em ambiente intrauterino, recebendo os elementos necessários por meio do sangue materno. Assim, na fase embrionária, que dura até 8 semanas gestacionais, os principais sistemas do corpo se formam. Já na fase fetal (a partir da 9ª semana), ocorre o crescimento e o amadurecimento dos órgãos e demais tecidos.

Como mórula e blastocisto se formam na FIV?

A FIV é uma técnica complexa que precisa de vários procedimentos em laboratório para promover a formação de embriões fora do corpo da mulher. Apesar de efetuar um processo conceptivo controlado, não há interferência no desenvolvimento embrionário, a única diferença é o local em que isso acontece.

O passo a passo da FIV inclui:

Na etapa de cultivo, os embriões são monitorados em incubadora, mas não há manipulação nem exposição ao ambiente externo. O embriologista acompanha, dia após dia, o desenvolvimento embrionário para avaliar quais evoluem de forma saudável e apresentam potencial para chegar às fases de mórula e blastocisto antes de serem transferidos para o útero.

É possível transferir os embriões para o útero em fase de clivagem, com 2 ou 3 dias de cultivo. O outro protocolo consiste em realizar a transferência com 5 dias de cultura, em estágio de blastocisto. Os casos são avaliados com base em suas particularidades para que seja definido o protocolo de transferência com mais chances de êxito para cada casal.

Já que você chegou até aqui, aproveite para ler o texto sobre fertilização in vitro e entenda como a técnica funciona!

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